27/05/2010

Procissão das Velas

No passado sábado, dia 22, realizou-se no Casteleiro a tradicional Procissão das Velas a N. Srª de Fátima. Fotos de Daniel Machado.

26/05/2010

Capeia Arraiana em Lisboa

É já no próximo sábado, dia 29 de Maio, pelas 17 horas, que se realiza a tradicional Capeia Arraiana do Campo Pequeno em Lisboa. Uma organização da Casa do Concelho do Sabugal que, além da divulgação e promoção da tourada típica da raia é, anualmente, um momento de confraternização e de convívio entre os sabugalenses e amigos do concelho do Sabugal.
A nossa Freguesia estará representada por muitas dezenas de casteleirenses!


19/05/2010

José Loureiro (1981-2010)

Realizou-se hoje o funeral do nosso conterrâneo José Manuel Félix Loureiro. A população do Casteleiro e amigos das Freguesias vizinhas participaram em grande número neste último adeus ao Zé!

Romaria da Senhora da Póvoa

Na próxima segunda-feira é dia da Senhora da Póvoa.
Os nossos avós e nós, os da minha geração, adoptámos como nossa a romaria da Senhora da Póvoa.
Aliás, era uma data esperada com alguma ansiedade, pois digamos que era até um «momento alto» do ano, porque a maior parte das pessoas que se encontravam fora aproveitavam para visitar as famílias e irem juntos à romaria. Só que… romaria sem merenda não fazia sentido. Então havia que preparar uma bela carne de borrego ou cabrito assado no forno de lenha, um bom arroz torrado e uma salada de alface. Havia ainda o chouriço, o presunto e um bom queijo curado. Para rematar, o vinho tinto que não podia faltar na mesa de um bom português...
Como na altura havia poucos carros, eram usados burros e carroças para o transporte das pessoas e alimentos. Estes últimos iam metidos nuns alforges novos, bonitos e que, a maior parte das vezes, eram reservados só para essas ocasiões festivas.
Nesse dia, famílias e amigos organizavam-se em grupos e faziam uma caminhada que durava mais ou menos uma hora. Durante esse tempo, cantavam com entusiasmo cantigas à Senhora, por vezes com letras bem engraçadas, como por exemplo:

«Nossa Sinhora da Póva
Nossa Sinhora da Póva
Esti ano não prometo
Qui mi morreu o amori
Qui mi morreu o amori
Ando vistida di preto»

Não eram, de modo nenhum, cantigas religiosas: apenas uma forma de manifestar
alegria. Isso não impedia que ao chegarem ao recinto não participassem nas cerimónias religiosas que se realizavam, até porque alguns tinham promessas para cumprir – e isso era ponto de honra. Terminadas as exéquias, e sentados no chão, em cima duma manta de trapos, eram expostas todas as iguarias, numa toalha esmeradamente lavada e passada a ferro.
Enquanto isso, os que ficavam em casa, colocavam-se em locais estratégicos para verem passar os ranchos que vinham das aldeias em redor, montados em burros, carroças e um ou outro autocarro enfeitados. Cantavam a plenos pulmões, era uma festa na aldeia, a Senhora da Póvoa era nossa e havia que tirar partido disso. Os que moravam junto à estrada eram privilegiados. Esses passavam o dia inteiro nas varandas e janelas, debruçadas até os cotovelos doerem, observando, comentando e rindo das situações mais engraçadas que iam acontecendo. Os outros deslocavam-se para a beira da estrada ou para casa de amigos onde ficavam até a festa terminar.
No fim da tarde, e depois de um dia bem passado, começava o regresso. O Casteleiro era paragem obrigatória. No largo de S. Francisco, e espontaneamente, fazia-se o grande baile. Todos, os da terra e os que estavam só de passagem, dançavam com entusiasmo. Um acordeão fazia toda a gente vibrar, Os que já tinham bebido mais do que deviam, às vezes provocavam distúrbios, que outros, mais sóbrios, tentavam apaziguar.
Toda esta alegria terminava altas horas, com toda a gente feliz e desejando que o ano passasse depressa, para tudo começar de novo
Nesse tempo as tradições tinham raízes profundas.
Experimentem imitar os vossos avós. Vão ver que gostam. É um intervalo na vida, muitas vezes frenética e complicada e, ao mesmo tempo, também um momento de convívio que, nos tempos que correm, tão necessário é.
Divirtam-se.




