Dia 11 de Junho - 22 horas
28/01/2011
25/01/2011
Eleições
Confesso que, para mim, votar é uma obrigação que me dá muito prazer. Gosto de votar, manifestar a minha opinião e não deixar apenas aos outros a capacidade de decisão. Votei sempre em todas as eleições.
Ao longo do tempo, os meus favoritos ganharam, outras (muitas) vezes perderam. A democracia é assim. A maioria é quem decide. Independentemente da nossa vontade.
Nas últimas eleições presidenciais o meu candidato perdeu. Mas o que verdadeiramente me chocou foi o facto da maioria dos portugueses não ter votado. Atingimos a maior taxa de abstenção de sempre. A maioria optou por não se pronunciar sobre os candidatos.
E, assim, temos um Presidente da República eleito por apenas 24% dos portugueses. Algo vai mal quando nos demitimos das nossas obrigações de cidadão, com direitos mas também com deveres!
Ao longo do tempo, os meus favoritos ganharam, outras (muitas) vezes perderam. A democracia é assim. A maioria é quem decide. Independentemente da nossa vontade.
Nas últimas eleições presidenciais o meu candidato perdeu. Mas o que verdadeiramente me chocou foi o facto da maioria dos portugueses não ter votado. Atingimos a maior taxa de abstenção de sempre. A maioria optou por não se pronunciar sobre os candidatos.
E, assim, temos um Presidente da República eleito por apenas 24% dos portugueses. Algo vai mal quando nos demitimos das nossas obrigações de cidadão, com direitos mas também com deveres!
"Reduto", espaço de crónica semanal de autoria de António Marques
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reduto
21/01/2011
Expressões do linguajar casteleirense
Na sequência do trabalho que temos vindo a desenvolver à volta da riqueza linguística da nossa terra, trago-vos, aqui hoje, algumas expressões utilizadas no dia a dia da nossa gente mais idosa. Então registem com atenção, pois vale mesmo a pena guardar estas preciosidades:
“Agarrei em mim” – tomei a atitude de…
“Eu, mai a minha” – minha, refere-se à esposa
“Tchegar a vaca” – levar a vaca ao boi de cobrição
“Boi de cobrição” – Boi para procriar – normalmente havia um ou dois no povo onde os ganhões levavam as vacas, quando andavam com o cio
“Andar dalevanto a noite intêra” – Passar a noite com má disposição intestinal
“Dor nas cruz” – dor de costas
“Já tchega até da bonda” – Já chega, até de sobra
“Anda de barriga” – Está grávida
“Não atchei o cu cas mãos ambas” – Andei todo o dia a correr
“Está a atá-las” – Está a morrer
“Anda de mal com ele” – Está zangado com ele
“É muito zarêlho” – É muito irrequieto
“Anda a roçar a casa” – Anda a esfregar (lavar) a casa
“Não tens porte pra nada” – não tens iniciativa alguma/não sabes fazer nada
“Dias aslanados” – Datas importantes do calendário litúrgico e respeitados por todos ou então ligados a acontecimentos, marcadamente importantes
“Dia Santo, de guarda” – dia em que não se podia trabalhar, sobretudo trabalhos do campo.
Convém reter algumas pequenas regras visíveis em muitas das palavras utilizadas:
• O ditongo “ei” no meio de qualquer palavra é pronunciado “ê” (exemplo: lareira, diz-se “larêra”)
• O “e” no final da palavra é dito “ei” (exemplo: Zé diz-se “Zei”)
• O “ch” tem sempre junto a presença do “t” (exemplo: “tchapéu”; “tchave”).
• O ditongo “ei” no meio de qualquer palavra é pronunciado “ê” (exemplo: lareira, diz-se “larêra”)
• O “e” no final da palavra é dito “ei” (exemplo: Zé diz-se “Zei”)
• O “ch” tem sempre junto a presença do “t” (exemplo: “tchapéu”; “tchave”).
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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joaquim gouveia
16/01/2011
Ano Internacional das Florestas em 2011
Trago aqui este tema para alertar e deixar umas ideais, pois as nossas florestas foram abandonadas há muito tempo e após o grande incêndio de 2009 o que se viu foi o corte das árvores queimadas e não só.
Ontem a tarde dei um passeio pelo alto da Carrola, pela área ardida, onde verifiquei alguma regeneração de sobreiros e pinheiros, mas esta regeneração podia ser muito mais com uma ajuda, espalhando sementes e limpando os restos de madeira que não arderam.
Não se pode desanimar, tem que se lutar por uma freguesia mais verde, devia-se pensar em estratégias conjuntas, mesmo que muitos proprietários não possam trabalhar a terra pelas mais variadíssimas situações. Porque não criar uma cooperativa ou as
Devem ser escolhidas as melhores espécies que se adaptam na nossa terra. Ontem fiquei surpreendido com a quantidade de sobreiros que estão a rebentar, como sabem do sobreiro retira-se a cortiça e a bolota para engorda dos suínos, são tudo sectores que se deveriam apostar para rentabilizar o investimento feito e não deixar a floresta ao abandono.
Para terminar informo que o Governo Civil da Guarda lançou em Dezembro passado uma campanha “F de Florestar” que visa oferecer e apoiar as iniciativas de reflorestação de áreas ardidas.
Gostava de ver a floresta do Casteleiro novamente verde, há que pensar nisto, pois daqui a 3 ou 4 anos está tudo cheio de mato e a regeneração natural não consegue sobreviver aos constantes incêndios, a floresta precisa da nossa ajuda.
"Ambiente agrícola e espaço florestal"
espaço de opinião de autoria de Ricardo Nabais
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ricardo nabais
13/01/2011
Entrevista com a Vereadora Sandra Fortuna
Pela primeira vez, há na Câmara do Sabugal um(a) Vereador(a) do Casteleiro. E está a desempenhar muito bem o seu cargo.
Na sequência imediata de o «Viver Casteleiro» a ter considerado a Personalidade do Ano, a Dra. Sandra Fortuna foi por mim desafiada «em segredo» para esta entrevista, logo a seguir ao Ano Novo, a primeira para este nosso «sítio». Devido às suas muitas ocupações, só agora ficou concluída – o que é muito bom sinal: a Sandra não brinca em serviço, quis responder ponderadamente e com verdade sentida. A «nossa» Sandra não fugiu a nenhuma pergunta, ao contrário do que me costumam fazer outros «políticos».
Estamos apenas a meio de Janeiro, pelo que ainda se justificam os votos de Bom Ano com que abrimos… Vamos ler o que tem para nos dizer a «nossa» Vereadora da Câmara do Sabugal, que é também Secretária-Geral de uma IPSS na Covilhã e Presidente da Direcção do nosso Lar do Casteleiro.
José Carlos Mendes - Olá, Sandra. Bom Ano.
Sandra Fortuna - Olá. Bom Ano para si e para os leitores também.
- Sandra, um ano e pouco depois, como é estar numa posição de destaque como vereadora no Sabugal?
-Como já referi noutra entrevista, encaro a política como um enorme e aliciante desafio. Considero que se não me achasse capaz de contribuir para uma melhoria do trabalho do executivo não teria ocupado o lugar de vereadora. Tenho-me empenhado nas funções que agora exerço e o meu desejo é fazer sempre mais e melhor, mas tentando também fazer diferente.
- O caso da Administração da empresa municipal Sabugal + supomos que seja apenas mais um, embora tenha tido muita visibilidade. Há mais situações de constrangimento?
- Quando os processos não são explicados com a transparência necessária permanecem sempre dúvidas.
- A Sandra Fortuna, enquanto Vereadora, representa o concelho todo, como qualquer outro vereador, claro, mas é inevitável perguntar algo sobre o Casteleiro: acha que o facto de a nossa terra ter alguém na Câmara tem tido vantagem especial? Acho que é a primeira vez na história local que temos alguém a sentar-se na Câmara mesmo…
-Tendo eu nascido e crescido no Casteleiro, nutro por esta terra um sentimento inexplicável, gosto muito do Casteleiro. Em todos os locais onde estou e nos órgãos onde pertenço (políticos e não políticos), faço questão de falar sempre do nosso Casteleiro, como também no Concelho do Sabugal. Tenho consciência que todas as freguesias têm de ter o mesmo tratamento nos assuntos que apresentam à Câmara Municipal.
O Concelho do Sabugal é riquíssimo em tradições, respeito todas e orgulho-me por pertencer a um Concelho como o do Sabugal.
- Muita gente alude ao facto de a Sandra ser hoje uma espécie de sucessora da «Lucindinha», que, por ser Presidente da Junta era membro da Assembleia Municipal. Acha que é assim? Sente essa responsabilidade?
- Sinto um enorme orgulho no trabalho da Lucinda no Concelho do Sabugal e sobretudo no Casteleiro. O facto de existirem comparações é para mim uma satisfação, pois a Lucinda era uma pessoa determinada, justa e leal aos seus amigos. É uma referência.
No que diz respeito à responsabilidade, penso que estar em lugares políticos (neste caso como vereadora) exige sempre muita responsabilidade.
Considera a acção da Lucinda uma espécie de luz orientadora?
Na sequência imediata de o «Viver Casteleiro» a ter considerado a Personalidade do Ano, a Dra. Sandra Fortuna foi por mim desafiada «em segredo» para esta entrevista, logo a seguir ao Ano Novo, a primeira para este nosso «sítio». Devido às suas muitas ocupações, só agora ficou concluída – o que é muito bom sinal: a Sandra não brinca em serviço, quis responder ponderadamente e com verdade sentida. A «nossa» Sandra não fugiu a nenhuma pergunta, ao contrário do que me costumam fazer outros «políticos».
Estamos apenas a meio de Janeiro, pelo que ainda se justificam os votos de Bom Ano com que abrimos… Vamos ler o que tem para nos dizer a «nossa» Vereadora da Câmara do Sabugal, que é também Secretária-Geral de uma IPSS na Covilhã e Presidente da Direcção do nosso Lar do Casteleiro.
José Carlos Mendes - Olá, Sandra. Bom Ano.
Sandra Fortuna - Olá. Bom Ano para si e para os leitores também.
- Sandra, um ano e pouco depois, como é estar numa posição de destaque como vereadora no Sabugal?

