28/04/2010

Caminhos e Muros - obras tiveram início

Depois de um Inverno rigoroso que originou a queda de vários muros e que deixou intransitáveis quase todos os caminhos rurais, iniciaram-se esta semana, por iniciativa da Junta de Freguesia, diversas obras de recuperação e, em alguns casos, reconstrução quase total de muros de suporte, bem como o arranjo de cerca de 32 Km de caminhos.

25/04/2010

Hoje é dia 25 de Abril

Animação de Rua - "Velha Gaiteira"

No dia 1 de Maio, as ruas do Casteleiro vão vibrar ao som do "Velha Gaiteira".
O grupo Velha Gaiteira nasceu no Paúl (Beira Baixa) com o intuito de divulgar a gaita de fole transmontana e as percussões tradicionais da Beira Baixa. É um projecto de raiz tradicional cujo repertório serve como homenagem a todas as velhas gaiteiras que mantêm viva a música enquanto veículo de comunicação e expressão cultural e identitária. Os seus temas originais partem deste universo rural e pastoril para um novo caminho desbravado todos os dias ao som da gaita, da caixa, do bombo, dos adufes, criando um novo estilo já denominado por Trance Rural Orgânico...

23/04/2010

Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor


Iniciamos hoje a divulgação dos grupos convidados e que estarão presentes na Festa da Caça.
A Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor irá actuar no dia 1, sábado, pelas 16 horas.
O Grupo Cultural Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor existe desde 1942, sob a designação inicial de Mindagos. A partir de 1980 passou a designar-se de Orquestra de Harmónicas de Ponte de Sor.
Tem como actividades preferenciais a recolha, adaptação instrumental e execução pública de melodias tradicionais, principalmente de Portugal e das suas regiões.
Executa as suas melodias na harmónica de boca, instrumento musical largamente enraizado na cultura popular.

25 de Abril, Sempre

Naquela memorável noite de Abril de 1974 nasceu um novo dia de Primavera a florir e a sorrir com um Sol radiante para todos, por igual, de nome 25 DE ABRIL.
Ao acordar com a notícia da “Boa-Nova”, nem queria acreditar.
Seria um sonho meu dessa noite?!...
De ouvidos à escuta e de olhos bem abertos, ouvi e vi que não era sonho, não. O dia era bem diferente dos outros.
O Povo, a despertar para uma vida nova de liberdade, saiu à rua e com alegria, juntamente com os corajosos e valorosos Capitães de Abril que tornaram, em realidade, sim um sonho seu, cantava Vitória, gritando: “O Povo unido jamais será vencido”.
Com toda esta alegria e euforia, sem derrame de sangue, foi assim que os valorosos Capitães de Abril 74 acabaram com a opressão e restituíram ao povo português um Portugal livre e democrático; foi assim que Portugal se tornou um outro Portugal.
Com um respeitoso agradecimento, e para que todos soubessem a verdade e acreditassem, perguntei-lhe:

25 de Abril de 1974,
Que vieste tu fazer
Com a “Canção do Adeus”
E a “Grândola, Vila Morena”,
Sem se saber,
Pela calada da noite?
— Acordar os adormecidos
E libertá-los do açoite.

25 de Abril de 1974,
Que nos viestes tu dar
Com cravos nas espingardas,
Em vez de balas de matar?
— Nos militares,
Dar dignidade às fardas
E com a guerra acabar.

25 de Abril de 1974,
Que mais vieste tu fazer?
— Libertar os oprimidos
Da tirania do Poder;
Dar a todos a liberdade
De falar e dizer
O que na alma lhes vai;
Dar a todos o mesmo direito
De trabalho p’ra viver;
Acabar com o fascismo,
P’ra nunca mais renascer
E o 25 DE ABRIL, SEMPRE,
O garante fiel ser.





"Daqui Viseu", espaço de opinião de autoria de Daniel Machado

20/04/2010

Que viva a Festa!


Faltam 10 dias para a FESTA!
Uma motivada equipa procura afinar todos os pormenores: a iluminação, o som, os horários de chegada dos muitos grupos convidados, o local dos stands, as refeições, enfim, toda a logística necessária!
A divulgação está feita. Na Beira Interior, a Festa da Caça do Casteleiro está já na agenda de muitos. Em todos as estradas da região surgiram no passado fim de semana, bandeiras a indicar o caminho!
A previsão meteorológica indica que a 1 e 2 de Maio vai estar bom tempo, sem chuva e sol de Primavera!
Estão criadas todas as condições para que a Festa seja uma grande Festa!
Vai ganhar o CASTELEIRO, cada vez mais uma Terra com Futuro!

