25/01/2015

Os Largos...

Agosto
Janeiro

 
 

 
 
 
 
 
Este é o Largo que dá nome a esta crónica: Reduto!
Uma foto é do mês de Agosto. Um Largo cheio, onde se adivinha vida! A outra foto é deste mês de Janeiro. Um Largo vazio, triste!
Este poderá ser o ex-libris do Casteleiro. E também de quase todas as aldeias do concelho. Esta é a frieza da realidade. Estes são os factos!
Em 2013 escrevi que é urgente mudar, é urgente assumir rupturas. Hoje, reescrevo com a mágoa da incapacidade de mudança. Esta é uma luta desigual. Pior que a inexistência de receitas milagrosas, é constatar que continua a não existir qualquer receita por parte de quem tem essa missão, essa obrigação.
Mas, em nome de quem construiu as ruas, as calçadas e os largos, do Casteleiro e das aldeias do secular concelho do Sabugal, a palavra desistir tem que ser banida.
E relembro uma frase escrita há 500 anos por Maquiavel: “Onde há uma vontade forte, não pode haver grandes dificuldades”.
 


"Reduto", crónica de António José Marques










Rastreio de visão da população do Casteleiro


No âmbito do projecto em curso no Casteleiro desde há cerca de um ano – “Sistema de Vigilância Demográfica” que acompanha a saúde da população, vai realizar-se nos próximos dias 29 e 30, quinta e sexta-feira da próxima semana, entre as 11 e as 17 horas, no Largo de São Francisco, um rastreio de visão, gratuito e aberto a todos os interessados.
Esta acção, de iniciativa da Junta de Freguesia, conta com o apoio da Unidade Local de Saúde da Guarda, que disponibiliza a sua unidade móvel de oftalmologia, técnicos da Universidade da Beira Interior e a liderança técnica do Centro de Investigação e Desenvolvimento da Beira, entidade responsável por todo o projecto.
Os primeiros resultados do estudo estão a ser analisados e trabalhados pelos investigadores e o problema de visão da população é já uma das evidências. Com este rastreio vai ser possível detectar, em concreto, quais os problemas e encontrar soluções ou encaminhamento para o seu tratamento.
 
 

18/01/2015

Eleições no Lar de São Salvador


A lista A, encabeçada pela actual presidente Sandra Fortuna, venceu as eleições ontem realizadas para os órgãos sociais do Lar de São Salvador do Casteleiro, para o quadriénio 2015/2018. Os associados da instituição reconheceram de forma clara o excelente trabalho realizado nos últimos anos, reconduzindo a equipa directiva com a expressiva votação de 173 votos contra apenas 66 da lista B. Ganhou o Casteleiro!

DIRECÇÃO
Presidente: Sandra Fortuna
Vice-Presidente: Jaime Rodrigues
Tesoureiro: Vítor Fortuna
Secretário: Joaquim Gouveia
Vogal: Isabel Ângelo

Suplentes
António Luzio
Albertino Lopes
Carlos Nabais
Manuel Leal
Albertino dos Reis

CONSELHO FISCAL
Presidente: Ricardo Fortuna
Vogal: Rui Proença
Vogal: Carolina Gonçalves

Suplentes
José João
Fernanda Paiva
José dos Reis

ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: Joaquim Paiva
1ª Secretária: Cristina Alexandrino
2ª Secretária: Orlanda Corista


16/01/2015

FESTA DA CAÇA - 2 E 3 DE MAIO

O Casteleiro volta a ser palco da Festa da Caça nos dias 2 e 3 de Maio, uma iniciativa da Junta de Freguesia que, anualmente, anima as ruas e largos da aldeia. Uma Festa com actividades diversificadas sob o signo da Caça que durante dois dias “transforma” a aldeia num ponto de encontro de milhares de visitantes.
Como de tradição, esta edição contará com novidades em relação às anteriores. A divulgação do programa terá início muito em breve.


15/01/2015

Hoje é dia de Santo Amaro e não há Feira!


Hoje comemora-se o dia de Santo Amaro e na Quinta de Santo Amaro hoje não há feira. Mas já houve!
Segundo o vigário João dos Santos, de Sortelha, no termo do concelho havia três feiras nos finais do século XVIII: a Feira de São Marcos, na Quinta do Espinhal no dia 25 de Abril e duas na Quinta de Santo Amaro, uma a 15 de Janeiro e outra na segunda oitava da Páscoa. Neste período não consta que existissem feiras nos “lugares” mais próximos: Casteleiro, Sortelha, Bendada, Moita e Santo Estevão.
Mais uma surpresa relevante e que atesta a importância pretérita da “nossa” Quinta de Santo Amaro. Com uma história de muitos e muitos séculos, de reguengo do reino à Quinta do Morgado, hoje, dia de Santo Amaro, era dia de festa e de feira há, pelo menos, 250 anos.