-Como já referi noutra entrevista, encaro a política como um enorme e aliciante desafio. Considero que se não me achasse capaz de contribuir para uma melhoria do trabalho do executivo não teria ocupado o lugar de vereadora. Tenho-me empenhado nas funções que agora exerço e o meu desejo é fazer sempre mais e melhor, mas tentando também fazer diferente.
- O caso da Administração da empresa municipal Sabugal + supomos que seja apenas mais um, embora tenha tido muita visibilidade. Há mais situações de constrangimento?
- Quando os processos não são explicados com a transparência necessária permanecem sempre dúvidas.
- A Sandra Fortuna, enquanto Vereadora, representa o concelho todo, como qualquer outro vereador, claro, mas é inevitável perguntar algo sobre o Casteleiro: acha que o facto de a nossa terra ter alguém na Câmara tem tido vantagem especial? Acho que é a primeira vez na história local que temos alguém a sentar-se na Câmara mesmo…

O Concelho do Sabugal é riquíssimo em tradições, respeito todas e orgulho-me por pertencer a um Concelho como o do Sabugal.
- Muita gente alude ao facto de a Sandra ser hoje uma espécie de sucessora da «Lucindinha», que, por ser Presidente da Junta era membro da Assembleia Municipal. Acha que é assim? Sente essa responsabilidade?
- Sinto um enorme orgulho no trabalho da Lucinda no Concelho do Sabugal e sobretudo no Casteleiro. O facto de existirem comparações é para mim uma satisfação, pois a Lucinda era uma pessoa determinada, justa e leal aos seus amigos. É uma referência.
No que diz respeito à responsabilidade, penso que estar em lugares políticos (neste caso como vereadora) exige sempre muita responsabilidade.
Considera a acção da Lucinda uma espécie de luz orientadora?
- Quando falo na Lucinda emociono-me sempre. Uma pessoa com enorme valor que para mim estará sempre presente e de quem tenho uma saudade infinita.
Só quem a conheceu consegue perceber as minhas palavras.
- Quem está eleito e vota aquelas propostas no dia-a-dia, que responsabilidades sente quando levanta o braço – seja para dizer sim, seja para dizer não?
- O papel da oposição na Câmara Municipal tem de ser, do meu ponto de vista, construtivo. Tem sido assim desde o início do nosso mandato. Ninguém pode dizer que a Câmara não está a desenvolver trabalho por responsabilidade da oposição PS. Temos provas de que o nosso objectivo não é prejudicar o trabalho de quem está no poder. Mas sim criticar quando temos de o fazer e apresentar propostas quando achamos oportuno.
- A Sandra foi professora alguns anos. O que fica desse tempo?
- Ficam tantas coisas. O ser professora é das profissões mais bonitas e encantadoras que se pode ter. A experiência valeu muito a pena, o contacto com os meus alunos, a evolução de cada um, momentos quase únicos.
- Outro domínio em que a Sandra se desdobra é o da actividade social: Secretária-Geral de uma IPSS e Presidente da Direcção de outra (o Lar do Casteleiro, neste caso), além do já referido cargo de Vereadora. Há mesmo
tempo para tanta coisa? Qual é o segredo?
-Não há segredos. Para conseguir desenvolver todos os projectos, para além de planificar tudo muito bem, existe um factor determinante. Gosto do que faço! Nestas coisas a parte prejudicada acaba por ser a família. Que tem sido uma enorme força e motivação. Mas também os bons amigos que tenho sempre a meu lado.
- Sandra, agradecemos o depoimento. Ficamos a conhecê-la melhor. Bom sucesso para as suas tantas actividades!
- Obrigada. Foi um prazer.
Só quem a conheceu consegue perceber as minhas palavras.
- Quem está eleito e vota aquelas propostas no dia-a-dia, que responsabilidades sente quando levanta o braço – seja para dizer sim, seja para dizer não?
- A Sandra foi professora alguns anos. O que fica desse tempo?
- Ficam tantas coisas. O ser professora é das profissões mais bonitas e encantadoras que se pode ter. A experiência valeu muito a pena, o contacto com os meus alunos, a evolução de cada um, momentos quase únicos.
- Outro domínio em que a Sandra se desdobra é o da actividade social: Secretária-Geral de uma IPSS e Presidente da Direcção de outra (o Lar do Casteleiro, neste caso), além do já referido cargo de Vereadora. Há mesmo

-Não há segredos. Para conseguir desenvolver todos os projectos, para além de planificar tudo muito bem, existe um factor determinante. Gosto do que faço! Nestas coisas a parte prejudicada acaba por ser a família. Que tem sido uma enorme força e motivação. Mas também os bons amigos que tenho sempre a meu lado.
- Sandra, agradecemos o depoimento. Ficamos a conhecê-la melhor. Bom sucesso para as suas tantas actividades!
- Obrigada. Foi um prazer.
Entrevista de autoria de José Carlos Mendes
12/01/2011
Memórias...