O Borda D´Água

O BORDA D´ÁGUA é o almanaque mais antigo de que há memória; é um reportório útil a toda a gente contendo todos os dados astronómicos, religiosos e muitas indicações úteis de interesse geral. É editado desde 1929 pela Editorial Minerva. Faz já 81 anos.
Desde muito cedo que o homem soube interpretar a previsão do tempo. Ainda hoje encontramos pessoas idosas que, olhando para os Astros formulam as suas hipóteses e condicionam, em função disso, os seus afazeres do dia seguinte.
Se quisermos ir mais longe, através da sabedoria popular, ou mesmo de testemunhos ainda vivos, é possível encontrar previsões do tempo, mesmo para o ano inteiro. O povo, através dos sinais que os Astros lhes forneciam, e do tempo que fazia nos primeiros 12 dias de Janeiro, em algumas localidades, e nos primeiros 13 dias de Agosto – no Casteleiro (o dia 1 de Agosto, dizia-se que o Governo tirava-o para ele...já nessa altura o governo não dava, tirava!) conseguia criar uma previsão para o ano inteiro. Nestes casos, o tempo que fazia em cada dia, correspondia a cada mês do ano.
Hoje, através de sofisticada tecnologia, é possível fazer previsões a médio e a longo prazo, com uma mínima margem de erro.
Outros tempos!... muito longe do tempo em que o Almanaque nasceu.



"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia

10/04/2010

O meu fascínio pelas cegonhas

Sempre, desde que me conheço, caminhei diariamente, para casa da minha avó materna. Era lá muito acarinhada, e por isso sentia-me muito bem naquele ambiente familiar. Foi lá que, para lá de muitas outras coisas, aprendi a gostar de cegonhas.
A casa da minha avó era um lugar privilegiado para observar a azáfama que então começava. Tinha um balcão solarengo virado para a torre, que era a «casa» escolhida por elas há muito tempo. Dali, a observação era perfeita.
Chegavam com a primavera. Depois de descansarem, começava o trabalho. O ninho que então tinham deixado, precisava de obras e isso era prioritário. Era vê-las num corrupio, acarretando pauzinhos de vide, restos de palha, e tudo o que achavam útil, para aconchegar o ninho que iria receber os ovos, e mais tarde os filhotes.
Era aí que eu me deliciava com a graça e organização daqueles bichos, apetecia-me dizer que quem dera a muitos humanos! O trabalho era organizado em equipa. Logo que os ovos começavam a ser chocados, ora o macho ora a fêmea percorriam os arredores à procura de alimentos. Quando os bebés nasciam, os cuidados redobravam, o casal revezava-se para os alimentar. Era um momento bonito, quando as cabecitas, com os seus bicos compridos e bem abertos, apareciam para apanhar os alimentos que os seus progenitores lhes levavam. Mãe e pai responsáveis e incansáveis nos cuidados a prestarem. Seguiam-se os primeiros ensaios de voo. Aquele bailado era conduzido com a perícia dos artistas, àquele cenário em conjunto com o silêncio da aldeia, só faltava juntar uma música clássica e imaginarmo-nos num local de sonho.
Ainda hoje não sei por que é que o ninho das cegonhas desapareceu.
Não acredito que fosse maldade. Ignorância…talvez.
Sempre que vou ao Casteleiro e passo no Fundão delicio-me com a colónia enorme que agora se encontra à saída.
Apesar de tudo, quando olho para a torre que me acompanhou durante tantos anos, não posso deixar de sentir pena, e nostalgia. As cegonhas levavam vida e alegria à aldeia.
Fazem falta os comentários: «Olha! As cegonhas chegaram!».
Já que mais não fosse, para as pessoas comunicarem.





Texto de autoria de Maria Dulce Martins

07/04/2010

Biodiversidade para todos

No outro dia escrevia neste post, sobre conhecer a fauna e flora do Casteleiro, com a ideia que em breve vamos começar a descrever as espécies que podemos encontrar pela freguesia.
Dei o titulo de biodiversidade para todos por duas razões: a primeira é que este ano se assinala o ano internacional da biodiversidade, no decorrer do qual serão realizadas várias actividades sobre a biodiversidade, algumas para sensibilizar, outras de caracter cientifico para estudar algumas áreas de conservação das espécies e habitats, e a segunda porque encontrei na internet uma nova associação com a designação “Biodiversity4all”, que podem ver aqui. Esta associação pretende juntar o maior número de participantes para registar as observações. Existe uma grande lacuna a nível nacional de registo de biodiversidade a nível de fauna e ainda mais de flora, embora existam regiões onde se efectuaram estudos que ainda prosseguem.
Eu já estou registado e efectuei três registos na freguesia mas espero que este numero vá aumentando. Seria interessante a colaboração de todos por forma a aumentar este número de observações na fresguesia. Assim, apelo à participação de todos e desafio mesmo o Centro de Animação Cultural do Casteleiro a desenvolver uma actividade no âmbito do ano internacional da biodiversidade.
Boas observações, e vamos lá colocar a freguesia no mapa deste projectos que são gratuitos e podem trazer frutos no futuro....





