28/10/2014
13/10/2014
Lembrando a Lucindinha - 18.06.1958 - 17.10.2007
Faz, no dia 17 de Outubro, 7 anos que a Lucindinha, esta “grande
senhora”, sempre de coração aberto para fazer o bem a toda a gente, morreu.
Mas será que morreu?!...
O aforismo, “ As pessoas não morrem, quando nos lembramos delas”,
diz-nos, porém, que, quando nos lembramos das pessoas, estas não morrem. É,
baseando-me e acreditando no sentido deste aforismo, que lhe presto esta
sentida e sincera homenagem, dedicando-lhe este pequenino poema:
“As pessoas
não morrem,
Quando nos
lembramos delas.”
Sendo assim,
A LUCINDINHA
Que o
Casteleiro imortalizou,
Não morreu,
Não,
Porque, a
toda a hora e momento,
Está no
nosso coração,
No nosso
pensamento.
Daniel Machado
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Lucinda Pires
As "Tábuas Vermelhas" de Valverdinho
A Quinta de Valverdinho é anexa
do Casteleiro desde 24 de Outubro de 1855. Outrora prazo do vínculo de Malta
foi Capelania de Caria até 1715, quando passou a curato apresentado pelos
senhores da Casa de Penedono. Todos os que ali habitavam pagavam a sua renda ao
donatário, no século XVII a João Bernardo Pereira Coutinho de Vilhena, filho de
Luís Pereira Coutinho.
Mas, como é que Luís Pereira
Coutinho, senhor da Casa de Penedono é, igualmente, senhor de Valverdinho?
![]() |
A 29 de Outubro de 1783, nascia em Valverdinho Maria, filha de Manuel António e Maria Gonçalves. Passaram quase 231 anos. |
A estória começa com o casamento
de Álvaro Rodrigues Calvo, Padroeiro de Valverdinho, com Maria Nunes de Brito.
Um dos filhos, Domingues Nunes Homem de Brito, casado com Maria Francisca
Mendes, torna-se senhor de Valverdinho. Um dos filhos deste casal, Manuel Homem
de Brito, casado com Maria Teresa Coutinho, teve uma filha, Feliciana Micaela
Pereira Coutinho que casou com Luís Pereira Coutinho, capitão-mor e senhor da
Casa de Penedono. E, assim, Valverdinho, passa a ser “apresentado” pela Casa de Penedono.
E chegamos ao “privilégio das
tábuas vermelhas” que Valverdinho usufruía exactamente por via da Casa de
Penedono. Este privilégio constava de em Valverdinho não se recrutarem soldados
nem se lançarem éguas de criação. Podemos ler: “Tem esta terra o privilégio das tábuas vermelhas por rezam de o ter o
donatário e por este motivo se não fazem nela soldados nem se lançam éguas de
criação”.
Uma curiosidade da emblemática
Quinta de Valverdinho cujo passado é rico de história e estórias.
Mas, porque tudo anda quase
sempre ligado, um irmão de Manuel Homem de Brito, referido anteriormente, de
nome José Homem de Brito casado com Maria Correia Castelo-Branco, teve uma
filha, Maria Josefa de Brito, que casou com Luís Tavares da Costa Lobo,
capitão-mor da vila de Sortelha em cujo termo era “senhor do prazo de Santo
Amaro”….
Já adivinham que há aqui outra
estória para contar…e que estória!
"Reduto", António José Marques
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reduto
08/10/2014
Marcas de um Tempo
Percorrendo algumas das ruas do nosso Casteleiro são visíveis, aqui e
ali, sinais de um tempo alicerçado em muitas vivências e histórias de vida
verdadeiramente enriquecedoras.
A velha porta da loja tem ainda bem visível o orifício que dava livre
acesso ao gatinho lá da casa bem como aos seus amigos da rua. Sinal, também, de
liberdade e de amizade para com os animais de estimação lá de casa.
As colunas graníticas, sinal de robustez e segurança, ajudam a manter
a parede da casa, enquanto o telhado, acentuadamente ondulado, já não dá
garantias de segurança no inverno que se aproxima.
A argola de ferro feita a partir do «olho de sacho», entalada entre as
duas pedras de granito, servira para prender o burro enquanto o dono
descarregava a lenha ou as sacas de feijão que era preciso guardar e preservar
das chuvas inverniças. Com a rédea ali entalada o burro mais não tinha do que
esperar que o seu dono lhe desse a ordem de soltura.
