31/10/2015

Incêndio: recuperação de caminhos e valetas


 
O incêndio que atingiu o território do Casteleiro no passado dia 2 de Agosto resultou numa área ardida de 1160 hectares. No âmbito das medidas de estabilização de emergência após incêndio, o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 abriu no dia 26 de Outubro um período de apresentação de candidaturas para limpeza e desobstrução de valetas e regularização e consolidação da superfície de caminhos na nossa freguesia, no total de cerca de 40 mil euros.
A Junta de Freguesia de Casteleiro encontra-se já a preparar a candidatura a este apoio por forma a recuperar a rede viária afectada logo após o Inverno, de acordo com as especificações técnicas do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.


17/10/2015

A Lucinda e o Steve


Faz hoje oito anos que, inesperadamente, faleceu a Lucinda. Anualmente, aqui, no “Viver Casteleiro” assinalamos a data.
Mas hoje, graças a uma foto, esta crónica tem um carácter muito pessoal. Coincidências ou a prova que os caminhos que cada um trilha ao longo da vida se podem cruzar. Nunca sabemos quando e, por vezes, nunca sabemos que se cruzaram.Tudo isto a propósito de uma foto em que a Lucinda abraça um seu aluno na Escola do Teixoso, onde foi professora. Vejo a foto e reconheço o jovem. É o Steve Sá! Mas quem é o Steve?
O Steve é um jovem, natural do Teixoso, com necessidades educativas especiais, que fez a escolaridade obrigatória e, desde 2008, frequenta a APPACDM da Covilhã. O Steve tem hoje 24 anos, é um jovem alegre, sorridente e um grande atleta.
Como alguns saberão, sou fundador e presidente da APPACDM da Covilhã e cruzo-me com o Steve quase diariamente. Daí que, quando olhei a foto, pensei como, afinal, curiosos são os caminhos que individualmente percorremos.
Estou certo que a Lucinda, onde estiver, gostará de saber que o Steve está bem e irradia boa disposição. E eu estou feliz por descobrir que o Steve que conheço foi aluno, certamente muito especial, da Lucinda.
 
 
 
 
 
 
 
"Reduto", crónica de António José Marques
 
 
 

11/10/2015

"Ti Vitorino"


Na rotina diária da nossa aldeia há um local, ponto de encontro obrigatório: o café do Ti Vitorino. Em muitas dezenas de anos, desde a minha meninice, houve sempre um momento em que alguém dizia. “Vamos ao Ti Vitorino!”. Nunca ouvi “Vamos ao café D. Príncipe”, o verdadeiro nome do “estabelecimento”.
Podia aqui relatar muitas e variadas estórias que ali vivi e presenciei. Todos nós, casteleirenses, o podemos fazer. A simbologia daquele espaço é de uma riqueza ímpar. Se o “terreiro” sempre funcionou como verdadeiro ponto de encontro social, é igualmente verdade que o café do “Ti Vitorino” trilhou ao longo dos anos um percurso paralelo, adornado com a riqueza da “sueca”, do dominó, do futebol na Tv, da conversa, do encontro. O contributo deste espaço na coesão social da aldeia, de centro ocupacional para os nossos seniores, de porto de abrigo para muitos, de central de notícias, foi ao longo dos tempos decisivo e único.
No entanto, este espaço não tinha vida própria. A sua riqueza, a sua ambiência, sempre esteve ligada ao seu proprietário que a construiu, que lhe dava vida, que o enriqueceu com estórias a propósito.
Com a sua afabilidade e modo de estar único, o café era o “Ti Vitorino”.
E hoje, no dia da sua prematura partida, recordo a sua amizade e bom trato pessoal. Do ritual aperto de mão…

O Casteleiro está mais pobre!
António José Marques