A jovem vereadora socialista Sandra Fortuna tem-se revelado um exemplo de rectidão e de tenacidade, que merece ser sinalizado. O momento político que o Sabugal atravessa faz reviver a efervescência dos eleitos, que a todo o tempo têm de mostrar estar à altura das responsabilidades.
O presidente da câmara, António Robalo, encontrou há alguns meses uma solução de estabilidade política para o executivo. Chegou lá com certa morosidade e tem avançado por caminhos erráticos, de avanços e recuos, de batidas no cravo e na ferradura, mas é certo ter condições para executar o seu programa.
Compreendo perfeitamente a lógica do acordo com Joaquim Ricardo, o vereador do MPT, dando-lhe um lugar de vereador em funções permanentes e ainda o malogrado cargo de presidente da Sabugal+. O lugar na empresa municipal era o garante absoluto de que Joaquim Ricardo lhe seria fiel, secundando-o nas votações e colocando de lado sinais de independência numa ou outra matéria.
Entretanto o facto consumado da demissão de Joaquim Ricardo de presidente da Sabugal+, em razão de pareceres que apontam para irregularidades na eleição, trazem à memória a conduta de António Robalo para com a sua colega de executivo, a vereadora Sandra, que com ele integrava a anterior administração da Sabugal+. Escudado no acordo fechado com Joaquim Ricardo, decidiu cortar a direito, não olhando a questões éticas. Sem informar aos restantes membros do conselho de administração, António Robalo apresentou a demissão de presidente da empresa no decurso de uma reunião do executivo, considerando que esse simples acto derrubava toda a administração em funções.
A vereadora socialista, revelando-se uma verdadeira mulher de armas (fazendo aqui recordar a grande autarca e também vereadora Lucinda Pires, sua conterrânea), manifestou-se ultrajada com a atitude torpe e desleal do presidente e abandonou a reunião, dizendo que regressaria quando se passasse ao ponto seguinte da ordem de trabalhos. O outro vereador do PS seguiu-lhe as passadas e na sala ficaram apenas os três eleitos pelo PSD e o do MPT.
Risonhos e convictos da inabilidade dos socialistas, os que ficaram trataram de preencher as vacaturas dos lugares no conselho de administração da empresa, com Joaquim Ricardo a votar serenamente na eleição de um novo elenco, encabeçado por si mesmo.
Posteriormente, a vereadora Sandra Fortuna, demonstrando ser atempada e empenhada na causa pública, munida de um parecer jurídico do seu partido, defendeu que a votação fora ilegal, e que a regularidade tinha de ser reposta. Para a calarem de vez pediram pareceres a entidades institucionais.
O presidente e os seus sequazes gozaram o pagode, tomando Sandra Fortuna por pateta.
Só que a vida traz surpresas: a tenacidade da Sandra não foi em vão porque os pareceres chegaram e eram peremptórios, indicando que as votações foram irregulares e todos os actos praticados eram anuláveis.
A demissão de Joaquim Ricardo é pois uma vitória política da jovem vereadora socialista, que se afirma como uma política corajosa, cuja força deve ser incentivada.
Paulo Leitão Batista
O presidente da câmara, António Robalo, encontrou há alguns meses uma solução de estabilidade política para o executivo. Chegou lá com certa morosidade e tem avançado por caminhos erráticos, de avanços e recuos, de batidas no cravo e na ferradura, mas é certo ter condições para executar o seu programa.
Compreendo perfeitamente a lógica do acordo com Joaquim Ricardo, o vereador do MPT, dando-lhe um lugar de vereador em funções permanentes e ainda o malogrado cargo de presidente da Sabugal+. O lugar na empresa municipal era o garante absoluto de que Joaquim Ricardo lhe seria fiel, secundando-o nas votações e colocando de lado sinais de independência numa ou outra matéria.
Entretanto o facto consumado da demissão de Joaquim Ricardo de presidente da Sabugal+, em razão de pareceres que apontam para irregularidades na eleição, trazem à memória a conduta de António Robalo para com a sua colega de executivo, a vereadora Sandra, que com ele integrava a anterior administração da Sabugal+. Escudado no acordo fechado com Joaquim Ricardo, decidiu cortar a direito, não olhando a questões éticas. Sem informar aos restantes membros do conselho de administração, António Robalo apresentou a demissão de presidente da empresa no decurso de uma reunião do executivo, considerando que esse simples acto derrubava toda a administração em funções.
A vereadora socialista, revelando-se uma verdadeira mulher de armas (fazendo aqui recordar a grande autarca e também vereadora Lucinda Pires, sua conterrânea), manifestou-se ultrajada com a atitude torpe e desleal do presidente e abandonou a reunião, dizendo que regressaria quando se passasse ao ponto seguinte da ordem de trabalhos. O outro vereador do PS seguiu-lhe as passadas e na sala ficaram apenas os três eleitos pelo PSD e o do MPT.
Risonhos e convictos da inabilidade dos socialistas, os que ficaram trataram de preencher as vacaturas dos lugares no conselho de administração da empresa, com Joaquim Ricardo a votar serenamente na eleição de um novo elenco, encabeçado por si mesmo.
Posteriormente, a vereadora Sandra Fortuna, demonstrando ser atempada e empenhada na causa pública, munida de um parecer jurídico do seu partido, defendeu que a votação fora ilegal, e que a regularidade tinha de ser reposta. Para a calarem de vez pediram pareceres a entidades institucionais.
O presidente e os seus sequazes gozaram o pagode, tomando Sandra Fortuna por pateta.
Só que a vida traz surpresas: a tenacidade da Sandra não foi em vão porque os pareceres chegaram e eram peremptórios, indicando que as votações foram irregulares e todos os actos praticados eram anuláveis.
A demissão de Joaquim Ricardo é pois uma vitória política da jovem vereadora socialista, que se afirma como uma política corajosa, cuja força deve ser incentivada.
Paulo Leitão Batista
Texto publicado pela Gazeta do Sabugal
gostei da referencia a Sandra Fortuna
ResponderEliminarEsperamos de facto que esta geração de políticos mais novos mostre outra atitude e pugnem por uma verdadeira nmudança...estamos todos fartos de politiquices que não conduziram a nada...temos tido muitas decepções e o descrédito nos políticos e na política é total e interrogamo-nos, em quem confiar?? será que vale a pena ainda ir votar?? para quê??
ResponderEliminarDêm-nos razões para continuarmos a acreditar na DEMOCRACIA, para isso há muito a fazer. Quero acreditar nesta geração que como a nossa Sandra está a dar provas. Força Sandra, não nos desiludas...mesmo que nem sempre sejam vitórias, a consciência do bem fazer e a dignidade VALEM TUDO. Os meus parabéns. AGil
Parabéns Sandra por todo o teu trabalho em prol da nossa terra. Não só no campo político, mas também no social a tua dedicação é algo que deixa qualquer casteleirense cheio de orgulho. Força amiga! Eu sei que não estás sózinha...Conta connosco! Joaquim Luís Gouveia
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