Agora, e apesar da porta já não abrir ela continua a ser a sentinela
do tempo e, o gato continua a usar a sua liberdade, como aliás sempre fez!
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
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joaquim gouveia
25/09/2014
Actividades de Verão no Lar São Salvador
Durante os meses de Julho, Agosto e Setembro os utentes do
Lar S. Salvador do Casteleiro participaram em diversos momentos de animação e
de interacção socio-cultural. Destacamos entre outras, as seguintes actividades:
Dia 25 de Julho a convite do Lar de Stª Eufémia, de
Quadrazais, os nossos utentes participaram num encontro de IPSS's que se realizou na Capela do Espírito Santo.
Almoçaram em comunidade e com espírito de alegria partilharam
cantigas tradicionais num momento de intercâmbio e de lazer recreativo,
religioso e cultural. No final da tarde e de regresso à instituição, os nossos
utentes passearam pela zona da praia fluvial de Quadrazais que muito os
encantou pela beleza própria deste local natural;


No dia 10 de Agosto realizou-se no Casteleiro a festa em honra de Stº António e, mais uma vez os nossos utentes demonstraram vontade em participar nos festejos comunitários assistindo à actuação do Grupo de Bombos, do Rancho Folclórico do Sabugal e da Banda Filarmónica da Bendada. Com sorrisos no rosto reencontraram amigos e conhecidos de outros tempos, cantaram e dançaram em ambiente festivo envolvendo-se com a comunidade local e com as suas tradições;
Os nossos utentes
realizam, sempre que possível, um passeio até ao mercado local que acontece no
dia dez de cada mês e, no mês de Agosto com a presença dos emigrantes a
transformarem e a darem “mais vida” às nossas aldeias, esta visita tornou-se
ainda mais interessante para os nossos idosos;
A 13 de Agosto o Lar S. Salvador organizou uma tarde musical
com a actuação do Grupo de Jovens Músicos de Pinhel, aberta a familiares,
amigos e toda a comunidade do Casteleiro. Foi uma tarde diferente, com muita
juventude, alegria e bons sons musicais que alegraram todos nós;
No mesmo mês de Agosto, outra actividade em destaque foi a
visualização, com recurso a um projector e tela, de fotografias de eventos em
que os nossos utentes participaram e actividades por eles realizadas.


Esta visualização destinou-se principalmente aos familiares e amigos que durante o ano residem noutros locais e que não têm oportunidade de acompanharem por perto as diversas actividades socioculturais que a instituição desenvolve. Estes familiares foram, também, presenteados com uma pequena lembrança individual elaborada pelos nossos idosos;
Um dos projectos em destaque foi a implementação, na parte
lateral da instituição, de uma Horta Biológica, recreativa e educativa, composta
neste momento por vários tipos de couves e de algumas árvores de fruto. Este
projecto pretende envolver os nossos utentes e a sua relação com a agricultura,
impulsionando-os à mobilidade física e ao contacto com a natureza. A adesão tem
sido muito boa e todos estão empenhados em possuirmos uma horta bem cuidada.


Tendo em conta que as colaboradoras do Lar S. Salvador, pelo seu empenho profissional e pela dedicação que prestam aos nossos utentes, merecem também ser premiadas, entendeu a Direcção do Lar, à semelhança do ano anterior, organizar um dia diferente e promover um passeio de confraternização a Arouca. Este passeio decorreu no passado dia 6 de Setembro, com uma visita ao Convento e à zona envolvente deste. Já no regresso houve ainda a oportunidade de visitar a cidade de Aveiro, junto à ria.
Neste passeio contámos com a colaboração, no transporte, da
Câmara Municipaldo Sabugal, a quem agradecemos em especial ao Sr. Motorista
que nos brindou com a sua boa disposição durante a viagem.
A Direcção do Lar São Salvador
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lar
17/09/2014
Hoje há Circo!
Era assim que o cartaz colocado sobre a sinalética, no largo
de S. Francisco, anunciava o espetáculo de circo para a noite de sábado
passado.
Estrada a baixo
estrada a cima, um som estridente saía de uns altifalantes colocados sobre o tejadilho
da furgoneta que, de nova, apenas tinha o condutor.
Respondendo a este som
inconveniente, e lá bem do alto da torre, o sino da igreja batia as seis
badaladas, prenúncio de mais um dia que estava a terminar. Com o cair da tarde,
aproximavam-se do povo rostos cansados, enrugados pelos anos e pelas agruras da
vida.
