21/12/2015



O Marco e o Coreto

E quando pela blogosfera proliferam imagens e imagens do Casteleiro, estórias e estórias da nossa terra, uma situação benéfica do ponto de vista da divulgação do património nós, aqui, no “Viver Casteleiro”, sempre o fizemos e continuamos a fazer com uma condição que não abdicamos: acima de tudo o rigor. O rigor dos factos, da cronologia….
Hoje deixamos duas imagens do nosso “Terreiro”. Uma com o coreto (que já não há) e outra com o marco (que há)!
De facto, o velho marco, de torneira de pressão foi demolido em 1979 para dar lugar a um coreto. Felizmente, em 2006, o “Terreiro” foi requalificado, o coreto demolido e o marco reconstruído. Estes são os factos e a cronologia até ao dia de hoje!



Fotos: Daniel Machado


15/11/2015

Magusto no Casteleiro

Hoje, o Largo de São Francisco foi palco do Magusto de São Martinho, uma iniciativa do Lar de São Salvador, com o apoio do Centro de Animação Cultural e Junta de Freguesia de Casteleiro. A festa foi abrilhantada pelo Grupo de Cantares Lã e Neve da Covilhã.

 




 

11/11/2015

O Fraterno Trabalho Voluntário

Há por aí gente, conheço um, que cegos e sedentos pelo lucro e pelo acumular de riqueza, embora semanalmente se recolham aos evangelhos numa tentativa frustrada de expiar os pecados da difamação, que não sabem nem sonham o que é ser solidário, o que é ser voluntário, o que é agir e concretizar obra a favor dos nossos iguais.
Segundo a definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de actividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos..." (UN, 2001).
É comum em todas as definições encontrar-se que o voluntariado, se refere ao serviço ou actividades realizadas sem remuneração financeira, através de uma Organização Sem Fins Lucrativos (OSFL), com o propósito de beneficiar o próximo, seja a sociedade em geral, um determinado grupo ou indivíduo que não sejam próximos de quem exerce a actividade em si (Medina,2011).
Para além da dimensão da solidariedade e da dimensão cívica e participativa que a actividade do voluntariado expressa, várias são as análises que têm procurado demonstrar o significado económico do voluntariado. Em 2008, Moreno e Yoldi exploraram três grandes questões relacionadas com este tema: a avaliação económica do trabalho voluntário; os custos de gestão do voluntariado como uma limitação determinante para a sua expansão e consolidação; e o voluntariado corporativo, como uma das novas áreas para o desenvolvimento da responsabilidade social corporativa e expansão do trabalho voluntário propriamente dito (Sajardo Moreno e Serra Yoldi, 2008).
O terceiro sector constitui ainda uma problemática teórica e conceptual nas ciências sociais e no plano político.
É um sector económico diferente do sector público e do sector lucrativo privado, abrangendo uma grande diversidade de organizações da sociedade civil que trabalham sem fins lucrativos nas mais diversas áreas (solidariedade social, saúde, cultura, desporto e lazer, educação, ambiente, direitos humanos, entre outras),e é frequentemente referido pela componente do trabalho voluntário que mobiliza.
O valor económico do voluntariado tem sido estimado com maior rigor no âmbito do terceiro sector e, de acordo com o relatório efectuado em 2005 pela Johns Hopkins University, numa perspectiva  de comparação onde é efectuada a caracterização à escala nacional do terceiro sector de vários países.
Em Portugal a contribuição do sector para a economia do país (em termos de composição da força de trabalho) é quantificada em 4,2% do PIB e, relativamente ao “valor do esforço voluntário” este, por si só, contribui com mais de 0,5% para o PIB do país.
Comparativamente com os outros países, o peso deste sector na população economicamente activa, representa em Portugal 4%.
A importância do voluntariado é cada vez maior em Portugal.
“Vivemos numa sociedade de consumidores de acontecimentos em vez de produtores. O voluntário tem a possibilidade de passar do sofá para a vida onde intervém e produz acontecimentos.” (Carlos Costa in Lusa, 2011).