Texto de autoria de Maria Dulce Martins

16/05/2010

"Nascer Casteleiro"











No passado dia 2 de Maio, no decurso da Festa da Caça, a Junta de Freguesia procedeu à entrega de dois subsídios, no valor de 500€ cada, aos pais do Rogério e da Juliana, dois novos residentes do Casteleiro nascidos já este ano.
Esta iniciativa, denominada "Nascer Casteleiro", visa incentivar a natalidade e ajudar simbolicamente os jovens casais que residam na Freguesia.
Ao Rui e à Jéssica, pais do Rogério, e ao Luis e à Ana, pais da Juliana, ficam os mais sinceros votos de felicidade para os seus filhos.

15/05/2010

Ainda a Festa da Caça no Casteleiro

Também fui ao Casteleiro, uma terra que cheira a abraços e com sorrisos de gente acolhedora e amiga. Grupos de garra que não desistem de tornar cada vez mais vivo o coração da Beira. Senti o pulsar daquele povo, mais que nunca, empenhado em defender costumes e tradições. Estes são também passos para dinamizar a Economia, alimentar projectos e dar vida a sonhos que devem ser apoiados, evitando o acelerar da desertificação. Parabéns ao Sr. Presidente da Junta, à Sr.ª Vereadora e ao Sr. Presidente do Clube de Caça e Pesca, bem como a todos os convidados que, através das suas palavras, concederam prestígio ao evento e transmitiram votos de confiança ao Casteleiro e suas gentes.


Mundo Rural

Urge defender
O mundo rural
Tornar vivo e activo
O coração de Portugal.

Este coração
Vibrando em seus folguedos
Que recorda seus segredos
Não esquece, ama
E permanece
Na alegria e no convívio.

Na festa do Casteleiro
Houve risos e sorrisos
Abraços
Falatórios e cochichos
Tendas e artesanatos
Comidas
Bastantes pratos
Ligados à caça e à matança.

Houve discursos bem sentidos
De quem ama a sua terra
Mas também de quem sente
O entusiasmo daqueles
Que rodeados pelos serrados
Saboreiam a planura…
E os falcões bem nos mostraram
O desejo de liberdade
Os sonhos de altura.

Raízes a não deixar morrer
Regar só, não chega!
É preciso adubar, vigiar e proteger.

«O Cheiro das Palavras», opinião de Teresa Duarte Reis

14/05/2010

Os Italianos

Para qualquer terra, se eu disser a palavra «italianos», isso significa apenas os habitantes da Itália. Ou seja: nada de local, nada de pessoal, nada de próximo.
Mas para a malta do Casteleiro, «Os Italianos» são algo bem conhecido: são um edifício. Melhor: eram um edifício. (Escrevo com maiúscula porque a expressão «Os Italianos» designa um local, um mito, quase).
Este local é aquele onde agora fica o Café Estrela.
O edifício que lá estava era por todos conhecido assim, simplesmente: «Os Italianos».
As situações em que se falava dos Italianos eram muito diversificadas.
O local foi inicialmente uma espécie de fábrica. Depois virou uma espécie de centro cultural ou melhor: centro de divertimento popular.

Então era assim:
- O Delfim vem cá fazer comédias.
- Onde?
- Nos Italianos.

Ou então isto:
- No domingo vem cá o acordeonista e há baile nos Italianos.

Ou ainda:
- Hoje à tarde há cinema nos Italianos.

Claro que estou a falar dos anos compreendidos entre 1942-43, data da construção, mas sobretudo dos primeiros anos da década de 50, e meados da década de 80 do século passado, quando o edifício original foi demolido para dar lugar às habitações que lá estão e ao café. Daquele grande empreendimento, resta apenas a imitação da grade exterior, junto da estrada.

