30/11/2011

Magusto em mês de S. Martinho



Para o dia 27 de Novembro findo, a partir das 14 horas, a Direcção do Centro de Animação Cultural do Casteleiro convidou todos os seus sócios, simpatizantes e a população em geral a comparecerem no Largo de S. Francisco para participarem no tradicional magusto de S. Martinho.
Chegado o dia e a hora, com a fogueira a arder, as pessoas gradualmente a comparecerem no local do magusto e as castanhas a serem mexidas no assador para melhor se assarem e a não se queimarem, de quando em vez, quando uma ou outra castanha estoirava, alguém dizia: “até parece que foram roubadas”, mas não, foram compradas.
Com os olhos postos no assador e aguardando-se a primeira “leva” de castanhas assadas para as mesas, pessoas já havia, ansiosas para as descascarem e comerem e, sem demoras, lá vieram quentinhas e boas para agrado de quem as comia e saboreava.
A este assador de castanhas, outros e muitos mais houve. Para tal, lá estava o amigo Manuel Leal, sempre disposto para as assar, tantas quantas vezes fosse e até que as pessoas presentes mais não quisessem e assim foi.
Entretanto, para que ninguém se empapasse com as castanhas, ao lado, no bar, bebidas eram servidas, com destaque para a genuína jeropiga, própria da época e que bem liga com as castanhas assadas ou com as nozes que, por fim, o amigo Zé Nabais trouxe para quem as quisesse partir e comer.
Com o Sol a desaparecer e o frio da noite a aparecer, uma vez mais a tradição do magusto se cumpriu, graças à boa vontade e empenho da Direcção do Centro Cultural, proporcionando assim, a quem quis associar-se, um alegre e são convívio.







"Daqui Viseu", espaço de opinião de autoria de Daniel Machado



Assembleia Geral do CACC



29/11/2011

O Chafariz das Duas Bicas

A propósito da notícia da iluminação do património, que aplaudo, lembrei-me de umas notas que há tempos escrevi sobre uma das «fontes», o Chafariz das Duas Bicas, que fica mesmo à porta da minha antiga casa.
A sua água, segundo os mais velhos, era de uma qualidade excelente.
Como disse, esse chafariz foi, durante muitos anos, meu vizinho muito próximo.
Sempre gostei, e até quase venerei, aquele chafariz.
Quase o sentia só meu.
Fez-me companhia nos bons e nos maus momentos.
Junto dele brinquei, fui feliz, amei, chorei – enfim, foi meu companheiro de todos os momentos.
O que mais recordo, e recordo com muita ternura, é o momento de deitar.
Sabia-me muito bem no silêncio da noite (o chafariz era mesmo em frente ao meu quarto), ouví-lo e ser embalada suavemente ao som da cadência monótona e calma da água a correr para dentro do pio (era assim que se chamava), eternamente…
E eternamente porquê?
Porque, ao acordar, lá continuava o mesmo som da água, com a mesma cadência, sempre pronta a dar-me os bons dias.
Assim.
Vinte e quatro sobre vinte e quatro horas.
Lembro-me muitas vezes daquele chafariz.
E também do sussurrar dos diálogos que aconteciam enquanto os cântaros enchiam.
Como não havia de lembrar?
Afinal, foi lá que cresci e me fiz mulher.
As minhas raízes estão lá bem fundas.
As minhas emoções também.
As recordações estão guardadas numa gaveta especial do meu cérebro.
E, claro, num lugar de eleição do meu coração.

Há coisas de que pouco se fala, mas estão e estarão sempre connosco.
Não foram afinal essas vivências que nos deram a personalidade que temos hoje?

Gostei de o ver a mostrar-se assim destacado e vaidoso, por aquele mimo que o realça ainda mais.
Até sempre, meu amigo chafariz.








Texto de autoria de Maria Dulce Martins


27/11/2011

Património iluminado












Com o objectivo de valorização do património edificado da aldeia, a Junta de Freguesia procedeu à instalação de um sistema de iluminação em todas as fontes e ainda na Capela do Reduto.




26/11/2011

A extinção de Freguesias

As Juntas de Freguesia rurais são, na sua grande maioria, o único elo de apoio a que as populações recorrem e quase sempre a única instituição presente.
O trabalho desenvolvido pelas autarquias após o 25 de Abril foi e é exemplar no apoio e defesa das suas populações e na melhoria das suas condições de vida. O poder local democrático tem obra feita e lugar assegurado na história administrativa do País.
O actual Governo apresentou, e encontra-se em discussão pública, uma proposta de reorganização administrativa das Freguesias. Os critérios desta proposta, embora não atinjam o Casteleiro, ditam que serão extintas metade das freguesias do Concelho do Sabugal.
Sou totalmente contra a extinção de freguesias rurais. Penso que a existir uma reorganização, deveriam ser as freguesias urbanas as primeiras a ser reduzidas, pois é aí que são menos necessárias e, no seu conjunto, as que gastam a maior fatia do orçamento.







