Como todos sabemos a língua portuguesa tem sofrido, ao longo dos tempos, uma evolução, quer através do significado das palavras, quer através da sua escrita. Segundo os especialistas na matéria, este é um processo natural, pois ela está exposta às influências dos povos vizinhos, dos efeitos (e)migratórios, bem como ao processo de evolução linguística a que todas as línguas estão sujeitas.
Vem isto a propósito, de que o Casteleiro (à semelhança de algumas aldeias vizinhas) tem um património linguístico que interessa preservar e dar a conhecer às gerações mais novas.
Sugiro um exercício simples: procurem conversar com pessoas idosas da nossa terra e, abordem com elas temas que façam parte do seu quotidiano, verificarão, rapidamente, que a conversa é levada para memórias passadas.
É neste contexto que, facilmente, poderemos encontrar vocabulário, enriquecedor sob o ponto da evolução linguística de que vos falava atrás.
Hoje partilho convosco alguns exemplos:
Palhêra – loja onde se guardava a palha, o feno e os animais.
Polêro – galinheiro; é bom lembrar que na vizinha Espanha “Polho” significa frango.
Cortêlho – pocilga.
Tchambaril – espécie de cruzeta de madeira para pendurar o porco, logo a seguir à matança.
Marrano – suíno, porco.
Vianda – refeição, normalmente fervida, que se preparava para os suínos.
Caldudo – Sopa de castanhas secas.
Vivo – animais de diversas espécies (veja-se o exemplo: “vou dar de comer ao vivo”).
Pastoria – rebanho
Pão – pão centeio; ceara de centeio (o povo usava a seguinte quadra:
“Oh João Catalão,
olha as cabras no pão,
toca-lhe a gaita,
que elas virão”.
Agora que estamos próximos do Natal e, certamente, muitos casteleirenses estarão entre nós, aproveitem este desafio e concluirão que o vocabulário hoje utilizado, foi algo que se transformou ao longo de sucessivas gerações.
Por mim, fica a promessa de voltar com mais memórias…das palavras.
Vem isto a propósito, de que o Casteleiro (à semelhança de algumas aldeias vizinhas) tem um património linguístico que interessa preservar e dar a conhecer às gerações mais novas.
Sugiro um exercício simples: procurem conversar com pessoas idosas da nossa terra e, abordem com elas temas que façam parte do seu quotidiano, verificarão, rapidamente, que a conversa é levada para memórias passadas.
É neste contexto que, facilmente, poderemos encontrar vocabulário, enriquecedor sob o ponto da evolução linguística de que vos falava atrás.
Hoje partilho convosco alguns exemplos:
Palhêra – loja onde se guardava a palha, o feno e os animais.
Polêro – galinheiro; é bom lembrar que na vizinha Espanha “Polho” significa frango.
Cortêlho – pocilga.
Tchambaril – espécie de cruzeta de madeira para pendurar o porco, logo a seguir à matança.
Marrano – suíno, porco.
Vianda – refeição, normalmente fervida, que se preparava para os suínos.
Caldudo – Sopa de castanhas secas.
Vivo – animais de diversas espécies (veja-se o exemplo: “vou dar de comer ao vivo”).
Pastoria – rebanho
Pão – pão centeio; ceara de centeio (o povo usava a seguinte quadra:
“Oh João Catalão,
olha as cabras no pão,
toca-lhe a gaita,
que elas virão”.
Agora que estamos próximos do Natal e, certamente, muitos casteleirenses estarão entre nós, aproveitem este desafio e concluirão que o vocabulário hoje utilizado, foi algo que se transformou ao longo de sucessivas gerações.
Por mim, fica a promessa de voltar com mais memórias…das palavras.
"A Minha Rua", espaço de opinião de autoria de Joaquim Gouveia
Quero felicitar todos os "bloguistas"
ResponderEliminarAs palavras ficam presas no tempo? Foram transitórias e passageiras?
Recordações do passado também poderão ser palavras que, outrora, marcaram tanto o nosso quotidiano como o (som, e cheiro)?
Boa ideia esta, enriqueça-nos com recordações do passado.
Aceite ficamos à espera.
J. Gouveia
Compreendo este nosso conterrâneo, que se encontra no estrangeiro...
ResponderEliminarAs saudades da terra é algo que acompanha o seu dia a dia!
Como diria Miguel Torga, "só um português consegue ter o dom da ubiquidade", isto é, tem o dom de estar no estrangeiro, onde trabalha e, simultâneamente com o seu coração, nesta terra que é nossa.
Para este amigo que, curiosamente, assina Quim Gouveia, vai um grande abraço.
Joaquim Luís Gouveia
ola! gostei desta recordação das palavras que fizeram parte da nossa infancia, e que nos acompanhou ao longo dos tempos.É facil recorda-las e, como dizes, se conversarmos com as nossas gentes, elas continuam a fazer parte do dialogo. Mas não referiste uma que os meus filhos em particular, achavam muita graça quando a avó lhes dizia."Amaga-te" ou seja baixa-te, penso que ela continua a ser usada,mas só na nossa terra .Um abraço
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