Gostava de partilhar com vocês a minha experiência desta “língua” tão “falada” entre o nosso povo e que faz aflorar em mim boas recordações …
Quando a minha avó falava em “gravanços”, nunca tal eu pensava que seriam os benditos Grãos….e que os “malhávamos” no terraço em pleno Verão….Pois bem, descobri então o que eram os tais “gravanços”!
Entre outras “expressões” como: “cachopa” andas ai “encarrapata” toda “arreganhada”! Era mal vestida e por isso tinha frio….o que eu descobria…
A “gadanha” o “abonda” a “rebaldeira”, são palavras que fui ouvindo ao longo de toda a minha vida.…. pelas minhas avós, tias e tios….no Casteleiro. Sim, porque em Lisboa não se ouvia nada disto…
Quando eu na escola, por alguma razão as dizia, havia sempre alguém que perguntava…O que é isso??? E eu corrigia o termo “Casteleirense” para “Lisboeta”…Ao longo do tempo adaptei-me a estes termos e sabia-os distinguir…Sabia que só as pessoas do Casteleiro o diziam, e que em Lisboa não se falava assim…
Nos dias de hoje já só as ouvimos nas pessoas mais velhas….mas…como a “tradição” no Casteleiro ainda é o que era….os que lá “regressam” depois de uma vida noutra cidade, adaptam-se depressa aos “termos” e quando dou por isso, até parece que nunca saí de lá …. é o caso dos meus pais, que depois de reformados voltaram às origens e, quando dou por eles, já estão a falar “Casteleirense”….Ainda hoje pergunto o que são algumas coisas, quando a minha mãe diz: estamos ao “borralho”…… anda-mos a derrunchar as árvores…Ok…
Conclusão: Ao fim de 37 anos de vida, ainda aprendo “palavras” novas….ditas no Casteleiro…
Susana Leitão
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10/01/2011
Charcos com vida
Esta campanha é direccionada para todas as escolas nacionais do ensino básico e secundário, sendo aberta à participação de outras entidades, como associações, câmaras municipais, centros de educação ambiental e particulares. Consoante a existência de charcos nas redondezas ou a disponibilidade de terrenos próprios com condições apropriadas, as entidades aderentes poderão adoptar um charco natural em áreas próximas ou construir um nas suas instalações, segundo as instruções fornecidas. Retirado daqui .
Para além desta campanha que vos apresento aqui esta semana, penso que se devia cartografar todos os pontos de água da freguesia bem como os acessos, que tipos de veículos conseguem aceder e, mais importante que estar cartografado, é estar sinalizado para que todos os intervenientes que precisem de aceder aos pontos de água saibam onde se localizam.
Cada vez mais é importante participar nestas campanhas e fazer um trabalho activo em todas as áreas que possam estar presentes na nossa freguesia.
Para a próxima semana falaremos de florestas, pois este ano é o Ano Internacional das Florestas.
"Ambiente agrícola e espaço florestal"
espaço de opinião de autoria de Ricardo Nabais
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09/01/2011
Junta adquire viatura para ataque a incêndios
A Junta de Freguesia adquiriu recentemente uma viatura todo-o-terreno tendo em vista, essencialmente, a utilização no combate a incêndios na sua fase inicial. Um kit específico para esse fim irá agora ser instalado na viatura.
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06/01/2011
A memória...das palavras (IV)

Continuemos a viagem:
Tchòriças (das pernas) – manchas, avermelhadas, de forma redonda existentes nas pernas, das mulheres, provocadas pelo calor excessivo do lume
Azamel – pessoa que anda constantemente doente
Patcharouco – pessoa de pouca iniciativa e a quem nada se pode confiar
Bòguêlo – criança que anda constantemente doente
Zarinzel – pessoa que não pára um bocadinho, mas que nada faz
Tcharimbelho – pessoa que ouve aqui e conta ali
Garrantchos – instrumento agrícola, em ferro com pontas aguçadas e que servem para retirar o estrume da cama dos animais
Carounho (do milho) – parte da maçaroca do milho, esbranquiçada, que sustenta as sementes. É o carounho que dá forma à maçaroca
Inchinho – instrumento agrícola, de madeira, com pontas aguçadas e que serve para alisar a terra, depois de semeada (inchinhar as batatas, o feijão…)
Galhoulho – pessoa que não diz coisa com coisa…que atrapalha qualquer conversa
Casquêro – chapéu velho; bocado de pão, geralmente duro, que era levado para o campo, servindo de alimento durante o dia de trabalho
Trempens – suporte em ferro, de forma arredondada, e uns ferros na vertical. Servem de suporte para colocar a frigideira onde se fazem as filhós, na noite de Natal
Coutcho – objecto de cortiça, em forma de cotovelo, que serve para beber água, retirada das frescas fontes, existentes nos campos
Cravelha – objecto em madeira, geralmente em forma rectangular, que servia para fechar a porta de casa, da loja…
Cadeias (do lume) – argolas em ferro, suspensas no interior da chaminé e que serviam para sustentar os “caldeiros” da vianda, que diariamente eram preparados para os porcos, vacas…
Tchanêlo – sapatos velhos, muitas vezes feitos de pano e borracha por baixo
Mòrão – parte superior da chaminé, geralmente em pedra, onde era colocada a caixa de fósforos e as tenazes
Acebarrado - entusiasmado
Contchas – manchas de sujidade, na roupa ou mesmo no corpo
Tchoquice – sujidade em abundância
Prometo continuar, com a memória…das palavras!
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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31/12/2010
Festa da Caça é Acontecimento do Ano 2010

O Viver Casteleiro elegeu como “Acontecimento do Ano 2010” a Festa da Caça, realizada nos dias 1 e 2 de Maio.
A 1ª edição da Festa da Caça foi bem a prova de que o Casteleiro está vivo e, mais que isso, de que é capaz de realizar um evento de âmbito regional. Durante dois dias, visitaram o Casteleiro milhares de pessoas. A animação foi constante, as ruas e os largos transpiraram vida!
Mas a Festa da Caça cumpriu ainda uma outra missão que importa registar: reavivou os laços entre a Aldeia e todos os seus filhos espalhados pelo Mundo. Essa foi a grande conquista!
Em 2011 a Festa terá lugar a 10, 11 e 12 de Junho.
E será um acontecimento…
A 1ª edição da Festa da Caça foi bem a prova de que o Casteleiro está vivo e, mais que isso, de que é capaz de realizar um evento de âmbito regional. Durante dois dias, visitaram o Casteleiro milhares de pessoas. A animação foi constante, as ruas e os largos transpiraram vida!
Mas a Festa da Caça cumpriu ainda uma outra missão que importa registar: reavivou os laços entre a Aldeia e todos os seus filhos espalhados pelo Mundo. Essa foi a grande conquista!
Em 2011 a Festa terá lugar a 10, 11 e 12 de Junho.
E será um acontecimento…
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Festa da Caça
28/12/2010
Sandra Fortuna é Personalidade do Ano 2010

A Sandra Fortuna é Vereadora da Câmara Municipal do Sabugal e, para além de uma intensa actividade política e na área da solidariedade social, é Presidente da Direcção do Lar de São Salvador do Casteleiro, onde tem vindo a concretizar um ambicioso projecto de modernização.
Jovem, com grande capacidade de trabalho e ambição de bem fazer, a Sandra é bem o exemplo de casteleirense de que todos nos devemos orgulhar.
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O nosso Madeiro!

Esta é uma noite linda....e perto do madeiro tem outro encanto.
A noite da consoada sabe sempre a pouco, mas......para o ano há mais!
Beatriz Costa
Jantar de Natal do CACC

Este jantar foi um jantar de Natal, mas onde se aproveitou para "discutir" algumas actividades e suas respectivas datas, a realizar em 2011. Um jantar onde não faltou animação e boa comida.
O Centro de Animação Cultural do Casteleiro, está de boa saúde e recomenda-se.
O CACC deseja a todos um FELIZ ANO NOVO!!!
Beatriz Costa
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27/12/2010
A memória...das palavras (III)