Nesse tempo, é bom recordar, não havia ainda electricidade (foi instalada em 1955). Nos Italianos, claro, nunca ninguém mandou instalar corrente eléctrica. E quanto ao cinema, recordo que não havia ainda outro tipo de cinema que não o cinema mudo, não havia senão o cinema a preto e branco. A máquina de projecção funcionava com alguma espécie de energia: as pessoas mais velhas com quem falei não têm nenhuma ideia de que o senhor das fitas desse à manivela – como vemos nos filmes. Mas parece-me também muito cedo para ele ter um gerador. Mas não pense que o gerador é uma coisa muito moderna: foi inventado em 1831!

Mas então porquê tudo isto nos «Italianos»? Porquê esse enorme edifício rasteiro, tipo armazém, em tijolo revestido a cimento cinza clarinho, muito lisinho, coisa que sempre me impressionou? Porquê essa designação: «Italianos»?
Tudo simples e, mais uma vez, tudo ligado ao volfrâmio.
Já escrevi aí em baixo noutra crónica que muita gente do Casteleiro recolhia o volfrâmio nos campos e depois o vendia a intermediários que por sua vez acabavam por vendê-lo ou aos ingleses ou aos italianos, sendo que estes últimos o canalizavam sobretudo para os alemães.
Com o minério, ingleses e alemães faziam canhões e munições de alta potência.

No Casteleiro, instalou-se um grupo de italianos (quer dizer: instalaram a fábrica, uma separadora de minério). Basicamente eram dois irmãos: os Menegoni.
Construíram a separadora mas nem chegaram a usá-la: perderam a guerra quando tudo estava quase pronto, em 1943.
Fugiram, segundo percebi, para a Argentina.
Ficou o edifício: «Os Italianos». Ou, melhor ainda: «os Fornos dos Italianos».

Os mais novos, que são a maioria dos leitores deste blog, não fazem ideia do que é que estou a falar e nem sequer alguma vez viram o edifício.
Mas, se perguntarem aos pais e aos avós, não há quem não se lembre dos Italianos. E muitos dançaram lá ou viram lá as comédias do Delfim Pedro Paixão – um dos heróis da minha infância quase esquecido por toda a gente.



"Memória", espaço de opinião de autoria de José Carlos Mendes




12/05/2010

Festa da Caça em Quadra

Com esta Festa,
FESTA DA CAÇA,
O Casteleiro renasceu
Com vida e raça.

Houve largada de perdizes,
Comes e bebes p’ra toda a gente
Que satisfeita e agradecida,
Por tudo ficou contente.

Música, ranchos folclóricos e demonstrações
Com cães da GNR, de caça e de parar,
Cães da Serra da Estrela, bufos
E águias, com demonstrações, a voar.

O Casteleiro vibrou, bateu palmas
E, pelas ruas da aldeia, andou
Ao encontro dos ditos Largos,
Onde barraquinhas visitou.

Tiro com arco, besta e zarabatana,
Com fisga ou “atiradeira”,
Para entretenimento e atestar
A pontaria certeira.

Festa como esta
Não houve outra igual,
Na freguesia do Casteleiro
Do Concelho do Sabugal.

Bem-haja à Junta de Freguesia,
Ao Clube de Caça e Pesca
E a toda a gente que, neste Povo,
Animou toda a Festa.

Por fim, pedimos todos:
P’ró ano queremos mais,
Que o Casteleiro bem merece
Outros eventos tradicionais.




"Daqui Viseu", espaço de opinião de autoria de Daniel Machado

10/05/2010

E dos caminhos rurais...ninguém fala?!