"Reduto", espaço de crónica semanal de autoria de António Marques



23/11/2011

Junta de Freguesia tem novas instalações



A Junta de Freguesia de Casteleiro acabou de concretizar um dos compromissos que tinha assumido com a população aquando das últimas eleições: a aquisição de instalações dignas para o órgão autárquico.
Recorde-se que o Casteleiro era, até aqui, a única Freguesia do Concelho do Sabugal que não dispunha de sede, encontrando-se instalada numa sala cedida pelo Centro de Animação Cultural.
O imóvel ora adquirido, Largo de São Francisco, nº1, bem como o olival anexo, (antiga casa Mourinha), situa-se numa zona central e das mais nobres da Aldeia e irá permitir o funcionamento digno da Junta, proporcionando a todos melhores acessos e excelentes condições para a instalação dos mais diversos serviços de apoio à população.




22/11/2011

Magusto do CACC

O Centro de Animação Cultural do Casteleiro, convida toda a população, sócios e simpatizantes a participar no tradicional magusto, que se irá realizar no dia 27 de Novembro pelas 14:00h no largo de São Francisco.
Venha provar a nossa doce jeropiga, assim como a tradicional água-pé.
Estão todos convidados!
Apareçam!

Eleições no Lar de S.Salvador



20/11/2011

César Cruz

Seis anos após a sua chegada, o Casteleiro homenageou o Padre César Cruz. Aqui fica parte das palavras que então tive oportunidade de lhe dirigir.

Em “Diário de um Mago” o peregrino, como forma de punição, parte pelos caminhos de Santiago para recuperar a espada e o grau máximo que lhe tinham sido retirados pelo Mestre.
O seu guia Petrus ensina-lhe vários exercícios e aqui, hoje, apenas gostaria de referir um: O BOM COMBATE. Ou seja, a redescoberta da batalha diária da vida travada em nome dos nossos sonhos. E a lição de que não podemos matar os nossos sonhos por termos medo de combater.
E eu sei que esse é um combate que ganhas todos os dias. Nas tuas palavras: saboreando o vento, sentindo o invisível, olhando o infinito.
Disseste um dia que “Há ovelhas que me acompanham e outras nem tanto”.
Mas, se isso é verdade, é isso importante?
Como o Padre António Vieira bem referiu: “ A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas”
As ovelhas seguem o seu caminho em alheamento dos cegos que vendo o demais, só a sua cegueira não vêem.
O meu sentimento, resultante de 6 anos da tua presença nesta aldeia, nesta margem da ribeira de Casteleiro, é de conforto e gratidão. E será, nos tempos futuros, aquele porto de abrigo e de reencontro com a verdade, apesar desta não ser a margem do rio piedra mas, ainda assim, ser uma margem onde todos se podem sentar, chorar e viver.
Quero acreditar que nestas ruas de Casteleiro, encontras a cada passo mais o Deus das Pequenas do que das Grandes Coisas e que cada reflexão gera sentimentos, como no romance, com limites que as pessoas vulgares não estão dispostas a assumir.
O mais importante é, afinal, que hoje este encontro acontece para, no que me diz respeito, celebrar a tua presença e dizer que alguns dos caminhos que trilhamos e que sei movem o mundo: Eros, Philos e Ágape, merecem o teu respeito.
E sei que olhas com olhar atento as ovelhas, no redil ou longe dele.
Por vezes, quando sentimos o absurdo sentido da realidade, algo parece vacilar. E, mais uma vez, atrevo-me a citar o autor das margens do Rio Piedra para dizer que :
“A melhor maneira de servir a Deus é indo ao encontro de seus próprios sonhos. Só quem é feliz pode espalhar felicidade.”
Bem Hajas por estar entre nós.





"Reduto", espaço de crónica semanal de autoria de António Marques

Nascer Casteleiro

No decurso do almoço/convívio com o Padre César Cruz, a Junta de Freguesia de Casteleiro procedeu à entrega dos apoios (€500), a cada um dos casais residentes na Aldeia cujos filhos nasceram no corrente ano: a Leonor, filha do Rui Cerveira e da Isabel Fortuna; o Simão filho da Beatriz e do Sérgio e a Francisca, filha do José António e da Nazaré Rosário.