Entretanto, no largo de
S. Francisco, tudo estava preparado para o espetáculo da noite.
As cadeiras vazias
aguardavam pelo chamamento sonoro que inundou as ruas desertas do Casteleiro.
Enquanto isso, o dono
do circo escolheu o belo banco de madeira que, diariamente, se abriga por
debaixo das frondosas árvores do largo, fazendo contas a uma vida povoada de
ilusões, em que o próximo desafio é sempre o dia seguinte.
Para estes semeadores
de ilusões e de sorrisos contagiantes, mesmo quando a vida lhes vira as costas,
vai a minha singular homenagem!
Nota 1
É de elementar justiça
lembrar, aqui, Delfim Paixão – eterno comediante, de um tempo já longínquo, que
fez do Casteleiro o seu verdadeiro porto de abrigo.
Morava nos
“Italianos”- antiga separadora de minério, à guarda, na altura, de Joaquim
Pedro.
Hoje já não há
“italianos”; Delfim partiu definitivamente. Enquanto isso, a magia contagiante
do circo continua a levar alegria e boa disposição, mesmo às aldeias
solitárias, espalhadas por este interior, tão distante de Lisboa…
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
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circo
14/09/2014
Bigamia: cinco anos de degredo nas galés e açoitado publicamente
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Assento de Baptismo de Manuel Gonçalves |
Fez agora uma ano publiquei aqui, no Viver Casteleiro,
um texto sobre um nosso conterrâneo,
Manuel Gonçalves, um cristão-novo acusado de bigamia.
Agora, por gentileza da GenRegis é possível publicar o seu assento de
baptismo realizado a 30 de Janeiro de 1683 e também a assento do primeiro
casamento com Isabel Mendes, filha de João Mendes Antunes e Inês. O pároco de
então era Manuel João Pinto da Fonseca.
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Assento de Casamento de Manuel Gonçalves |
Deixei em aberto, quando escrevi a estória, a sentença de Manuel Gonçalves
que, entretanto, tinha casado com Catarina Giraldes ainda era viva a sua
primeira mulher.
Pois, caros amigos, a sentença de 26 de Julho de 1711 foi
exemplar: degredo por cinco anos para as galés, penitências espirituais,
pagamento de custas e ser açoitado publicamente. É obra…
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Estudos
09/09/2014
Com sua licença, o porquinho!
Agora jaz, abandonada, encostada à parede da pocilga onde outrora
albergava, com sua licença, o porquinho.
É uma pia igual a tantas outras, não fosse ela portadora de estórias de magrezas e abastanças inigualáveis. Escavada na dureza do granito da serra da vila, ela serviu, viandas sem fim, às porcas parideiras que por ali habitaram, bem como aos lustrosos porcos que serviriam de sustento, durante todo ano, às pessoas lá de casa.
Agora que as viandas se tornam inúteis porque o porco já ali não habita, e as pessoas que lhes davam vida irão continuar ausentes, a pia permanece intacta como que desafiando as agruras do tempo e completamente disponível para outras funções. Quem sabe, um dia, para servir de floreira num qualquer jardim desta aldeia situada, paredes meias, entre as duras rochas graníticas da serra d'Opa, cabeço pelado, serra da vila e os terrenos férteis dos seus vales...castelões, estrada velha, Santo Amaro ...
Enquanto isso não acontecer esta pia, granítica, continuará imóvel como firme sentinela de um tempo com muitas estórias ainda por contar.
É uma pia igual a tantas outras, não fosse ela portadora de estórias de magrezas e abastanças inigualáveis. Escavada na dureza do granito da serra da vila, ela serviu, viandas sem fim, às porcas parideiras que por ali habitaram, bem como aos lustrosos porcos que serviriam de sustento, durante todo ano, às pessoas lá de casa.
Agora que as viandas se tornam inúteis porque o porco já ali não habita, e as pessoas que lhes davam vida irão continuar ausentes, a pia permanece intacta como que desafiando as agruras do tempo e completamente disponível para outras funções. Quem sabe, um dia, para servir de floreira num qualquer jardim desta aldeia situada, paredes meias, entre as duras rochas graníticas da serra d'Opa, cabeço pelado, serra da vila e os terrenos férteis dos seus vales...castelões, estrada velha, Santo Amaro ...
Enquanto isso não acontecer esta pia, granítica, continuará imóvel como firme sentinela de um tempo com muitas estórias ainda por contar.
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
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joaquim gouveia
04/09/2014
Sinais...