 

 
 
Sandra Fortuna
(Presidente da Direcção do Lar S. Salvador do Casteleiro)



Magusto de São Martinho


31/10/2015

Incêndio: recuperação de caminhos e valetas


 
O incêndio que atingiu o território do Casteleiro no passado dia 2 de Agosto resultou numa área ardida de 1160 hectares. No âmbito das medidas de estabilização de emergência após incêndio, o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 abriu no dia 26 de Outubro um período de apresentação de candidaturas para limpeza e desobstrução de valetas e regularização e consolidação da superfície de caminhos na nossa freguesia, no total de cerca de 40 mil euros.
A Junta de Freguesia de Casteleiro encontra-se já a preparar a candidatura a este apoio por forma a recuperar a rede viária afectada logo após o Inverno, de acordo com as especificações técnicas do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.


17/10/2015

A Lucinda e o Steve


Faz hoje oito anos que, inesperadamente, faleceu a Lucinda. Anualmente, aqui, no “Viver Casteleiro” assinalamos a data.
Mas hoje, graças a uma foto, esta crónica tem um carácter muito pessoal. Coincidências ou a prova que os caminhos que cada um trilha ao longo da vida se podem cruzar. Nunca sabemos quando e, por vezes, nunca sabemos que se cruzaram.Tudo isto a propósito de uma foto em que a Lucinda abraça um seu aluno na Escola do Teixoso, onde foi professora. Vejo a foto e reconheço o jovem. É o Steve Sá! Mas quem é o Steve?
O Steve é um jovem, natural do Teixoso, com necessidades educativas especiais, que fez a escolaridade obrigatória e, desde 2008, frequenta a APPACDM da Covilhã. O Steve tem hoje 24 anos, é um jovem alegre, sorridente e um grande atleta.
Como alguns saberão, sou fundador e presidente da APPACDM da Covilhã e cruzo-me com o Steve quase diariamente. Daí que, quando olhei a foto, pensei como, afinal, curiosos são os caminhos que individualmente percorremos.
Estou certo que a Lucinda, onde estiver, gostará de saber que o Steve está bem e irradia boa disposição. E eu estou feliz por descobrir que o Steve que conheço foi aluno, certamente muito especial, da Lucinda.
 
 
 
 
 
 
 
"Reduto", crónica de António José Marques
 
 
 

11/10/2015

"Ti Vitorino"


Na rotina diária da nossa aldeia há um local, ponto de encontro obrigatório: o café do Ti Vitorino. Em muitas dezenas de anos, desde a minha meninice, houve sempre um momento em que alguém dizia. “Vamos ao Ti Vitorino!”. Nunca ouvi “Vamos ao café D. Príncipe”, o verdadeiro nome do “estabelecimento”.
Podia aqui relatar muitas e variadas estórias que ali vivi e presenciei. Todos nós, casteleirenses, o podemos fazer. A simbologia daquele espaço é de uma riqueza ímpar. Se o “terreiro” sempre funcionou como verdadeiro ponto de encontro social, é igualmente verdade que o café do “Ti Vitorino” trilhou ao longo dos anos um percurso paralelo, adornado com a riqueza da “sueca”, do dominó, do futebol na Tv, da conversa, do encontro. O contributo deste espaço na coesão social da aldeia, de centro ocupacional para os nossos seniores, de porto de abrigo para muitos, de central de notícias, foi ao longo dos tempos decisivo e único.
No entanto, este espaço não tinha vida própria. A sua riqueza, a sua ambiência, sempre esteve ligada ao seu proprietário que a construiu, que lhe dava vida, que o enriqueceu com estórias a propósito.
Com a sua afabilidade e modo de estar único, o café era o “Ti Vitorino”.
E hoje, no dia da sua prematura partida, recordo a sua amizade e bom trato pessoal. Do ritual aperto de mão…

O Casteleiro está mais pobre!
António José Marques
 

26/09/2015

Seis Anos


 
Passaram seis anos desde o dia em que o “Viver Casteleiro” surgiu na blogosfera. Inicialmente criado com espaço destinado a apoiar uma candidatura à Junta de Freguesia, transformou-se depois num meio de divulgação do Casteleiro, aberto a todos e ponto de encontro dos muitos casteleirenses que vivem longe da sua terra.
Até hoje foram aqui publicados perto de 700 posts com cerca de 150 mil visitas e mais de 250 mil visualizações.
A missão a que nos propusemos tem vindo a ser cumprida, nem sempre com a assiduidade desejada mas firme no propósito de levar a todos os casteleirenses notícias da “sua” terra.