Vamos a isso:
Laptchêro – caminho enlameado
Rbêro – pequeno ribeiro
Escalêra – degrau da escadaria
Balcão – escadaria
Banço – degrau da escada (geralmente de madeira)
Sarrar – serrar
Tchquêro – local onde guardavam os cabritos, quando retirados da mãe
Barbilho – pau colocado na boca dos cabritos ou borregos para deixarem de mamar
Vedar – período de tempo que a cria (cabrito, borrego, vitelo…) levava para se desabituar de mamar
Barraco – porco de cobrição
Agatcha-te – baixa-te
Carrapiço – rebento de um carvalho
Gravanços - grão de bico
Rnôvo – milho ou feijão depois de nascidos
Temporão – precoce
Serôdio – tardio
Enxotar – espantar
Pcthêgo – pêssego
Marigada – romã
Papino – pepino
Botêlha – abóbora
Sardêra – cerejeira
Nagalho – fio, cordel
Cangalhas – objecto de madeira que se coloca sobre os jumentos, para transportar estrume
Garrantchos – espécie de forquilha, com os dentes em garra. Serviam para tirar o estrume do curral.
Matchada – machada
Matchado – machada de grandes dimensões
Sarra – serra (instrumento cortante para cortar a madeira)
Tropeço – tronco de árvore onde se corta lenha em pedaços mais pequenos para alimentar o lume
Malha – castigo corporal com a mão ou qualquer instrumento. Pode significar também debulha de cereais
Sova – tem o mesmo significado que a palavra malha
Mordela – mordedura
Barrumas – verrugas
Descamisar – desfolhar o milho
Encarrapato – nú
Congra – congrua (tributo pago do padre por cada família com posses)
Trambolhão – tombo
Barrôco – penedo granítico de grandes dimensões
Tchaile – xaile
Comediantes – saltimbancos
Roçar – esfregar a casa; cortar mato
Conduto – carne ou peixe que acompanhe as batatas; queijo ou chouriça que acompanha o pão
Carne gorda – toucinho
Jornal – preço de um dia de trabalho
Peste – faísca proveniente da trovoada
Indrêta – curandeiro ortopedista
Rbêro – pequeno ribeiro
Escalêra – degrau da escadaria
Balcão – escadaria
Banço – degrau da escada (geralmente de madeira)
Sarrar – serrar
Tchquêro – local onde guardavam os cabritos, quando retirados da mãe
Barbilho – pau colocado na boca dos cabritos ou borregos para deixarem de mamar
Vedar – período de tempo que a cria (cabrito, borrego, vitelo…) levava para se desabituar de mamar
Barraco – porco de cobrição
Agatcha-te – baixa-te
Carrapiço – rebento de um carvalho
Gravanços - grão de bico
Rnôvo – milho ou feijão depois de nascidos
Temporão – precoce
Serôdio – tardio
Enxotar – espantar
Pcthêgo – pêssego
Marigada – romã
Papino – pepino
Botêlha – abóbora
Sardêra – cerejeira
Nagalho – fio, cordel
Cangalhas – objecto de madeira que se coloca sobre os jumentos, para transportar estrume
Garrantchos – espécie de forquilha, com os dentes em garra. Serviam para tirar o estrume do curral.
Matchada – machada
Matchado – machada de grandes dimensões
Sarra – serra (instrumento cortante para cortar a madeira)
Tropeço – tronco de árvore onde se corta lenha em pedaços mais pequenos para alimentar o lume
Malha – castigo corporal com a mão ou qualquer instrumento. Pode significar também debulha de cereais
Sova – tem o mesmo significado que a palavra malha
Mordela – mordedura
Barrumas – verrugas
Descamisar – desfolhar o milho
Encarrapato – nú
Congra – congrua (tributo pago do padre por cada família com posses)
Trambolhão – tombo
Barrôco – penedo granítico de grandes dimensões
Tchaile – xaile
Comediantes – saltimbancos
Roçar – esfregar a casa; cortar mato
Conduto – carne ou peixe que acompanhe as batatas; queijo ou chouriça que acompanha o pão
Carne gorda – toucinho
Jornal – preço de um dia de trabalho
Peste – faísca proveniente da trovoada
Indrêta – curandeiro ortopedista
Prometo voltar, com mais memória…das palavras.
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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22/12/2010
Natal no Casteleiro


No Casteleiro tudo a postos para mais uma quadra natalícia: o presépio e as iluminações no Largo de S. Francisco e o madeiro na Praça!
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20/12/2010
A força da vereadora Sandra Fortuna
A jovem vereadora socialista Sandra Fortuna tem-se revelado um exemplo de rectidão e de tenacidade, que merece ser sinalizado. O momento político que o Sabugal atravessa faz reviver a efervescência dos eleitos, que a todo o tempo têm de mostrar estar à altura das responsabilidades.
O presidente da câmara, António Robalo, encontrou há alguns meses uma solução de estabilidade política para o executivo. Chegou lá com certa morosidade e tem avançado por caminhos erráticos, de avanços e recuos, de batidas no cravo e na ferradura, mas é certo ter condições para executar o seu programa.
Compreendo perfeitamente a lógica do acordo com Joaquim Ricardo, o vereador do MPT, dando-lhe um lugar de vereador em funções permanentes e ainda o malogrado cargo de presidente da Sabugal+. O lugar na empresa municipal era o garante absoluto de que Joaquim Ricardo lhe seria fiel, secundando-o nas votações e colocando de lado sinais de independência numa ou outra matéria.
Entretanto o facto consumado da demissão de Joaquim Ricardo de presidente da Sabugal+, em razão de pareceres que apontam para irregularidades na eleição, trazem à memória a conduta de António Robalo para com a sua colega de executivo, a vereadora Sandra, que com ele integrava a anterior administração da Sabugal+. Escudado no acordo fechado com Joaquim Ricardo, decidiu cortar a direito, não olhando a questões éticas. Sem informar aos restantes membros do conselho de administração, António Robalo apresentou a demissão de presidente da empresa no decurso de uma reunião do executivo, considerando que esse simples acto derrubava toda a administração em funções.
A vereadora socialista, revelando-se uma verdadeira mulher de armas (fazendo aqui recordar a grande autarca e também vereadora Lucinda Pires, sua conterrânea), manifestou-se ultrajada com a atitude torpe e desleal do presidente e abandonou a reunião, dizendo que regressaria quando se passasse ao ponto seguinte da ordem de trabalhos. O outro vereador do PS seguiu-lhe as passadas e na sala ficaram apenas os três eleitos pelo PSD e o do MPT.
Risonhos e convictos da inabilidade dos socialistas, os que ficaram trataram de preencher as vacaturas dos lugares no conselho de administração da empresa, com Joaquim Ricardo a votar serenamente na eleição de um novo elenco, encabeçado por si mesmo.
Posteriormente, a vereadora Sandra Fortuna, demonstrando ser atempada e empenhada na causa pública, munida de um parecer jurídico do seu partido, defendeu que a votação fora ilegal, e que a regularidade tinha de ser reposta. Para a calarem de vez pediram pareceres a entidades institucionais.
O presidente e os seus sequazes gozaram o pagode, tomando Sandra Fortuna por pateta.
Só que a vida traz surpresas: a tenacidade da Sandra não foi em vão porque os pareceres chegaram e eram peremptórios, indicando que as votações foram irregulares e todos os actos praticados eram anuláveis.
A demissão de Joaquim Ricardo é pois uma vitória política da jovem vereadora socialista, que se afirma como uma política corajosa, cuja força deve ser incentivada.
Paulo Leitão Batista
Compreendo perfeitamente a lógica do acordo com Joaquim Ricardo, o vereador do MPT, dando-lhe um lugar de vereador em funções permanentes e ainda o malogrado cargo de presidente da Sabugal+. O lugar na empresa municipal era o garante absoluto de que Joaquim Ricardo lhe seria fiel, secundando-o nas votações e colocando de lado sinais de independência numa ou outra matéria.
Entretanto o facto consumado da demissão de Joaquim Ricardo de presidente da Sabugal+, em razão de pareceres que apontam para irregularidades na eleição, trazem à memória a conduta de António Robalo para com a sua colega de executivo, a vereadora Sandra, que com ele integrava a anterior administração da Sabugal+. Escudado no acordo fechado com Joaquim Ricardo, decidiu cortar a direito, não olhando a questões éticas. Sem informar aos restantes membros do conselho de administração, António Robalo apresentou a demissão de presidente da empresa no decurso de uma reunião do executivo, considerando que esse simples acto derrubava toda a administração em funções.
A vereadora socialista, revelando-se uma verdadeira mulher de armas (fazendo aqui recordar a grande autarca e também vereadora Lucinda Pires, sua conterrânea), manifestou-se ultrajada com a atitude torpe e desleal do presidente e abandonou a reunião, dizendo que regressaria quando se passasse ao ponto seguinte da ordem de trabalhos. O outro vereador do PS seguiu-lhe as passadas e na sala ficaram apenas os três eleitos pelo PSD e o do MPT.
Risonhos e convictos da inabilidade dos socialistas, os que ficaram trataram de preencher as vacaturas dos lugares no conselho de administração da empresa, com Joaquim Ricardo a votar serenamente na eleição de um novo elenco, encabeçado por si mesmo.
Posteriormente, a vereadora Sandra Fortuna, demonstrando ser atempada e empenhada na causa pública, munida de um parecer jurídico do seu partido, defendeu que a votação fora ilegal, e que a regularidade tinha de ser reposta. Para a calarem de vez pediram pareceres a entidades institucionais.
O presidente e os seus sequazes gozaram o pagode, tomando Sandra Fortuna por pateta.
Só que a vida traz surpresas: a tenacidade da Sandra não foi em vão porque os pareceres chegaram e eram peremptórios, indicando que as votações foram irregulares e todos os actos praticados eram anuláveis.
A demissão de Joaquim Ricardo é pois uma vitória política da jovem vereadora socialista, que se afirma como uma política corajosa, cuja força deve ser incentivada.
Paulo Leitão Batista
Texto publicado pela Gazeta do Sabugal
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18/12/2010
Mas que terra activa, esta!