Então falo eu!
É de elementar justiça trazer a este espaço, o esforço que a actual Junta de Freguesia do Casteleiro está a fazer em prol da melhoria dos caminhos rurais que serpenteiam o espaço rural desta terra. Eu sei que há gente que os utiliza diariamente e já sentiu bem a diferença…”Está aqui um serviço bem feito! Até valetas têm! Agora sim, até são mais largos!” – isto eu ouvi no sábado passado, que mais parecia um dia de Inverno, do que de plena Primavera!
É verdade! Hoje ir de carro à “Presa”, sítio bastante longínquo da aldeia, mas de todos bem conhecido…pelos menos de nome, é uma maravilha!
Quem diz à Presa, diz à Serra, ao Caramelo, ao Marineto …
Muito trabalho se fez numa semana! Eu sei que isto é só o começo, mas começar…está muito bem!
Esta é uma grande aposta no nosso mundo rural, que não pode desaparecer e, que esta Junta de Freguesia parece estar bem atenta!





"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia

09/05/2010

"Casa da Memória" avança

A Câmara Municipal do Sabugal, em reunião realizada na passada quarta-feira, deliberou por unanimidade aprovar a cedência à Junta de Freguesia de Casteleiro do edifício da antiga escola primária, na sequência de pedido formulado pela Junta para ali instalar a "Casa da Memória" da aldeia.
Esta iniciativa, realizada em cooperação com o Lar de São Salvador, será agora candidatada ao PRODER, no que diz respeito ao projecto de recuperação do imóvel.

08/05/2010

É muita gente

Andamos todos encantadíssimos e com razão: a nossa terra voltou a ser um local de encanto e de atracção. Nossa e de muitos outros. Isso é bom.
Mas é justo que se saiba quem é que nestes meses tem feito e faz e vai continuar a fazer do Casteleiro esta terra de encanto.
Têm-me perguntado: mas quem é que faz isso, esse milagre?
É muita gente. Boa gente. Eu quero que fique para a História.
Quando, daqui a 50 anos, alguém andar a pesquisar, saiba que foi esta rapaziada (mulheres e homens de garra) que fez este milagre que eu já não julgava possível por causa da tal coisa da interioridade e dessa outra coisa do envelhecimento… Está provado: aqui, no Casteleiro, é diferente.
Graças a esta malta cujos nomes aí deixo (mesmo contra a vontade de alguns mais modestos – mas é justo que todos recordem sempre).
Os seus nomes ficam aqui e vão para o Twitter e para o meu blog pessoal (o LisboaLisboa) ainda hoje, para que o Universo os conheça…

São elas/eles:

Autarquia

Junta de Freguesia
Presidente - António Marques
Tesoureiro - Vitorino Cantinhas
Secretário - Carlos Gonçalves

Assembleia de Freguesia
Presidente - Cristina Alexandrino
1º Secretário - Beatriz Nabais
2º Secretário - Jaime Rodrigues
Vogal - Ismael Martins
Vogal - Albertino dos Reis
(Pena é que os também eleitos Jorge Cameira e Isabel Fortuna não se associem).

Centro de Animação Cultural do Casteleiro

Assembleia Geral
Presidente - Daniel Augusto Machado
1ª Secretário - Beatriz Conceição Costa Nabais
2º Secretário - José Manuel Antunes Gonçalves

Suplentes
- Ismael Valentim Gonçalves Martins
- Manuel Esteves Leal

Conselho Fiscal
Presidente - Ismael Martins
Secretário - Rui Augusto Teixeira Proença
Vogal - Vitorino dos Reis Cantinhas Fortuna

Direcção
Presidente - Albertino Machado Lopes
Secretário - Ricardo Miguel Fortuna Marques
Tesoureiro - Sérgio Daniel Ramos Ribeiro

Suplentes
- Bruno Ricardo Tavares Antunes
- Pedro Ricardo Felix Soares

Destaque também para o anterior presidente da Assembleia Geral: o Juiz Dr. Joaquim José Felizardo Paiva.
E é de sublinhar que continua como Director do jornal do Centro o nosso amigo Ismael Martins.