Num tempo em que muito se fala de planeamento estratégico no
concelho do Sabugal nós, no Casteleiro, procuramos com os escassos meios à
nossa disposição, olhar o futuro com confiança. As sementes que transportamos
são mínimas: vontade, ambição, amor à terra e uma desmedida crença de que é
possível.
Sabemos, o passado assim o atesta, que ninguém virá aqui dar
absolutamente nada de mão beijada. Temos que ser nós a semear com as alfaias
que são as nossas. Mas estamos atentos a encontrar as âncoras que forem
disponibilizadas aqui ou acolá. Prova disso são alguns projectos candidatados e
realizados com recurso a fundos europeus.
Travar a desertificação é o nosso combate. Não é uma tarefa
fácil E uma pequena Junta de Freguesia não tem meios, financeiros, de decisão e
escala para mudar os indicadores que, todos os dias, parecem indicar um caminho
de não retorno.
Porém, a palavra de ordem é não desistir! As casas, as ruas e
os largos que os nossos antepassados nos legaram podem hoje não ter gente. Mas
isso só nos motiva a prosseguir com mais determinação e confiança.
O primeiro curso “Saúde do Viajante” vai inaugurar este ciclo
já nos próximos dias 26 e 27 de Setembro. Esperamos que esta parceria produza
bons frutos e seja o início de um caminho que abra novos horizontes.
São sinais….
António José Marques
Presidente da Junta de Freguesia de Casteleiro
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ubi
27/08/2014
Almoço/Convívio do Centro de Animação Cultural
O
almoço/convívio do Centro Cultural do Casteleiro, continuando a ser tradição,
realizou-se, uma vez mais, no Domingo seguinte após a Festa de Santo António,
dia 17 de Agosto, no salão do referido Centro Cultural.
Conversa
para aqui, conversa para ali do muito que havia para falar, veio a sobremesa de
queijo, melão e, mais ainda, três dedos de conversa.
Por
fim, com um até para o ano, um merecido agradecimento à Direcção do Centro de
Animação Cultural do Casteleiro, bem como a todos os colaboradores na confecção
do saboroso e apetitoso almoço, contribuindo assim para um salutar e agradável
almoço/convívio.
Daniel Machado
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cacc
19/08/2014
O Sagrado e o Profano
Quando hoje falamos de Festa, estamos a falar da festa
popular. Durkheim, sobre o fenómeno festivo, afirmava: ”Não pode haver sociedade
que não sinta a necessidade de conservar e reafirmar, a intervalos regulares,
os sentimentos e ideias colectivas que lhe proporcionam a sua unidade e
personalidade”.
A raiz religiosa da Festa é, por outro lado, um facto histórico.
E a evolução da Festa é indissociável da evolução religiosa ao longo dos tempos.
Se em séculos passados as festas cristãs coincidam com as festas pagãs,
fortalecendo a cultura religiosa, hoje o tempo criou novos laços, novas
fronteiras. A sociedade de hoje organiza-se muito para além da sua componente
religiosa ou litúrgica. É uma nova organização do exercício do poder onde o
elemento religioso obviamente continua presente.
Na antiga Roma a procissão começava no Capitólio, atravessava
o Fórum e terminava no Circo, onde tinham lugar os jogos, uma arena de entretenimento.
Hoje o percurso da procissão é escolhido pelo povo e remonta à tradição e à
memória. E é esse povo que transporta os “seus” santos, numa manifestação de fé
ancestral. Ninguém tem poder ou capacidade para alterar este facto. E se alguém
pensa que tem esse poder, está profundamente enganado. O passado assim nos
ensina.
No nosso tempo, o sagrado e o profano estão bem definidos.
Não se atropelam, nenhum deles se sobrepõe ao outro, convivem diariamente com
ética e, sobretudo, devem fazê-lo com bom senso.
Citando Rousseau: “Plantai no meio de uma praça um poste
coroado de flores, juntai aí o povo e tereis uma festa”. Porque é o povo que
faz, organiza e vive a “sua” festa.
"Reduto", António José Marques
12/08/2014
Festa de Santo António - Polémica em torno da Procissão
Não vai longe o tempo em que, com muita antecedência, os
santos que fazem parte do património religioso do Casteleiro, eram cuidadosamente
preparados de modo a acompanhar Santo António durante a procissão no seu dia de
festa, sinal de reconhecimento e ação de graças de todos os paroquianos. Sim,
digo cuidadosamente, porque se é dia festa, então é para todos! Foi assim que o
povo sempre entendeu. Para além de bem lavadinhos, exibiam as suas vestes
festivas, algumas delas feitas de propósito para esse dia.