E assim vamos continuar!
António José Marques
 

16/09/2015

"Aventura Estival"



A jovem escritora casteleirense Edite Fonseca apresentou no passado sábado, na Casa do Concelho do Sabugal, em Lisboa, a sua mais recente obra “Aventura Estival”. Uma Casa “cheia” ilustrou bem o interesse pela obra literária desta nossa conterrânea. Parabéns Edite e ficamos à espera de nova apresentação, agora no Casteleiro.













31/08/2015

Sandra Fortuna é candidata


A nossa conterrânea Sandra Fortuna, Presidente da Concelhia do Partido Socialista do Sabugal, integra pela segunda vez a lista de candidatos a deputados pelo Distrito da Guarda.
A Sandra Fortuna tem um percurso exemplar de dedicação à causa pública, na área do ensino e da solidariedade social. Vereadora na Câmara do Sabugal de 2009 a 2013, Presidente do Lar de São Salvador do Casteleiro desde 2009 e com actividade profissional numa IPSS dedicada à deficiência intelectual, a Sandra reúne todas as condições para contribuir pela defesa e engrandecimento do Concelho do Sabugal e do Distrito da Guarda.

Estou certo que os casteleirenses e as gentes do Concelho do Sabugal e do Distrito irão confirmar que se revêem na sua representatividade.







"Reduto", crónica de António José Marques





30/08/2015

Edite Fonseca apresenta "Aventura Estival"


A casteleirense Edite Fonseca apresenta o seu mais recente livro “Aventura Estival” no próximo dia 12 de Setembro, às 15h30, na Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa.
Depois de “Kassandra, uma infância tumultuosa” e “Daniela e a Pedra Mágica”, a nossa conterrânea regressa com uma nova obra com prefácios de Dina Aguiar e Benjamim Monteiro. Nas palavras da jornalista Dina Aguiar, “De uma forma natural Edite Fonseca consegue, num misto de ingenuidade infantil e enredo, contagiar-nos e prender-nos nesta aventura infantil que tem um final feliz …”. Para Benjamim Monteiro, “Edite Fonseca oferece-nos nesta história uma perspectiva original, sem dramatismos, baseada na compreensão e tolerância.”. A obra conta, ainda com ilustrações das princesas Maria Carolina e Maria Chiara de Bourbon-Duas Sicílias de 12 e 10 anos.
Em conversa com o “Viver Casteleiro” em Maio de 2014, a Edite dizia-nos “Esteja eu onde estiver a minha aldeia e quinta (Carrola), vão sempre acompanhar-me. Não posso apagar as doces lembranças da minha terra e tal não desejo. Porque a minha personalidade é constituída por experiências vividas naquela incomparável terra.”

O Viver Casteleiro e, certamente todos os casteleirenses, desejam à Edite Fonseca os maiores sucessos para esta sua nova obra e, também nós, prometemos acompanhá-la esteja onde estiver!


27/08/2015

CACC - Almoço/Convívio













Muito embora esta notícia tenha um pouco de atraso, informa-se que, no dia 15 de Agosto, realizou-se o tradicional convívio/almoço do Centro de Animação Cultural do Casteleiro.
Sempre com o intuito de que os nossos emigrantes e outros sócios não residentes no Casteleiro pudessem usufruir deste almoço/convívio, a ser sempre realizado, logo após a Festa de Santo António, pena é que, no mesmo, se tenha notado a ausência de uns tantos sócios e seus familiares que poderiam ter estado presentes e não estiveram.
Apesar de tudo, foi com alegria e sã camaradagem dos presentes que o almoço/convívio de arroz com feijão, bem confeccionado e acompanhado com febras e carne entremeada bem assada, á descrição nos servimos e degustamos, tudo bem regado, a seu gosto, com variadas bebidas e também á descrição, bem como a sobremesa de queijo e melão. 

Por fim, após mais dois dedos de conversa, ao terminar este agradável almoço/convívio, foi com satisfação e desejo de que, para o ano, voltaremos em maior número de presentes.