O trabalho de pesquisa hoje apresentado pretende dar uma visão deste tempo, trazendo à lembrança e ao conhecimento, as várias profissões bem como os verdadeiros protagonistas, tentando manter a marca do registo linguístico, patente nas várias palavras utilizadas. Fica desde já, o meu pedido de desculpa às pessoas visadas e seus familiares, ao utilizar os nomes pelos quais eram mais conhecidas no nosso povo.
Passo a enumerar:
Sapatêro: Ti Luís Pinto; Ti Paralta; TZé Martins; Ti Martinho
Alfaiates: Tó Coxito; Mguel Coelho; Abílio Coxo; Tó Coxo; Mguel Beijina
Ferrêro: TJoão Ferrêro; Tó Ferrêro
Pedrêro: Senhor Venâncio (mestre); TJaquim Pedro (Catana); TJoão Catana; Manele Catana;
Carpintêro: TZé Melo; TZé Lopes
Tanoêro: TZé Melo (fazia e reparava pipas, dornas…)
Barbêro: Ti Náciso; Mudo
Ferrador: Ti Torra (colocava as ferraduras – protecção dos cascos – das vacas, burros…)
Costurêra: Senhora Maria Augusta; Ana Coxa; Alice costureira
Assougue (talho): TJaquim Soares ; Titôr; TJaquim Snêto
Pêchêra/Sardnhêra: Ti Carminda; Ti Rsolina
Caldêrêro / latoêro: TJoão Latoêro
Lagares de azête: Senhor Manelzinho; D. Maria d'Céu (lagar da Senhora)
Fornêra: TMari Bárbola; Ti Delfina (forneira)
Tabarnêro: TManel Silva; Tzé da Velha; Tórra
Negociante de animais: Zé Maria (cuecas) e pai
Negociante de sementes: TManel Abade; TJaquim Canêlo; Ti Américo Leitão
Merceeiros: Senhor Firmino; Senhor Tó Pinto; Senhor Zé Mourinha;
Bodguêra: Senhora Lpondina; Ti Pruficação (confeccionavam comida para casamentos, baptizados, festas religiosas… Faziam bodas e emprestavam a loiça para estes eventos)
Taxista: Senhor Quim Paiva; Quiel; TZé Pedro
Ganhão: TJaquim Blantim; TJaquim Nabais…
Pastor: Ti Farnhêra; Sabastião
Cantnêro: TZé Pires (Piralhas)
Guarda rios: Senhor Torrão
Eletsísta: Senhor Campos; Antónho eletsísta
Sarrador (serra madeiras para vários fins): Tmanel Sarrador e irmão
Covêro: TJaquim Barbas
Alfaiates: Tó Coxito; Mguel Coelho; Abílio Coxo; Tó Coxo; Mguel Beijina
Ferrêro: TJoão Ferrêro; Tó Ferrêro
Pedrêro: Senhor Venâncio (mestre); TJaquim Pedro (Catana); TJoão Catana; Manele Catana;
Carpintêro: TZé Melo; TZé Lopes
Tanoêro: TZé Melo (fazia e reparava pipas, dornas…)
Barbêro: Ti Náciso; Mudo
Ferrador: Ti Torra (colocava as ferraduras – protecção dos cascos – das vacas, burros…)
Costurêra: Senhora Maria Augusta; Ana Coxa; Alice costureira
Assougue (talho): TJaquim Soares ; Titôr; TJaquim Snêto
Pêchêra/Sardnhêra: Ti Carminda; Ti Rsolina
Caldêrêro / latoêro: TJoão Latoêro
Lagares de azête: Senhor Manelzinho; D. Maria d'Céu (lagar da Senhora)
Fornêra: TMari Bárbola; Ti Delfina (forneira)
Tabarnêro: TManel Silva; Tzé da Velha; Tórra
Negociante de animais: Zé Maria (cuecas) e pai
Negociante de sementes: TManel Abade; TJaquim Canêlo; Ti Américo Leitão
Merceeiros: Senhor Firmino; Senhor Tó Pinto; Senhor Zé Mourinha;
Bodguêra: Senhora Lpondina; Ti Pruficação (confeccionavam comida para casamentos, baptizados, festas religiosas… Faziam bodas e emprestavam a loiça para estes eventos)
Taxista: Senhor Quim Paiva; Quiel; TZé Pedro
Ganhão: TJaquim Blantim; TJaquim Nabais…
Pastor: Ti Farnhêra; Sabastião
Cantnêro: TZé Pires (Piralhas)
Guarda rios: Senhor Torrão
Eletsísta: Senhor Campos; Antónho eletsísta
Sarrador (serra madeiras para vários fins): Tmanel Sarrador e irmão
Covêro: TJaquim Barbas
Tomando como referência, este povo trabalhador e exemplar no percurso por tempos difíceis, aqui fica um grande desafio para esta geração actual.
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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15/12/2010
14/12/2010
O Natal sempre

Neste contexto os avós têm um papel importante – basta querer ouvi-los, são um manancial de sabedoria e experiência de vida. Por mim e quando posso sou fã. Passa uma semana, passam duas, passam três e devagarinho começa a ouvir-se repetidamente a palavra mágica:
- Natal!
E o alguidar, e os ovos, a aguardente, a laranja docinha, o azeite e o leite? Ah!… e a farinha? Será que não vai faltar? Que vergonha andar no último instante já com as mãos na massa a pedir farinha! Organizar é preciso para que nada falte. Chegado o dia e com tudo ao alcance, amassam-se as filhós, cozem-se as batatas com o bacalhau e as couves já quase cozidas pela geada. E que bem que sabe aquela mistura!..
No meu tempo era assim o Natal: simples, sem consumismos, sem desperdícios. Os afectos eram o mais importante e aconteciam sem esforço ou faz-de-conta; as prendas… talvez algum menino Jesus mais abastado resolvesse pôr no sapatinho que ficava junto à lareira ainda grande, algumas moedinhas ou rebuçados que ao outro dia faziam as delícias dos mais pequeninos.
No ar ficava o cheiro a lareira e a azeite frito e também a autenticidade, que, sobretudo esta última, aquecia os corpos e principalmente os corações.
Para todos um abraço de boas-festas com muita ternura à volta.
Bom Natal.
Texto de autoria de Maria Dulce Martins
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10/12/2010
A memória...das palavras (II)
Há uns dias partilhei com todos aqueles que passam por este blogue, algumas das palavras que fazem parte da memória deste povo. Prometi voltar com novos exemplos dos percursos linguísticos que vão resistindo à voracidade do tempo. 
Aqui vão:

Aqui vão:
Pão-leve – pão-de-ló
Meda – conjunto de molhos de centeio, aveia…acabados de ceifar
Jêra – porção de terra lavrada durante um dia, por uma junta (duas) de vacas. Representa cerca de meio hectare de terra
Alqueve – terra alta, preparada para a sementeira de cereais, normalmente centeio
Almude – medida de volume de origem árabe; cerca de 28 litros. Um cântaro de vinho leva 14 litros, ou seja meio almude
Dorna – vasilha cilíndrica formada de aduelas (tábuas de madeira de castanho), sem tampa e cujo diâmetro da boca é ligeiramente menor do que o do fundo. Servia para transportar uvas, em carros de bois, para o lagar. Tendo a boca mais estreita adquiria maior estabilidade nos caminhos maus e era, por isso, difícil voltar-se.
Balsêro – vasilha de tipo idêntico à “dorna”mas mais baixa e com os diâmetros da base e da boca sensivelmente iguais.
Borratchêra – bebedeira
Espitcho – orifício que se faz na pipa ou no pipo que tem vinho, para ver em que condições se está a fazer – “fazer a prova do vinho”. Depois tapa-se com um pauzinho afiado numa extremidade e untado de sebo.
Môtcho – banco de palha ou cortiça, baixo e quadrangular.
Putchêro – pequeno recipiente, geralmente de barro, que quase sempre estava junto à lareira, com chá, café… ou mesmo vinho com açúcar.
Têsto – tampa dos recipientes da cozinham (panela, tacho…)
Pilhêra – local da lareira, atrás do lume, para onde se costuma deitar a cinza. Esta era retirada de semana a semana.
Tanazas – tenazes
Tção – pedaço de lenha que não conseguiu arder completamente.
Aptchar – acender
Mourão – prateleira de granito sobre a lareira. Servia para ali colocar os palitos, novos e usados.
Palitos – fósforos
Caniço – grades de ripas colocadas no tecto da cozinha e que serviam para aí secar as castanhas.
Estrugir – fritar (batatas esturgidas = batatas fritas)
Amaga-te – baixa-te (obrigada Isabel Ângelo!)
E… nunca se esqueça que a língua (falada ou escrita) é parte integrante do património do nosso povo!
Prometo voltar com mais memórias das palavras.
Meda – conjunto de molhos de centeio, aveia…acabados de ceifar
Jêra – porção de terra lavrada durante um dia, por uma junta (duas) de vacas. Representa cerca de meio hectare de terra
Alqueve – terra alta, preparada para a sementeira de cereais, normalmente centeio
Almude – medida de volume de origem árabe; cerca de 28 litros. Um cântaro de vinho leva 14 litros, ou seja meio almude
Dorna – vasilha cilíndrica formada de aduelas (tábuas de madeira de castanho), sem tampa e cujo diâmetro da boca é ligeiramente menor do que o do fundo. Servia para transportar uvas, em carros de bois, para o lagar. Tendo a boca mais estreita adquiria maior estabilidade nos caminhos maus e era, por isso, difícil voltar-se.
Balsêro – vasilha de tipo idêntico à “dorna”mas mais baixa e com os diâmetros da base e da boca sensivelmente iguais.
Borratchêra – bebedeira
Espitcho – orifício que se faz na pipa ou no pipo que tem vinho, para ver em que condições se está a fazer – “fazer a prova do vinho”. Depois tapa-se com um pauzinho afiado numa extremidade e untado de sebo.
Môtcho – banco de palha ou cortiça, baixo e quadrangular.
Putchêro – pequeno recipiente, geralmente de barro, que quase sempre estava junto à lareira, com chá, café… ou mesmo vinho com açúcar.
Têsto – tampa dos recipientes da cozinham (panela, tacho…)
Pilhêra – local da lareira, atrás do lume, para onde se costuma deitar a cinza. Esta era retirada de semana a semana.
Tanazas – tenazes
Tção – pedaço de lenha que não conseguiu arder completamente.
Aptchar – acender
Mourão – prateleira de granito sobre a lareira. Servia para ali colocar os palitos, novos e usados.
Palitos – fósforos
Caniço – grades de ripas colocadas no tecto da cozinha e que serviam para aí secar as castanhas.
Estrugir – fritar (batatas esturgidas = batatas fritas)
Amaga-te – baixa-te (obrigada Isabel Ângelo!)
E… nunca se esqueça que a língua (falada ou escrita) é parte integrante do património do nosso povo!
Prometo voltar com mais memórias das palavras.
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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07/12/2010
Esta palavra Casteleiro
Como e quando e fundado por quem nasceu o povoado onde nasci e que hoje começa a ter outra vez projecção?
De onde lhe vem o nome de Casteleiro?
Por intuição, sempre pensei que o mais lógico era que estivesse relacionado com castelo: fosse o Castelo de Sortelha, fosse um dos castros que haveria em bom número aqui na zona.
Para tanto, recuo sempre uns 13 ou 14 séculos na História e penso em tempos de dureza, de sobrevivência difícil, de lutas pela terra mais fértil, e t
ambém tempos de afirmação de autonomia e mesmo de soberania.
Por comodidade, sou levado a pensar em cristãos e mouros.
Fiz umas pesquisas na net.
Não há muitos registos. Menos ainda que se refiram mesmo à nossa terra.
Mas alusões a castelo, a lendas e a especulações encontrei algumas.
Há por lá muita coisa que faz pouco sentido. Mas há uma linha de raciocínio que se ajusta mais ao que sempre pensei e que não é contrariado pelo que pode ser uma linha de continuidade com a tradição oral - a mais provável fonte de História neste caso, à falta de investigações da UNESCO...
Vamos então ao resultado - sem esquecer que deixei para trás dois registos prometidos e a que regressarei um dia destes: os expedicionários que do nosso Casteleiro partiram para a guerra na França em 1916; e a exploração de produtos da terra para lá dos agrícolas: os metais e os minerais, água incluída - e suas implicações no desenvolvimento da nossa terra, apesar de tudo...
Casteleiro, dono de castelo
Começo pelo que é firme, certo e seguro: na sua origem, a palavra que está nas placas das curvas de começo e fim da nossa aldeia, relaciona-se sempre com «castelo»: como adjectivo significa sempre algo que diz respeito ao castelo; como substantivo significa «castelão», ou seja, o dono do castelo.
Leia aqui, por todos.
Ou então: «casteleiro» pode ser o mesmo que «castelário», como li aqui.
Uma lenda, um beijo, uma fuga
Claro que há aquela lenda agradável e interessante de ler: a princesa apaixonou-se pelo árabe, deram um beijo eterno qu
e está plasmado na rocha... e os pais, donos do castelo de Sortelha, com o desgosto, renunciaram ao castelo e refugiaram-se nas suas terras do vale, na nossa terra. Como eram os «casteleiros», donos do castelo, a terra que fundaram passou a chamar-se assim.
Tem piada, relaciona-se com o facto de o Casteleiro, desde esse século XIII até 1855 ter feito parte do concelho de Sortelha, mas nada mais do que isso: tem pouco a ver com a realidade da época, parece-me. Nem no Casteleiro resta nada que possa ser levado à conta de casa apalaçada que os senhores de Sortelha certamente teriam construído para viverem. Não estou a ver um senhor feudal a viver numa casinha das mais antigas do Casteleiro.
Para ler sobre isto algo inserido na net por alguém do Casteleiro, pode ler aqui.
De onde lhe vem o nome de Casteleiro?
Por intuição, sempre pensei que o mais lógico era que estivesse relacionado com castelo: fosse o Castelo de Sortelha, fosse um dos castros que haveria em bom número aqui na zona.
Para tanto, recuo sempre uns 13 ou 14 séculos na História e penso em tempos de dureza, de sobrevivência difícil, de lutas pela terra mais fértil, e t