O nome “Santo Amaro” existe desde meados do século XVII -a designação anterior não está ainda confirmada já que existem duas hipóteses em estudo. E terá essa designação, que chegou até aos nossos dias, desde o período em que pertencia à Ordem de São Bento, embora a sua exploração desde meados do século XVI não fosse feita directamente pela Ordem, mas “arrendada”. Santo Amaro terá sido a homenagem que a dita Ordem fez ao Santo que foi o herdeiro espiritual e da obra de São Bento. O nome e uma capela!

História e estórias de uma quinta onde nasceram muitos dos futuros habitantes do Casteleiro.






"Reduto", crónica de António José Marques




07/01/2015

Os Casteleirenses na Primeira Guerra Mundial

A 22 de Julho de 1916 é constituído em Tancos o Corpo Expedicionário Português composto por 30 mil homens. A 7 de Agosto, Portugal aceita entrar na Guerra a convite do governo britânico. A 30 de Janeiro de 1917 partem do Tejo, em três navios, os primeiros soldados portugueses em direcção a Brest. O CEP ficaria estacionado na Flandres francesa. Os portugueses estavam organizados em duas Divisões, cada uma com três Brigadas. Os jovens casteleirenses estavam quase todos na 3ª Brigada da 1ª Divisão pois pertenciam ao Batalhão de Infantaria nº 12 da Guarda. Desde Fevereiro de 1917 até Outubro foram enviados para França perto de 60 mil homens. Em Abril de 1918 o CEP tinha perdido 6 mil soldados. Com a Batalha de La Lys, em 9 de Abril desse ano, em apenas 4 horas o CEP perdeu 7500 homens, entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros. Foi o fim do CEP e a maior derrota do exército português depois de Alcácer Quibir.
Partida do Cais de Santos

O Batalhão de Infantaria da Guarda que partiu para França era composto por 23 oficiais, 48 sargentos e 1028 cabos e soldados. Partiram em 20 de Março de 1917 e regressaram a  4 de Junho de 1919. Entre oficiais e soldados morreram 45. Naturais do Casteleiro participaram pelo menos 25 e todos eles regressaram à nossa aldeia:

José Fernandes Carrilho – Soldado, Batalhão Infantaria Nº 3; José Fernandes – Soldado; Germano Soares - Soldado, RI 12; Jerónimo Ferreira – Soldado, RI 12 (Quinta de Santo Amaro); António Geraldes – Soldado Corneteiro, RI 12; Cassiano Batista Guerra – Soldado; RI 12; Joaquim Machado – Soldado, RI 12; Amândio Valentim – Soldado, RI 12; Joaquim Marques – Soldado, RI 12; António Pinto – Soldado, RI 12; José Canelo – Soldado, RI 12; Álvaro Geraldes – Soldado, RI 12; Manuel Mendes dos Reis – Soldado, RI 12; Cassiano Ferreira – Soldado, RI 12; José Capelo – 1ºCabo, RI 12; Joaquim Gonçalves – Soldado, RI 12; José Mendes Félix – Soldado, RI 12; Mário dos Reis – Soldado, RI 12; Primo Augusto – Soldado, RI 12; Germano Machado – Soldado, RI 12; Januário Ferreira – Soldado, RI 12; Joaquim Coutinho – Soldado, 2º Grupo, Administração Militar/Abastecimentos; José Martins – 1º Cabo, Regimento de Sapadores Mineiros; Firmino Geraldes – 1º Cabo, RI 12 (Valverdinho) e, ainda, Manuel Cavaleiro cuja caderneta não consta.
















Nas fotos, (clique para ampliar), a Caderneta Militar de José Fernandes Carrilho, soldado condutor (de mulas) filho de José Fernandes Carrilho e de Ricarda Maria. Uma vida militar curiosa com muitas baixas médicas, pelo menos cinco prisões, normalmente de 10 dias cada uma, e um julgamento. O motivo era sempre o mesmo: faltar à revista, faltar ao trabalho de fortificação, não cumprir ordens dizendo “palavras obscenas”, etc…

Estórias de Casteleirenses…








 "Reduto", crónica de António José Marques