Daniel Machado
 

24/08/2015

Juízes Pedâneos


A 2 de Maio de 1816, o Comandante da Capitania de Sortelha, João Soares Rebelo, envia para o Regimento de Cavalaria 11 em Castelo Branco, a relação dos indivíduos do Concelho que estavam isentos de recrutamento militar por serem “empregados em Administração Pública, Civil ou Militar”.
Do rol, constam três casteleirenses: Manuel Pires Gomes, Manuel dos Reis e José Vicente. Mas a relação também nos informa que tinham, respectivamente, 33, 29 e 31 anos e eram todos casados. Mas, interessante neste documento, acaba mesmo por ser o que nos revela a ocupação de cada um deles.
José Vicente surge como “pedidor da Casa Pia de Santo António de Lisboa”. A Casa de Santo António pertencia à Casa Pia de Lisboa e era destinada a rapazes abandonados e órfãos que depois de uma instrução elementar aprendiam um ofício. Terá sido, possivelmente, o caso deste casteleirense.
Informação relevante para a História da aldeia é que, através deste documento, ficamos a saber que Manuel Pires Gomes e Manuel dos Reis eram os “juízes ventanos” do Casteleiro no ano de 1816. “Juiz ventano” ou “Juiz pedâneo” era o magistrado que, nomeado pela Câmara, tinha como área de jurisdição uma aldeia que tivesse pelo menos vinte vizinhos. Faziam cumprir as posturas e leis municipais e julgavam apenas causas de pequeno valor. E eram chamados de pedâneos porque julgavam de pé sem necessidade de registar os autos. Este cargo viria a ser extinto em 1831 passando as suas funções para os Regedores e Juntas da Paróquia.
Esta informação, da existência de dois juízes pedâneos, já nos tinha sido referenciada pelo cura Manuel Pires Leal nas “Memórias Paroquiais do Casteleiro”, em 25 de Abril de 1758: todos os anos tem dois juízes Pedaneos que são eleitos pelos oficiais da câmara da dita vila.”. No Casteleiro exercia ainda um Juiz Ordinário, do civil e criminal, a verdadeira extensão e representação do poder municipal de Sortelha. O Casteleiro era, aliás, a única aldeia do concelho com juiz ordinário talvez pelo elevado número de residentes (525). Permanece ainda na toponímia do Casteleiro, o “Largo do Concelho”, referência ao local onde existiu a denominada “casa do concelho”.

História e estórias do Casteleiro…







"Reduto", crónica de António José Marques




27/07/2015

Uma fotografia


Há momentos que nos deixam sem palavras. As minhas pesquisas sobre o passado do Casteleiro, factos, pessoas, estórias, seguem a bom ritmo. O ritmo do tempo disponível para seguir pistas, confirmar hipóteses, etc… Pequenos avanços, grandes recuos, por vezes enormes decepções, becos onde não se vislumbra qualquer saída, enfim, um pouco de tudo!   Mas o material existente é já vasto, grande parte inédito como, aliás, tenho aqui deixado alguns apontamentos.
Desta vez estava às voltas com o “dossier” Santo Amaro. Tantas e tantas estórias sobre a Quinta, os seus sucessivos donos… De repente uma foto! Uma foto que está a permitir um avanço de investigação até aqui completamente bloqueado. Claro que tem a ver com o Morgado… Fica a foto. Referências havia algumas. Mas, às vezes, como referi, ficamos sem palavras. As estórias, documentadas, a que esta foto permitiu chegar são verdadeiramente fascinantes! Ficam para outro tempo…
 




"Reduto", crónica de António José Marques


22/07/2015

Dia dos Avós - 26 de Julho


No Dia dos Avós, a comemorar-se no dia 26 de Julho, que, por resolução 50/2003 da Assembleia da República, foi a data escolhida por ser o dia de S. Joaquim e de Santa Ana, pais da Virgem Maria e avós do Menino Jesus, que melhor prenda lhes podemos dar? É, com amor e carinho, proporcionar-lhes conforto e bem-estar, estimando-os, honrando-os, respeitando-os e agradecendo-lhes tudo o que por nós fizeram e fazem, em especial, por complementarem a nobre missão dos pais e, ainda, por nos darem conselhos e transmitirem ensinamentos, resultantes da sabedoria e experiência de vida que, ao longo dos anos, com suor e lágrimas, adquiriram nessa douta “Universidade da Vida.”
Pessoalmente, eu que também sou avô, com respeito e gratidão, presto a minha homenagem a todos os avós, dedicando-lhes este poema, extraído do meu livro “Pedaços da Minha Vida - Outros Poemas”:

SER AVÓS       

Ser avós...
É, antes, terem sido pai e mãe
De filhos
E estes terem filhos também;

Ser avós…
É, em tempo, serem também
Dos netos,  
Pai e mãe;

Ser avós…
É, mesmo trabalhando com ardor,
Não se cansarem de dar aos netos
Muito carinho e amor;

Ser avós…
É, com toda a ternura
Que brota do coração,
Dar aos netos e netas,
A todos a mesma afeição;

Ser avós…
É, com gosto e prazer,
Dar aos netos não só o pão,
Mas, com alguma psicologia,
Dar-lhes também a educação;

Ser avós…
É, para os netos,
Com a sua experiência e sabedoria,
Modelo de vida a seguir
Pela vida fora, dia a dia;

Ser avós…
É, mesmo com as mãos trémulas,
Aquando já velhinhos,
Não deixam de afagar os netos
Como se fossem seus filhinhos;

Aos avós…
É, por tudo isto,
Com um beijo de gratidão
Que os netos, hoje,
Lhes dão um chi-coração.







Daniel Machado




18/07/2015

Marinheiros do Concelho no Casteleiro

Dia 1 de Agosto os Marinheiros naturais do Concelho do Sabugal realizam no Casteleiro o seu XXI encontro anual. Com o apoio da Junta de Freguesia vamos ter “mar chão e ventos de feição”.





17/07/2015

Festa de Santo António

Está a chegar a Festa de Santo António. Parabéns aos mordomos que, com querer, arte e engenho, mantêm viva esta tradição e momento único de encontro dos casteleirenses. Viva a festa!
 

 
 

 

15/07/2015

Aplicação de produtos fitofarmacêuticos












Está em fase de conclusão o curso de “Aplicação de produtos fitofarmacêuticos”, uma iniciativa do CACC com a colaboração da Junta de Freguesia. Esta formação é obrigatória já que, nos termos da lei, a partir de 26 de Novembro só quem seja portador do cartão de “aplicador” poderá adquirir os referidos produtos. No Casteleiro frequentaram o curso 36 pessoas divididas em duas turmas.


06/07/2015

Um casteleirense em terras do Brasil

Antes do grande surto emigratório, sobretudo para França, iniciado na década 50 e que se confirmou na década seguinte (o Casteleiro perdeu 693 habitantes de 1950 a 1970), houve casteleirenses que partiram em busca de uma vida que fosse para além do trabalho agrícola de sol a sol. O destino mais comum foi o Brasil e também a Argentina.
 
 
Foi o caso do nosso conterrâneo agricultor Amândio Valentim. Nascido a 3 de Fevereiro de 1892, filho de José Valentim e de Maria Nabais e casado com Libânia Ferreira. Com passaporte emitido pelo Governo Civil de Lisboa a 4 de Março de 1939 e visto do consulado dois dias depois, aos 47 anos de idade parte de vapor para o Brasil. No Casteleiro deixa a sua esposa Libânia e 5 filhos: Joaquim, Manuel e Orlindo (já falecidos), Idalina e Maria. Por terras do Brasil terá ficado até cerca de 1951. Regressado ao Casteleiro faleceu em meados da década de sessenta.
 
Embora tenha partido para o Brasil 6 meses antes do início da II Grande Guerra, Amândio Valentim já tivera o seu quinhão de militar. A 21 de Março de 1917, integrado no Corpo Expedicionário Português, com 25 anos de idade, partia para França onde combateu na frente de batalha na I Guerra Mundial. Participou na Batalha de La Lys a 9 de Abril de 1918 e após ter sido ferido em combate por três vezes, foi evacuado da “frente” e embarcou para Lisboa a 13 de Setembro de 1918.
 
Um agradecimento especial ao meu amigo Manuel Cerveira Valentim, filho de Orlindo Valentim e neto de Amândio Valentim que me ajudou a “enquadrar” a descendência familiar, gente que muitos de nós conhecemos e que estão entre nós.
 
 
 
"Reduto", crónica de António José Marques