Por comodidade, sou levado a pensar em cristãos e mouros.
Fiz umas pesquisas na net.
Não há muitos registos. Menos ainda que se refiram mesmo à nossa terra.
Mas alusões a castelo, a lendas e a especulações encontrei algumas.
Há por lá muita coisa que faz pouco sentido. Mas há uma linha de raciocínio que se ajusta mais ao que sempre pensei e que não é contrariado pelo que pode ser uma linha de continuidade com a tradição oral - a mais provável fonte de História neste caso, à falta de investigações da UNESCO...
Vamos então ao resultado - sem esquecer que deixei para trás dois registos prometidos e a que regressarei um dia destes: os expedicionários que do nosso Casteleiro partiram para a guerra na França em 1916; e a exploração de produtos da terra para lá dos agrícolas: os metais e os minerais, água incluída - e suas implicações no desenvolvimento da nossa terra, apesar de tudo...
Casteleiro, dono de castelo
Começo pelo que é firme, certo e seguro: na sua origem, a palavra que está nas placas das curvas de começo e fim da nossa aldeia, relaciona-se sempre com «castelo»: como adjectivo significa sempre algo que diz respeito ao castelo; como substantivo significa «castelão», ou seja, o dono do castelo.
Leia aqui, por todos.
Ou então: «casteleiro» pode ser o mesmo que «castelário», como li aqui.
Uma lenda, um beijo, uma fuga
Claro que há aquela lenda agradável e interessante de ler: a princesa apaixonou-se pelo árabe, deram um beijo eterno qu

Tem piada, relaciona-se com o facto de o Casteleiro, desde esse século XIII até 1855 ter feito parte do concelho de Sortelha, mas nada mais do que isso: tem pouco a ver com a realidade da época, parece-me. Nem no Casteleiro resta nada que possa ser levado à conta de casa apalaçada que os senhores de Sortelha certamente teriam construído para viverem. Não estou a ver um senhor feudal a viver numa casinha das mais antigas do Casteleiro.
Para ler sobre isto algo inserido na net por alguém do Casteleiro, pode ler aqui.
Casteleiro, construtor de castelos
Mas, mais do que relacionado com os donos do castelo, acho que o nome da nossa terra pode estar relacionado com trabalho no castelo. Casteleiro deve também ser registado como o pedreiro, aquele que construiu com os seus braços o castelo.
Como se lê aqui, por exemplo.
Qual castelo?
O de Sortelha pareceria ser a resposta óbvia.
Mas acho curto.
O de Sortelha só foi construído no século XIII.
Mas antes dele, no mesmo sítio, havia já construções defensivas.
Acho que estamos a falar de tempos mais recuados.
Sinto que uns 500 anos antes disso.
Haveria por aqui outras fortificações não tão elaboradas nem tão poderosas mas igualmente importantes para a sua época: os castros, como hoje se designam, mas que na altura, por influência romana e galega/castelhana, certamente andaria perto de castillo, a palavra do país do lado para essas construções já nesse tempo: «castillo», castilo, castelo, castelano, castelão, casteleiro... sei lá. Uma coisa destas, para designar os donos dos braços que construíam os castros aqui à volta da nossa terra.
A reforçar esta minha preferência, o facto de na nossa terra tradicionalmente sempre ter havido muitos pedreiros, muita gente relacionada com a construção civil.
E nesta coisa da origem das coisas, a tradição vale muito...
Mas, mais do que relacionado com os donos do castelo, acho que o nome da nossa terra pode estar relacionado com trabalho no castelo. Casteleiro deve também ser registado como o pedreiro, aquele que construiu com os seus braços o castelo.
Como se lê aqui, por exemplo.
Qual castelo?
O de Sortelha pareceria ser a resposta óbvia.
Mas acho curto.
O de Sortelha só foi construído no século XIII.
Mas antes dele, no mesmo sítio, havia já construções defensivas.
Acho que estamos a falar de tempos mais recuados.

Haveria por aqui outras fortificações não tão elaboradas nem tão poderosas mas igualmente importantes para a sua época: os castros, como hoje se designam, mas que na altura, por influência romana e galega/castelhana, certamente andaria perto de castillo, a palavra do país do lado para essas construções já nesse tempo: «castillo», castilo, castelo, castelano, castelão, casteleiro... sei lá. Uma coisa destas, para designar os donos dos braços que construíam os castros aqui à volta da nossa terra.
A reforçar esta minha preferência, o facto de na nossa terra tradicionalmente sempre ter havido muitos pedreiros, muita gente relacionada com a construção civil.
E nesta coisa da origem das coisas, a tradição vale muito...
"Memória", espaço de opinião de autoria de José Carlos Mendes
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josé carlos mendes
06/12/2010
Biodiversidade Nocturna

O ano que está quase a terminar foi o Ano Internacional da Biodiversidade, como já aqui tinha referido anteriormente. Hoje, escrevo para divulgar um projecto em que me inscrevi e que pode ter interesse para a nossa Freguesia, saber as espécies de aves nocturnas que existem.
Consiste na observação de cinco pontos dentro da área da freguesia, escutar durante 10 minutos e seguir para outro ponto e repetir esta visita três vezes por ano.
Este projecto é desenvolvido pela SPEA (http://www.spea.pt/) – Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves e designa-se Programa de Monitorização de Aves Nocturnas em Portugal Continental, ou Grupo de Trabalho Aves Nocturnas.
Principais objectivos do GTAN
1. Aumentar o conhecimento sobre as aves nocturnas (Strigiformes e Caprimulgiformes) em Portugal, através da promoção de estudos sobre estas espécies.
2. Identificar prioridades de conservação e promover a implementação de medidas de conservação dirigidas às aves nocturnas.
3. Compilar e divulgar a informação existente sobre aves nocturnas em Portugal.
4. Promover acções de sensibilização sobre as aves nocturnas.
As espécies que poderemos ter são:
Coruja-das-torres Tyto alba
Bufo-pequeno Asio otus
Mocho-d'orelhas Otus scops
Coruja-do-nabal Asio flammeus
Bufo-real Bubo bubo
Noitibó-cinzento Caprimulgus europaeus
Mocho-galego Athene noctua
Noitibó-de-nuca-vermelha Caprimulgus ruficollis
Coruja-do-mato Strix aluco Alcaravão Burhinus oedicnemus
Quem souber em que zonas da nossa freguesia se podem encontrar algumas destas aves, deixe aqui comentário.
Quem quiser participar nas actividades comigo é só dizer.
Penso que este tipo de iniciativas tem importância para colocar o Casteleiro nos mapas deste tipo de projecto. Podemos ter alguma espécie importante a preservar e não a podemos deixar desaparecer.
Gostaria em breve de poder iniciar também um estudo da flora da nossa freguesia. Entendo que tem todo o interesse, para preservar as espécies existentes, uma vez que algumas podem estar a desaparecer com o progressivo abandono da agricultura.

