27/08/2014

Almoço/Convívio do Centro de Animação Cultural


O almoço/convívio do Centro Cultural do Casteleiro, continuando a ser tradição, realizou-se, uma vez mais, no Domingo seguinte após a Festa de Santo António, dia 17 de Agosto, no salão do referido Centro Cultural.
Com a presença dos sócios e seus familiares, mais dos que se esperavam, que iam chegando e esperando, já sentados nas mesas até que, sem demora, o arroz com feijão, as febras e a carne entremeada estivessem prontas e a serem servidas em travessas, levadas para todas as mesas, onde, já com apetite, ao chegarem, a hora foi de ataque ao arroz com feijão, às febras e à carne entremeada, tudo bem regado com as variadas bebidas, à descrição.
Conversa para aqui, conversa para ali do muito que havia para falar, veio a sobremesa de queijo, melão e, mais ainda, três dedos de conversa.
Por fim, com um até para o ano, um merecido agradecimento à Direcção do Centro de Animação Cultural do Casteleiro, bem como a todos os colaboradores na confecção do saboroso e apetitoso almoço, contribuindo assim para um salutar e agradável almoço/convívio.

 



Daniel Machado

19/08/2014

O Sagrado e o Profano



Quando hoje falamos de Festa, estamos a falar da festa popular. Durkheim, sobre o fenómeno festivo, afirmava: ”Não pode haver sociedade que não sinta a necessidade de conservar e reafirmar, a intervalos regulares, os sentimentos e ideias colectivas que lhe proporcionam a sua unidade e personalidade”.
A raiz religiosa da Festa é, por outro lado, um facto histórico. E a evolução da Festa é indissociável da evolução religiosa ao longo dos tempos. Se em séculos passados as festas cristãs coincidam com as festas pagãs, fortalecendo a cultura religiosa, hoje o tempo criou novos laços, novas fronteiras. A sociedade de hoje organiza-se muito para além da sua componente religiosa ou litúrgica. É uma nova organização do exercício do poder onde o elemento religioso obviamente continua presente.
Na antiga Roma a procissão começava no Capitólio, atravessava o Fórum e terminava no Circo, onde tinham lugar os jogos, uma arena de entretenimento. Hoje o percurso da procissão é escolhido pelo povo e remonta à tradição e à memória. E é esse povo que transporta os “seus” santos, numa manifestação de fé ancestral. Ninguém tem poder ou capacidade para alterar este facto. E se alguém pensa que tem esse poder, está profundamente enganado. O passado assim nos ensina.
No nosso tempo, o sagrado e o profano estão bem definidos. Não se atropelam, nenhum deles se sobrepõe ao outro, convivem diariamente com ética e, sobretudo, devem fazê-lo com bom senso.

Citando Rousseau: “Plantai no meio de uma praça um poste coroado de flores, juntai aí o povo e tereis uma festa”. Porque é o povo que faz, organiza e vive a “sua” festa.






"Reduto", António José Marques






12/08/2014

Festa de Santo António - Polémica em torno da Procissão


Não vai longe o tempo em que, com muita antecedência, os santos que fazem parte do património religioso do Casteleiro, eram cuidadosamente preparados de modo a acompanhar Santo António durante a procissão no seu dia de festa, sinal de reconhecimento e ação de graças de todos os paroquianos. Sim, digo cuidadosamente, porque se é dia festa, então é para todos! Foi assim que o povo sempre entendeu. Para além de bem lavadinhos, exibiam as suas vestes festivas, algumas delas feitas de propósito para esse dia.
Da festa constava a procissão com o tradicional cortejo de oferendas. Composto por produtos da terra ou animais ali criados era, também, um momento alto da festa de Santo António que, uma vez terminada a procissão e, num palco improvisado, junto à torre da igreja tinha lugar, de imediato, a tradicional “arrematação de ofertas”. Pequenos e graúdos só arredavam dali para o almoço, depois de verem arrematada a última oferta!
Vem isto a (des)propósito do mau estar vivido ontem – dia de festa na aldeia – motivado por uma postura algo anormal do atual pároco – ministro de Deus – que há cerca de um ano o senhor bispo da Guarda ali colocara.
Vamos por partes:

a) O povo do Casteleiro já deu provas, ao longo da sua história, de ser ordeiro, respeitador dos valores da igreja, bem como dos seus pastores, para ali designados. A prová-lo estão os três últimos párocos: dois deles estiveram várias décadas à frente da paróquia e o último, até este resignar, depois de meia dúzia de anos ao serviço desta comunidade;

b) A festa em honra de Santo António, para além de chamar à terra todos aqueles que procuram lá fora melhores condições de vida, representa um ponto alto de agradecimento e ação de graças pelo bom ano agrícola ou pela proteção dos animais, forte contributo nas economias familiares;

c) Pelo respeito que os santos lhes merecem, o povo soube sempre organizar-se de modo a que neste dia de festa de Santo António, todos pudessem participar na tradicional procissão e aí serem venerados, cumprindo assim as promessas feitas ao longo do ano;

d) Contrariar estes princípios é estar contra a vontade e fé das pessoas;

e) Contrariar estes princípios é uma forma estranha de exercer o magistério.

Não me parece correta esta forma de interagir com este povo, maioritariamente envelhecido, mas com uma forte vontade de continuar a festejar com os santos da sua devoção.
Será que o atual pároco, empedernido da sua juventude, tem dificuldade em perceber que, nunca conseguirá fazer bem o seu trabalho senão perceber o seu povo e, com ele, traçar o melhor caminho?
Como poderá o pastor “conduzir” o seu rebanho de uma forma calma e serena, se o cajado que transporta em vez de lhe servir de suporte e amparo, serve, para exercer a sua força, mesmo perante aquelas ovelhas com grandes dificuldades em percorrer o caminho, do bardo até à pastagem?
Deixaria apenas uma afirmação, indispensável ao exercício de qualquer profissão: Só o homem tem a capacidade de fazer, errar, refletir e melhorar!

Reconhecer o erro é uma virtude; é um ato de sensatez!






"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia





06/08/2014

Passeio equestre por terras de Casteleiro

É já no próximo dia 10 de Agosto que se realiza o 4º Passeio Equestre do Casteleiro. Uma iniciativa de um grupo de casteleirenses que conta com o apoio da Junta de Freguesia.