Clube de Caça e Pesca do Casteleiro

Direcção
Presidente - Abílio Figueiredo
Secretário - Carlos Gonçalves
Tesoureiro - Vitorino Fortuna

Assembleia
Presidente – Joaquim Paiva

Associação do Lar e Centro de Dia da 3ª Idade São Salvador do Casteleiro

Direcção
Presidente - Sandra Isabel Santos Fortuna
Vice- Presidente - José Marques Antunes
Tesoureiro - Vitor Manuel Fortuna Soares
Secretário - Dulce Jesus Costa Gonçalves Martins Catana
Vogal - António Cameira Marques

Conselho Fiscal
Presidente - Jaime de Jesus Rodrigues
Vogal - Jaime Figueiredo Gonçalves
Vogal - Rui Augusto Teixeira Proença

Assembleia Geral
Presidente - Joaquim Luís Gouveia
Secretários - Nazaré Figueiredo Antunes
- Maria Fernanda Felizardo Paiva

É, de facto, muita gente. Sem desprimor para outros, são pelo menos 31 pessoas cheias de garra.
Registo o meu maior apreço pelo que estão a fazer – e sei que não sou só eu a registar isso mesmo.
Força, malta! Se eu (nós) pudermos ajudar, façam o favor…





"Memória", espaço de opinião de autoria de José Carlos Mendes




O prometido é devido.
Meus amigos: a partir deste momento vocês são galácticos, famosos... Continuem a honrar a vossa tarefa. Têm aqui os links onde já se encontra a nota:
http://twitter.com/jcarlosmendes
http://lisboalisboa.blogspot.com/2010/05/e-de-facto-muita-gente-contra.html
Um abraço a todos vocês que construíram a festa e a todos os que nas ruas a fizeram daquela maneira tão nossa...

Parabéns Casteleiro!

O Casteleiro realizou nos dias 1 e 2 de Maio a 1ª edição da Feira da Caça. Numa organização da Junta de Freguesia do Casteleiro, esta Feira demonstrou a todos os que ali se deslocaram, como é possível colocar o Concelho do Sabugal no mapa…

Tive o prazer e a honra de ali me deslocar no dia 1 de Maio podendo, deste modo, dar testemunho do muito de bom que ali se passou.
Eventos como este, em torno das temáticas da Caça, são muito raros em todo o País, apesar da importância que este sector assume. E também por isso, esta iniciativa merece todo o apoio e reconhecimento.
Mas esta Feira marcou igualmente a diferença pela riqueza e diversidade do Programa, mas, sobretudo, pela sabedoria dos seus organizadores, dos quais me permito destacar António José Marques, Presidente da Junta de Freguesia, que organizaram espacialmente a Feira de modo a cobrir praticamente toda a aldeia.
Na verdade, para se visitar os stands instalados e para se assistir aos diferentes momentos da Feira era necessário percorrer uma parte significativa das ruas e largos do Casteleiro, o que, para além de satisfazer naturalmente toda a população, contribuía também para que os visitantes conhecessem toda a aldeia.
Foi um momento alto de afirmação do Casteleiro e, por conseguinte, do Concelho do Sabugal.
E o seu êxito é um fardo muito pesado para a Organização, pois, obriga a que, para o ano, seja ainda melhor!
O pontapé de saída foi dado e, como acontece muito raramente no futebol, foi golo ao primeiro minuto…
A participação e empenhamento dos habitantes do Casteleiro; as presenças do Director Regional de Agricultura e Pescas do Centro, do Governador Civil do Distrito da Guarda, dos Presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal do Sabugal, e de muitas mais individualidades; os milhares de visitantes e caçadores presentes, são, desde já, a prova de que se fez algo de muito bom no Casteleiro.
Ao meu amigo Tozé (como carinhosamente é conhecido o Presidente da Junta), um abraço muito grande de parabéns e o compromisso de estar a teu lado sempre que de mim precisares.
Aos habitantes do Casteleiro muitos parabéns e um bem-haja pela forma como nos souberam receber.
Para o ano, estou certo, será ainda melhor!

«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)

05/05/2010

O Casteleiro vive!