"Ambiente agrícola e espaço florestal"
espaço de opinião de autoria de Ricardo Nabais
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ricardo nabais
04/12/2010
Festa da Caça 2011
10, 11 e 12 de Junho de 2011.
Três dias de Festa que pode já marcar na sua agenda.
Três dias de Festa que pode já marcar na sua agenda.
Casteleiro…aceite o desafio!
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Festa da Caça
01/12/2010
Recordar é viver: o Magusto
O Casteleiro continua a deslumbrar e a agradar, trazendo para o palco da vida as tradições de antanho; o Casteleiro não pára e os casteleirenses sabem porquê.
É que as tradições, os usos e costumes estão a ser divulgados e vividos ao vivo, no tempo e em épocas próprias.
Para além da matança do porco, o testamento do galo, os Entrudos e a festa da caça, teve lugar no dia 28 de Novembro findo, no Largo de São Francisco, graças ao Centro de Animação Cultural do Casteleiro, um magusto, relembrando os magustos que, em tempos idos, por altura de S. Martinho, as crianças das escolas e adultos faziam, em lajes, com caruma.
Marcado, propositadamente, para depois da missa dominical que foi celebrada às 15 horas, o magusto era sinal de ponto de encontro dos Casteleirenses.
As castanhas assadas num assador, genuíno e invulgar com a tradicional caruma a arder, esperadas eram com ansiedade e apetite e lá apareceram em quantidade.
E, enquanto umas se comiam, regadas com a boa jeropiga e água-pé, de propósito feitas para o efeito, outras se assavam não faltando também as febras assadas para quem quisesse.
E para que o magusto tivesse mais animação não faltou música a rodos e quadras à desgarrada, acompanhadas por uma acordeonista da responsabilidade da Empresa Municipal Sabugal+ a quem apresentamos os nossos agradecimentos.
Para o ano teremos mais surpresas, assim o esperamos.
É que as tradições, os usos e costumes estão a ser divulgados e vividos ao vivo, no tempo e em épocas próprias.
Para além da matança do porco, o testamento do galo, os Entrudos e a festa da caça, teve lugar no dia 28 de Novembro findo, no Largo de São Francisco, graças ao Centro de Animação Cultural do Casteleiro, um magusto, relembrando os magustos que, em tempos idos, por altura de S. Martinho, as crianças das escolas e adultos faziam, em lajes, com caruma.
Marcado, propositadamente, para depois da missa dominical que foi celebrada às 15 horas, o magusto era sinal de ponto de encontro dos Casteleirenses.
As castanhas assadas num assador, genuíno e invulgar com a tradicional caruma a arder, esperadas eram com ansiedade e apetite e lá apareceram em quantidade.
E, enquanto umas se comiam, regadas com a boa jeropiga e água-pé, de propósito feitas para o efeito, outras se assavam não faltando também as febras assadas para quem quisesse.
E para que o magusto tivesse mais animação não faltou música a rodos e quadras à desgarrada, acompanhadas por uma acordeonista da responsabilidade da Empresa Municipal Sabugal+ a quem apresentamos os nossos agradecimentos.
Para o ano teremos mais surpresas, assim o esperamos.
Texto e fotos de Daniel Machado
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magusto
29/11/2010
A memória...das palavras
Como todos sabemos a língua portuguesa tem sofrido, ao longo dos tempos, uma evolução, quer através do significado das palavras, quer através da sua escrita. Segundo os especialistas na matéria, este é um processo natural, pois ela está exposta às influências dos povos vizinhos, dos efeitos (e)migratórios, bem como ao processo de evolução linguística a que todas as línguas estão sujeitas.
Vem isto a propósito, de que o Casteleiro (à semelhança de algumas aldeias vizinhas) tem um património linguístico que interessa preservar e dar a conhecer às gerações mais novas.
Sugiro um exercício simples: procurem conversar com pessoas idosas da nossa terra e, abordem com elas temas que façam parte do seu quotidiano, verificarão, rapidamente, que a conversa é levada para memórias passadas.
É neste contexto que, facilmente, poderemos encontrar vocabulário, enriquecedor sob o ponto da evolução linguística de que vos falava atrás.
Hoje partilho convosco alguns exemplos:
Palhêra – loja onde se guardava a palha, o feno e os animais.
Polêro – galinheiro; é bom lembrar que na vizinha Espanha “Polho” significa frango.
Cortêlho – pocilga.
Tchambaril – espécie de cruzeta de madeira para pendurar o porco, logo a seguir à matança.
Marrano – suíno, porco.
Vianda – refeição, normalmente fervida, que se preparava para os suínos.
Caldudo – Sopa de castanhas secas.
Vivo – animais de diversas espécies (veja-se o exemplo: “vou dar de comer ao vivo”).
Pastoria – rebanho
Pão – pão centeio; ceara de centeio (o povo usava a seguinte quadra:
“Oh João Catalão,
olha as cabras no pão,
toca-lhe a gaita,
que elas virão”.
Agora que estamos próximos do Natal e, certamente, muitos casteleirenses estarão entre nós, aproveitem este desafio e concluirão que o vocabulário hoje utilizado, foi algo que se transformou ao longo de sucessivas gerações.
Por mim, fica a promessa de voltar com mais memórias…das palavras.
Vem isto a propósito, de que o Casteleiro (à semelhança de algumas aldeias vizinhas) tem um património linguístico que interessa preservar e dar a conhecer às gerações mais novas.
Sugiro um exercício simples: procurem conversar com pessoas idosas da nossa terra e, abordem com elas temas que façam parte do seu quotidiano, verificarão, rapidamente, que a conversa é levada para memórias passadas.
É neste contexto que, facilmente, poderemos encontrar vocabulário, enriquecedor sob o ponto da evolução linguística de que vos falava atrás.
Hoje partilho convosco alguns exemplos:
Palhêra – loja onde se guardava a palha, o feno e os animais.
Polêro – galinheiro; é bom lembrar que na vizinha Espanha “Polho” significa frango.
Cortêlho – pocilga.
Tchambaril – espécie de cruzeta de madeira para pendurar o porco, logo a seguir à matança.
Marrano – suíno, porco.
Vianda – refeição, normalmente fervida, que se preparava para os suínos.
Caldudo – Sopa de castanhas secas.
Vivo – animais de diversas espécies (veja-se o exemplo: “vou dar de comer ao vivo”).
Pastoria – rebanho
Pão – pão centeio; ceara de centeio (o povo usava a seguinte quadra:
“Oh João Catalão,
olha as cabras no pão,
toca-lhe a gaita,
que elas virão”.
Agora que estamos próximos do Natal e, certamente, muitos casteleirenses estarão entre nós, aproveitem este desafio e concluirão que o vocabulário hoje utilizado, foi algo que se transformou ao longo de sucessivas gerações.
Por mim, fica a promessa de voltar com mais memórias…das palavras.
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
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26/11/2010
Casteleiro ...aceite o desafio!
O Executivo da Câmara Municipal do Sabugal reuniu no Casteleiro no passado dia 24 de Novembro. A reunião realizou-se, por decisão da Junta de Freguesia, no edifício do jardim-escola, com o propósito de, simbolicamente, animar um espaço que se encontra temporariamente sem actividade.
Esta foi a primeira vez que a Câmara do Sabugal reuniu formalmente na Freguesia, facto salientado pelo Presidente da Junta que agradeceu a presença de Presidente e Vereadores. Igualmente presentes, membros da Assembleia de Freguesia, o Presidente da Direcção do CACC, Presidente do Lar de São Salvador e representante do Clube de Caça e Pesca.
No decurso da reunião, o Presidente da Junta fez uma apresentação da actividade realizada e, pela primeira vez em público, anunciou o lançamento próximo da campanha “Casteleiro, aceite o desafio!”, um conjunto de acções assentes num plano integrado de comunicação e marketing com o objectivo primeiro de fomentar a recuperação do património edificado com vista a residência temporária ou permanente.
Esta proposta, que mereceu o apoio unânime do Executivo, envolve um desafio à Câmara para que esta crie em conjunto com a Junta, um leque de incentivos que permitam facilitar e tornar apetecível a instalação de novos residentes.
A campanha “Casteleiro, aceite o desafio!” será lançada até final do ano.
Esta foi a primeira vez que a Câmara do Sabugal reuniu formalmente na Freguesia, facto salientado pelo Presidente da Junta que agradeceu a presença de Presidente e Vereadores. Igualmente presentes, membros da Assembleia de Freguesia, o Presidente da Direcção do CACC, Presidente do Lar de São Salvador e representante do Clube de Caça e Pesca.
No decurso da reunião, o Presidente da Junta fez uma apresentação da actividade realizada e, pela primeira vez em público, anunciou o lançamento próximo da campanha “Casteleiro, aceite o desafio!”, um conjunto de acções assentes num plano integrado de comunicação e marketing com o objectivo primeiro de fomentar a recuperação do património edificado com vista a residência temporária ou permanente.
Esta proposta, que mereceu o apoio unânime do Executivo, envolve um desafio à Câmara para que esta crie em conjunto com a Junta, um leque de incentivos que permitam facilitar e tornar apetecível a instalação de novos residentes.
A campanha “Casteleiro, aceite o desafio!” será lançada até final do ano.
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