Prosseguimos
a divulgação e análise da evolução demográfica do Casteleiro,
hoje com referência ao censos realizado em 1 de Dezembro de 1930.
Relembramos
os dados conhecidos relativo à demografia do Casteleiro: 1527: 52
habitantes; 1758: 527 habitantes; 1801: 462 habitantes e 135 fogos;
1849: 777 habitantes e 201 fogos; 1864: 848 habitantes e 214 fogos;
1900: 1210 habitantes e 307 fogos; 1911: 1268 habitantes e 317 fogos
e 1920:
1249 habitantes.
Em
1930 residiam no Casteleiro 344 famílias num total de 1325 pessoas,
633
homens e 692
mulheres. Relativamente ao estado civil, 704
eram solteiros (348
homens e 356
mulheres), 547
casados (264
homens e 283
mulheres) e 74
viúvos (21
homens e 53
mulheres).
Relativamente
à instrução, 1066 eram analfabetos (467 homens e 599 mulheres) e
sabiam ler 259 (166 homens e 93 mulheres).
Os
dados relativos à origem da população indicam que 1251
eram naturais da freguesia ou do concelho do sabugal, 9
de outro concelho do distrito da guarda, 62
de outra naturalidade e 3
considerados estrangeiros.
Da
análise deste censo comparativamente ao de 1920, constata-se que a
população aumentou: 76 pessoas em 10 anos (6 homens e 70 mulheres).
Depois da diminuição da população na década anterior devido à
denominada “pneumónica” a tendência começa a inverter embora
lentamente.
Os
dados do concelho do Sabugal relativos
à população
residente confirmam
também essa tendência
passando de 33.653 em
1920 para 35.502 em
1930.
Esta
foi uma década em que prosseguiu o surto emigratório com destino à
Argentina com maior incidência a partir de 1912 com a partida, só
nesse ano, de 12 casteleirenses. Foi o caso de João Nabais, filho
de José Maria Nabais e Conceição de Jesus que aos 24 anos partiu
no ano de 1928 com destino a Buenos Aires.
"Reduto", crónica de António José Marques