O Casteleiro vive e agita-se!
As ruas ganham cor, enchem-se de gente. Os largos estão engalanados. Muitas crianças correm pelas calçadas. As pedras parecem falar e contar estórias seculares. As fontem correm com vigor como querendo tudo inundar de alegria. Os rostos, marcados pelos anos, acentuam o olhar de encantos. O habitual silêncio dá lugar ao som da vida.
Sim, eu sei que foram apenas dois dias.
Mas recusamos a fatalidade. Recusamos a inércia. Uma batalha faz-se de pequenos combates e queremos ganhar, vamos ganhar com pequenas vitórias, a batalha de dar vida ao Casteleiro e fazer desta bela terra um local atraente para viver.

(a organização da Festa da Caça de 2011 teve início em 3 Maio de 2010)



"Reduto", espaço de crónica semanal de autoria de António Marques

Fui ao Casteleiro









Desde que, há cerca de um mês, tomei contacto com o programa alusivo à «Festa da Caça» que a Junta de Freguesia do Casteleiro havia elaborado prometi, a mim próprio, que iria estar presente.

Gostaria de ter participado logo no primeiro dia mas os anos de um amigo do peito não me o permitiram.
Domingo, após o almoço, com um dia de calor muito mais sentido no Casteleiro que nos Foios, na companhia da minha esposa, lá fomos à «Festa da Caça».
Confesso que vou sempre cheio de curiosidade e com a certeza de que vou certamente aprender. Confesso, igualmente, que fico sempre muito feliz quando vejo as Juntas de Freguesias envolvidas em actividades sócio – culturais – desportivas e económicas.
É assim mesmo camaradas. Temos que sair das ruas, dos chafarizes e da passagem dos simples atestados. É urgente passar às mais diversas acções. O Casteleiro deu o mote. Julgo que os objectivos foram plenamente alcançados. E se não tivessem sido? Nada de desanimar. Com os erros também se aprende. Mas para mim corre sempre muito bem. Só pela coragem, organização e pelo ar de felicidade que vi em muitas caras de gentes do Casteleiro e de outros visitantes digo que valeu a pena.
Confesso que gostei imenso e por isso transmito os meus sinceros parabéns ao Ilustre Presidente da Junta, restantes elementos do executivo e a todos quantos estiveram envolvidos que julgo terem sido muitos. Esta festa ajuda a dignificar o poder local.
Continuem.

«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos

FESTA DA CAÇA…QUE VENHA A PRÓXIMA!

“Nunca houve nesta terra uma festa como esta”- era a frase mais ouvida por parte das pessoas que ali residem e daqueles filhos da terra que se aqui deslocaram para participarem neste primeiro evento.
A diversidade do Programa e o ritmo com que o mesmo se desenvolveu alteraram, por completo, a vida desta pacata freguesia durante estes dois dias.
Valeu a ideia da Junta de Freguesia – entidade organizadora - o esforço e a dedicação de toda a equipa que assegurou a montagem de todas as estruturas que acolheram instituições e exposições particulares.
O Casteleiro esteve em festa! Como sempre, soube muito bem receber os forasteiros que aderiram ao desafio lançado. Uma grande almoçarada, onde não faltou o porco assado no espeto e respectivos enchidos, tudo regado com uma enorme dose de boa disposição, foram o mote para muitas horas que vieram que sustentaram a festa até ao fim.
No rescaldo da FESTA DA CAÇA, tenho a certeza que a Junta de Freguesia já estará a pensar na edição futura e, certamente com ideias novas a fervilhavam neste entusiasmo presente.
Neste sentido, gostaria de sugerir que este evento se realizasse sempre no primeiro fim de semana de Maio. Fixar uma data certa é também uma forma de consolidação na continuidade.

QUE VIVA A FESTA!
…como alguém diria (com música) “Casteleiro com futuro”!