Casteleiro homenageou o seu Pároco




















Foi no radioso dia 18 de Setembro de 2005 que um jovem sacerdote, de nome César António da Cruz Nascimento, acompanhado pelo já falecido e saudoso P.e Francisco Domingos Chorão, deu entrada no Casteleiro, como Pároco.
Decorridos seis anos, como prova de agradecimento e amizade, a Paróquia do Casteleiro, com o apoio das forças vivas da freguesia do Casteleiro, Assembleia e Junta de Freguesia, Comissão Fabriqueira da Igreja, Centro Cultural, Lar e Clube de Caça e Pesca, a que se juntou a “Casa da Esquila”, na pessoa do seu proprietário, Rui Cerveira, oferecendo o almoço/convívio, quis prestar-lhe uma singela homenagem, pelos seis anos, como Pároco.
As pessoas, as palavras, as imagens, os gestos e os actos, tudo isto constatado, no princípio e no fim da missa Dominical do dia 9 de Outubro de 2011 e, de seguida, às 13 horas, no Centro Cultural, com o almoço/convívio, gentilmente oferecido pela “Casa da Esquila” de que é proprietário, como já se disse, o nosso amigo e solidário, Rui Cerveira, a quem apresentamos o nosso muito e muito obrigado, são a afirmação positiva, a prova provada da oportuna e merecida homenagem e dizer-lhe que a Paróquia, o Casteleiro estão com o seu Pároco, agora e sempre, com amizade e respeito.
Abaixo se transcreve parte da homenagem prestada:

"Sr. P.e César
A Paróquia do Casteleiro quis, e muito bem, prestar-lhe uma singela homenagem pelos seis anos de Pároco, nesta freguesia do Casteleiro.
É precisamente com umas humildes, mas sentidas palavras que iniciamos esta homenagem, para lhe dizermos o que sentimos e desejamos, recordando o memorável dia 18 de Setembro de 2005, em que, pela primeira vez, entrou, como Pároco, no Casteleiro, acompanhado do seu ante sucessor – o Sr. P.e Chorão.
Foi neste dia que esta boa gente do Casteleiro o foi esperar e, de braços abertos, com palmas, o recebeu, no Largo de S. Francisco e o acompanhou, a que outros paroquianos se juntaram durante o percurso, até à Igreja, onde muitos fiéis já se encontravam para a concelebração da Missa Dominical com o Sr. P.e Chorão.
E se, inicialmente, ansiedade e expectativa havia em todos nós para conhecermos o Sr. P.e, bem depressa esta mesma ansiedade e expectativa se tornou numa boa realidade, numa vinda desejada e acertada dum jovem sacerdote, para alegria e bem deste seu novo Povo de Deus.
Agradecidos, aqui estamos, para, com humildade, lhe prestarmos, é verdade, uma singela homenagem; para, com sinceridade, lhe dizermos que orgulhosos estamos por ser nosso Pároco, há seis anos; por ser o sacerdote que é, sem “maçar” e, com sensibilidade cristã e humana, saber tocar e entrar na alma de cada paroquiano pela porta do coração e nela semear, grão a grão, a semente da Palavra de Deus; por ser a Pessoa que é, boa, culta, sociável, respeitadora e respeitada e sempre prestável; por nos transmitir e desejar, não só no início das missas que aqui celebra, mas também, sempre, assim: “Bom dia a todos”, a que, em coro, toda a Comunidade Cristã presente retribui, dizendo: “Bom dia Sr. P.e”; por, com carinho e amor, querer, junto do altar e a seu lado, as crianças e jovens; por tudo isto e por muito mais que muitos outros paroquianos poderiam dizer-lhe, que já lhe disseram ou que ainda lhe poderão dizer e não foi dito aqui, queira, Sr. P.e César, num só amplexo, aceitar umas pequenas lembranças, resultantes da expressão sincera de apreço e respeito que esta Paróquia do Casteleiro nutre por V. Rv.cia, como Pároco, Sacerdote e Pessoa, augurando-lhe muita saúde e prosperidades no múnus da sua vida sacerdotal e pessoal e que, por muitos anos, nesta freguesia do Casteleiro, apague, já que mais não seja, simbolicamente, as velas, nos dias 18 de Setembro de cada ano.
Bem-haja, Sr. P.e César."







"Daqui Viseu", espaço de opinião de autoria de Daniel Machado