Da festa constava a procissão com o tradicional cortejo de
oferendas. Composto por produtos da terra ou animais ali criados era, também,
um momento alto da festa de Santo António que, uma vez terminada a procissão e,
num palco improvisado, junto à torre da igreja tinha lugar, de imediato, a
tradicional “arrematação de ofertas”. Pequenos e graúdos só arredavam dali para
o almoço, depois de verem arrematada a última oferta!
Vem isto a (des)propósito do mau estar vivido ontem – dia de
festa na aldeia – motivado por uma postura algo anormal do atual pároco –
ministro de Deus – que há cerca de um ano o senhor bispo da Guarda ali
colocara.
Vamos por partes:
a) O
povo do Casteleiro já deu provas, ao longo da sua história, de ser ordeiro,
respeitador dos valores da igreja, bem como dos seus pastores, para ali
designados. A prová-lo estão os três últimos párocos: dois deles estiveram
várias décadas à frente da paróquia e o último, até este resignar, depois de meia
dúzia de anos ao serviço desta comunidade;
b) A
festa em honra de Santo António, para além de chamar à terra todos aqueles que
procuram lá fora melhores condições de vida, representa um ponto alto de
agradecimento e ação de graças pelo bom ano agrícola ou pela proteção dos
animais, forte contributo nas economias familiares;
c) Pelo
respeito que os santos lhes merecem, o povo soube sempre organizar-se de modo a
que neste dia de festa de Santo António, todos pudessem participar na
tradicional procissão e aí serem venerados, cumprindo assim as promessas feitas
ao longo do ano;
d) Contrariar
estes princípios é estar contra a vontade e fé das pessoas;
e) Contrariar
estes princípios é uma forma estranha de exercer o magistério.
Não me parece correta
esta forma de interagir com este povo, maioritariamente envelhecido, mas com
uma forte vontade de continuar a festejar com os santos da sua devoção.
Será que o atual
pároco, empedernido da sua juventude, tem dificuldade em perceber que, nunca
conseguirá fazer bem o seu trabalho senão perceber o seu povo e, com ele,
traçar o melhor caminho?
Como poderá o pastor
“conduzir” o seu rebanho de uma forma calma e serena, se o cajado que
transporta em vez de lhe servir de suporte e amparo, serve, para exercer a sua
força, mesmo perante aquelas ovelhas com grandes dificuldades em percorrer o
caminho, do bardo até à pastagem?
Deixaria apenas uma
afirmação, indispensável ao exercício de qualquer profissão: Só o homem tem a
capacidade de fazer, errar, refletir e melhorar!
Reconhecer o erro é uma
virtude; é um ato de sensatez!
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
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06/08/2014
Passeio equestre por terras de Casteleiro
É já no próximo dia 10 de Agosto que se realiza o 4º Passeio Equestre do Casteleiro. Uma iniciativa de um grupo de casteleirenses que conta com o apoio da Junta de Freguesia.
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19/07/2014
10/07/2014
Primeiros resultados do projecto de vigilância da saúde da população de Casteleiro
Os primeiros dados do
projeto de vigilância da saúde dos habitantes da freguesia de Casteleiro, no
concelho do Sabugal, indicam que entre 80 a 90% dos idosos têm problemas de
audição, visão e dentição, foi hoje revelado.
"Nestes dados
preliminares surgiram-nos essencialmente três coisas em relação à qualidade de
vida dos idosos, das pessoas com mais de 65 anos. Todos eles têm uma de três
coisas: ou ouvem mal, ou veem mal ou têm deficiência de peças dentárias, não
têm dentes", disse à agência Lusa o coordenador do estudo, João Luís
Baptista, professor na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã.

O estudo, iniciado em
abril, também envolve a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, a Direção Geral
de Saúde, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e o Centro de
Investigação em Saúde Comunitária, entre outras entidades.
O projeto pioneiro
realizado junto da população daquela freguesia do Sabugal vai permitir
acompanhar a saúde dos habitantes e disponibilizar uma base de dados para
trabalhos científicos.
Tendo em conta os
resultados preliminares, o seu coordenador está a acertar com a Câmara
Municipal do Sabugal e com a ULS da Guarda "um eventual programa de ajuda
a estas pessoas mais idosas, no sentido de lhes dar melhor qualidade de
vida".