"Ambiente agrícola e espaço florestal"
espaço de opinião de autoria de Ricardo Nabais

04/04/2010

Páscoa “peseach”

A Páscoa é um dos mais importantes marcos históricos para os cristãos. Comemora a Ressurreição de Jesus Cristo, ao terceiro dia da sua morte, o que ocorreu na era cristã 30 ou 33 anos. A palavra Páscoa tem origem no hebraico “Peseach” o que significa passagem, transição.

Ao falar de Páscoa, vem-me à mente a minha infância. Era uma azáfama na limpeza e embelezamento das casas e das ruas do Casteleiro. A casa, porque tinha passado o Inverno, as lareiras deitavam fumo que se entranhava em todos os cantos, por isso exigiam uma limpeza profunda. Além disso recebíamos o sacerdote da aldeia na visita pascal, e era de bom-tom que tudo estivesse impecável. A minha rua era enfeitada pela ti Jusvina e pelos mais jovens, o que nos dava muita alegria. Fazíamos arcos de ramos de palmeira, cortados na quinta da D. Maria do Céu, assim como tapetes de rosmaninho e flores, para passar a procissão. Era a altura em que as flores começavam a despontar nos campos, em que as crianças corriam com uma alegria efusiva à procura das flores designadas por campainhas, jasmim e camélias entre outras. Quando da visita pascal, as pequenas flores de jasmim, que exalavam um perfume delicioso, eram colocadas num prato para cobrirem as moedas, que então eram recolhidas pelo sacristão quando da visita pascal.
Entre os miúdos, quem tivesse mais flores repartia com os outros. Não me esquece a pequena Maria Lt. que não pronunciava os “q e c” substituía-os por “t”. Gritava ela para nós, os outros miúdos “tem ter fitas e tampainhas”. Nós, malandrinhos, respondíamos para a imitar, com a mesma troca de letras “tero eu, tero eu” e riamos e corríamos com grande alarido.
De Lisboa os amigos dos pais, sobretudo o Manuel Figueiredo, presenteava-nos a mim e à minha irmã com amêndoas de açúcar, algumas de formas estranhas, entre as quais em forma de bebé, recheadas de licor, o que era uma raridade para a época, apesar de no século XVIII os confeiteiros franceses já confeccionarem ovos de chocolate.
Mais tarde, adolescente, pintava com tintas bem garridas e desenhos vistosos os ovos, depois de cozidos, para enfeitar a mesa de Páscoa. Os ovos que pintava, não eram os ovos do rei Eduardo I banhados a ouro e decorados com pedras preciosas, mas mesmo assim, davam-me muita satisfação. Simbolizavam o início da vida, associada à Primavera.

Que o Círio da Páscoa, vela que se acende no Sábado de Aleluia e simboliza a luz dos povos, nos ajude a reencontrar os melhores caminhos para a nossa terra, com a nossa junta de freguesia e colaboração de todos. São estes os nossos votos.


Texto de autoria de Mariazinha Guerra

Novos Orgãos Sociais do Centro Cultural


O Centro de Animação Cultural do Casteleiro reuniu ontem, sábado, a Assembleia Geral Eleitoral. Os cerca de trinta sócios presentes elegeram os novos orgãos sociais para os próximos dois anos:

Assembleia Geral
Presidente - Daniel Augusto Machado
1ª Secretário - Beatriz Conceição Costa Nabais
2º Secretário - José Manuel Antunes Gonçalves

Suplentes
- Ismael Valentim Gonçalves Martins
- Manuel Esteves Leal

Conselho Fiscal
Presidente - Ismael Martins
Secretário - Rui Augusto Teixeira Proença
Vogal - Vitorino dos Reis Cantinhas Fortuna

Direcção
Presidente - Albertino Machado Lopes
Secretário - Ricardo Miguel Fortuna Marques
Tesoureiro - Sérgio Daniel Ramos Ribeiro

Suplentes
- Bruno Ricardo Tavares Antunes
- Pedro Ricardo Felix Soares