Nos idos de 70, ainda muito jovem, no início da casa dos 20, e por força das circunstâncias, fui «obrigada» a sair da terra onde nasci e sempre vivi até então.
Doeu muito.
Mas a pequenez e a falta de oportunidades levou a isso.
Como, certamente aconteceu a tantos jovens obrigados ao mesmo rumo.
Com o coração dividido, lá vou eu a caminho do desconhecido.
Lisboa, Angola, Amadora…
Mas, sempre, sempre, a alegria de cada regresso.
Ainda hoje e cada vez mais, parece.
Por essas muitas paragens, tudo era tão diferente!
As pessoas, os lugares, os cheiros, os costumes… «aquilo» não me dizia nada.
Foi com dificuldade e algumas lágrimas que me fui adaptando.
Desejava ansiosamente uma oportunidade para poder voltar e matar as saudades. Da família, dos amigos e dos lugares.
Ainda hoje, apesar da longa ausência, sinto que as minhas raízes continuam agarradas a essa terra que me viu nascer.
E é com muito agrado e algum entusiasmo que vou sabendo da evolução que tem havido de há algum tempo para cá: na Junta, no Lar e até nas ruas – é um ambiente bom que se está a criar.
É sinal de horizontes largos e de preocupação de contribuir para que o nosso «berço» se alargue e possa oferecer à população e aos jovens as condições para poderem viver no Casteleiro com a qualidade de vida que merecem.
Força e não desistam.
Boas Festas.
Texto de autoria de Dulce Mendes Martins
Doeu muito.
Mas a pequenez e a falta de oportunidades levou a isso.
Como, certamente aconteceu a tantos jovens obrigados ao mesmo rumo.
Com o coração dividido, lá vou eu a caminho do desconhecido.
Lisboa, Angola, Amadora…
Mas, sempre, sempre, a alegria de cada regresso.
Ainda hoje e cada vez mais, parece.
Por essas muitas paragens, tudo era tão diferente!
As pessoas, os lugares, os cheiros, os costumes… «aquilo» não me dizia nada.
Foi com dificuldade e algumas lágrimas que me fui adaptando.
Desejava ansiosamente uma oportunidade para poder voltar e matar as saudades. Da família, dos amigos e dos lugares.
Ainda hoje, apesar da longa ausência, sinto que as minhas raízes continuam agarradas a essa terra que me viu nascer.
E é com muito agrado e algum entusiasmo que vou sabendo da evolução que tem havido de há algum tempo para cá: na Junta, no Lar e até nas ruas – é um ambiente bom que se está a criar.
É sinal de horizontes largos e de preocupação de contribuir para que o nosso «berço» se alargue e possa oferecer à população e aos jovens as condições para poderem viver no Casteleiro com a qualidade de vida que merecem.
Força e não desistam.
Boas Festas.
Texto de autoria de Dulce Mendes Martins
A equipa do "Viver Casteleiro" saúda a primeira intervenção escrita da Dulce e formula votos para que, cada vez mais, a sua Aldeia lhe dê novos e melhores motivos para um renovado prazer aquando do regresso.
ResponderEliminarAquilo que nos agarra à terra que nos viu nascer são, sem dúvida, as pessoas, os lugares, os cheiros, os sabores...
ResponderEliminarE à medida que os anos passam vivemos tudo isto com uma intensidade ilariante! De repente apetece-nos recriar momentos de uma vida longíngua, afirmando-nos como mensageiros de um saber ancestral, com a missão de o transmitir aos mais novos.
É isto que a Dulce transporta dentro de si, cada vez que regressa ao Casteleiro, ou sempre que vem à baila uma história em que os protagonistas foram gente desta terra.
Que venha mais vezes, que recrie histórias, tradições e, porque não, a gastronomia?!Dizem os mais próximos que estas "são águas em que navega muito bem"...
JGouveia