Para refrescar a memória dos já esquecidos e para conhecimento dos mais jovens deixo-vos hoje aqui uma tradição típica do Casteleiro, do dia 1 de Novembro, dito de todos os Santos.
O Dia dos Santos era considerado muito especial para a garotada da época (situemo-nos na década de sessenta).
Os padrinhos ofereciam aos seus afilhados “uma bica” – pão fabricado com uma massa especial, bem esticadinha, e untada com azeite. Bem, tinha um gosto, que deliciava pequenos e graúdos! Hoje, já não se consegue reproduzir. Acho mesmo que, nas padarias actuais, que fornecem pão ao Casteleiro, já não existe tal receita, isto a avaliar pelas imitações que neste dia a tradição ainda impõe.
Nesta manhã, os pequenos não tinham sono. Depois da visita ao padrinho, a quem pediam “a sua bênção”, rumavam em grupo, percorrendo todas as ruas da aldeia, de cesta ou bolsa na mão a pedir o “Santóro”. Batendo a todas as portas, destacando as casas mais abastadas, chamando pelos moradores, que lhes ofereciam: figos secos, castanhas, nozes…
De regresso a casa, e com as cestas mais ou menos cheias, deliciavam-se e extravasavam a sua alegria perante os restantes membros da família.
Este “Dia de todos os Santos” terminava com toda a família à volta da lareira, saboreando umas castanhinhas assadas, acompanhadas de uns copinhos de jeropiga.
O Dia dos Santos era considerado muito especial para a garotada da época (situemo-nos na década de sessenta).
Os padrinhos ofereciam aos seus afilhados “uma bica” – pão fabricado com uma massa especial, bem esticadinha, e untada com azeite. Bem, tinha um gosto, que deliciava pequenos e graúdos! Hoje, já não se consegue reproduzir. Acho mesmo que, nas padarias actuais, que fornecem pão ao Casteleiro, já não existe tal receita, isto a avaliar pelas imitações que neste dia a tradição ainda impõe.
Nesta manhã, os pequenos não tinham sono. Depois da visita ao padrinho, a quem pediam “a sua bênção”, rumavam em grupo, percorrendo todas as ruas da aldeia, de cesta ou bolsa na mão a pedir o “Santóro”. Batendo a todas as portas, destacando as casas mais abastadas, chamando pelos moradores, que lhes ofereciam: figos secos, castanhas, nozes…
De regresso a casa, e com as cestas mais ou menos cheias, deliciavam-se e extravasavam a sua alegria perante os restantes membros da família.
Este “Dia de todos os Santos” terminava com toda a família à volta da lareira, saboreando umas castanhinhas assadas, acompanhadas de uns copinhos de jeropiga.
Joaquim Gouveia
Boas,
ResponderEliminarEssa parte de percorrer as ruas não tinha conhecimento, mas ainda tive direito a umas bicas untadas de azeite muito melhores que as emitações que hoje em dia se comem, mas é melhor que nada, é uma pena perderem-se essas tradições.....
E é bom que se vão escrevendo essas tradições para dar continuidade no tempo, mesmo que não se pratiquem...