"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia

O bom exemplo da Freguesia do Casteleiro

A Junta de Freguesia do Casteleiro, no concelho do Sabugal, demonstrou no último fim-de-semana como se pode mobilizar e dinamizar uma aldeia do Interior, atraindo centenas de visitantes e dando-lhe expressão mediática. A ideia de realizar uma iniciativa com o nome «Festa da Caça», é desde logo original das terras do concelho do Sabugal, facto que, por si, constitui uma atractividade. Se a essa boa ideia se juntar um programa apelativo, com iniciativas interessantes, e se for conseguido o empenho na boa organização da iniciativa, então temos garantido o sucesso da mesma. Foi isso mesmo que sucedeu no Casteleiro, nos dias 1 e 2 de Maio de 2010.
O tempo até ameaçou a festa, com umas nuvens escuras pairando no céu. Mas os primeiros acordes musicais afastaram o mau prenúncio e a alegria perdurou por todo o fim-de-semana na aldeia mais sulista do concelho do Sabugal.
A dinâmica do presidente da Junta de Freguesia, António José Marques, secundado pela generalidade dos naturais da aldeia, garantiu o pleno êxito da iniciativa. O palco principal recebeu diversos espectáculos, ao mesmo tempo que no bar se serviam bebidas em abundância e o restaurante servia petiscos de caça e outros sabores típicos. Stands demonstrativos de diversas actividades empresariais, institucionais e associativas ocupavam várias ruas da localidade, convidando os visitantes a percorrerem o casario antigo e moderno, verificando o contraste de uma aldeia que cresceu guardando também a memória do seu passado.
De caça propriamente dita houve iniciativas como uma largada de perdizes, mostra de cães de caça, demonstração de falcoaria e de «cães de parar». Na vertente de animação, actuaram os grupos musicais Velha Gaiteira, Osíris, Harmónicas de Ponte de Sor, Cantares de Santa Maria e Rancho Folclórico de Valverde. Também houve uma mostra de cães Serra da Estrela, demonstração de tiro com arco, besta e zarabatana e a actuação de uma equipa cinotécnica da Guarda Nacional Republicana.
Por boa diligência da organização, na manhã do primeiro dia estiveram no Casteleiro várias personalidades, que visitaram o certame e almoçaram na localidade. Governador Civil da Guarda, Presidente da Câmara do Sabugal, Presidente da Assembleia Municipal, Director Regional das Florestas, deputado José Albano, e diversos presidentes das juntas de freguesia do concelho, foram as principais entidades presentes. Todos testemunharam a força de uma freguesia do interior, que demonstrou ter capacidade para garantir um futuro auspicioso, virando as costas à inércia e ao pessimismo.

«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista

02/05/2010

Dia da Mãe

Mãe. Na docilidade desta palavra se encerra algo de místico que, ao pronunciá-la, nos eleva o espírito e arrebata o coração.
A Igreja, ciente desta verdade e dado o importantíssimo papel que a mãe desempenha no seio da família e da Igreja, reservou-lhe um dia especial que teve lugar no primeiro Domingo de Maio.
Bem o merece e, certamente, não a esquecemos nesse dia.
Amemos e honremos sempre aquela que antes de nascermos já nos ansiava e amava; aquela que nos gerou com amor, dores e lágrimas; aquela que as dores do parto esqueceu, ao ver-nos a primeira vez; aquela que nos criou e educou com carinho, amor e sacrifícios, talvez.
E, como prova de amor, desse amor de mãe, conta uma lenda bretã que um mau filho, tendo morto a sua mãe, lhe arrancou o coração. Chegada a noite, foi-se através da charneca para lançar o coração ao mar. Ora sucedeu que, tendo tropeçado na raiz dum junco, caiu pesadamente sobre umas pedras. Na mão ferida, o sangue da mãe juntou-se ao do filho. Esse coração que ele apertava, animou-se e falou. Para amaldiçoar? Não. Para lhe perguntar angustiada: “Meu filho, estás ferido?”
É assim a nossa mãe. Mesmo com o coração dilacerado de dor, de mágoas e angustias atrozes, toda ela é amor para os seus filhos. Do seu coração jorra incessantemente um amor inesgotável, traduzido em perdão, sorrisos e beijos sem fim.
Amemo-la, honremo-la e estimemo-la, se ainda temos a dita de a termos e, se do reino dos vivos já partiu, com uma lágrima de amor e saudade recordemo-la, na certeza de que, no eterno descanso, ela continuará a velar por nós e a amar-nos ainda.





"Daqui Viseu", espaço de opinião de autoria de Daniel Machado