"Nós temos uma
percentagem muito elevada, entre os 80 a 90% das pessoas com mais de 65 anos,
que têm pelo menos um destes problemas: audição, visão e dentição. Seria de
todo conveniente que juntamente com a UBI, a administração local e depois a
ULS, nós pudéssemos ajudar estas pessoas neste sentido de melhorarem a sua
qualidade de vida, pelo menos numa destas coisas", admitiu.
João Luís Baptista disse
que já teve uma primeira abordagem com o presidente da Câmara Municipal do
Sabugal e com o diretor da ULS da Guarda e "ambos concordaram" com a
sugestão.
A aplicação do SVD incluiu
o levantamento demográfico, da pré-diabetes, da doença pulmonar obstrutiva
crónica e de indicadores do ambiente, além do perfil de saúde dos habitantes da
freguesia.
Na primeira fase dos
trabalhos, foi realizado um inquérito, porta a porta, por alunos da Faculdade
de Medicina da UBI, que incluiu a georreferenciação das casas e a anotação de
informações sobre a saúde de quem lá habita.
João Luís Baptista disse à
Lusa que os trabalhos no terreno estão terminados, faltando apenas a realização
de um exame de espirometria, por cerca de 30 pessoas, no hospital da Guarda.
O responsável prevê que o
"coorte" do Casteleiro fique finalizado em setembro e que o relatório
final possa ser conhecido em outubro.
(LUSA)
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projectos
04/07/2014
Lar de S. Salvador com grande actividade
Com o início do mês de Junho, dia 1,
os utentes das valências de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Centro
de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário
deslocaram-se à povoação da Benquerença para aí participarem na festa
religiosa em honra da Nossa Senhora da Quebrada. Visitaram a capela, onde em
silêncio puderam reflectir e elevar a sua devoção.
Houve tempo, ainda, para assistir à
actuação da Banda Filarmónica e para participarem num baile tradicional, onde
conviveram com a comunidade local.
Na semana seguinte, a 9 de Junho, foi
a vez de visitarem o Santuário da Senhora da Póvoa.
Este passeio, tradicional e que se
repete ao longo dos anos tem como principal finalidade procurar que os nossos
utentes, apesar da institucionalização, continuem ligados às tradições locais
nas quais participavam.
Pelas 10h:30 min puderam assistir à
Procissão seguida da Missa no altar do recinto.
A interacção com as outras IPSS's da
região e com a comunidade local foi uma constante durante todo o dia. O almoço
e a merenda foi partilhada com os outros utentes que se encontravam junto de
nós, no recinto do Santuário.
Foi notória a alegria dos utentes, em
reviver todas as lembranças que a romaria da Senhora da Póvoa lhes traz, como é
possível comprovar pelas fotografias que se apresentam a seguir.
Não esquecendo os Santos Populares,
festejou-se na nossa instituição o dia de S. João que teve início com um
tradicional convívio entre todos os utentes e colaboradores, onde não faltou a
sardinha assada.
A tarde foi animada com a presença do
músico Alexandre Almeida que, em acústico, relembrou cantigas tradicionais
portuguesas.
Algumas utentes mais desinibidas
foram acompanhando as letras das músicas com grande entusiasmo.
Para finalizar fica o registo que, junto de alguns utentes
recolhemos de quadras dos Santos Populares:
Trazei-me
um S. Joaozinho
Se
não puder ser um grande
Trazei-me
um pequenino”
De
folha recortada
Diz-me
lá menina
Se
estás bem casada.”
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lar
30/06/2014
26/06/2014
22/06/2014
As nascentes das "Águas Radium"




A foto publicada como
desafio aos leitores é de uma dessas nascentes. As três nascentes situam-se bem
longe do “castelo”, por caminhos sinuosos a cerca de 40 minutos de distância.
Para lá chegar foi necessário desmatar a maior parte do percurso. Uma visita
para colher amostras da água, acompanhada pelo proprietário e por elementos da
Junta de Freguesia. O local, de difícil acesso, será desconhecido da grande
maioria. As fotos que publicamos poderão mesmo ser as primeiras daquelas
nascentes.
Curiosamente, hoje, 22
de Junho, faz 71 anos que o Diário do Governo, por decisão do Ministério da
Economia de 17 de Junho, autorizava a Sociedade Termas Radium, concessionária
das nascentes Chão da Pena, Favacal e Malhada a utilizar a designação “Termas
Radium” e “Água Radium” e a aprovar o rótulo para o vasilhame.
Recorda-se que a concessão
das nascentes havia já sido publicada a 10 de Janeiro e 22 de Agosto de 1922.
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