05/03/2014

Vedor


Eu não sei explicar. Mas que os antigos sabiam muitas coisas, não tenho dúvidas. O mais incrível é que a maioria nem ia à escola! Aprendiam com as leis da natureza.
Pura sapiência!
Já pensou na quantidade de poços espalhados pelas várias parcelas de terreno do Casteleiro, todos eles pesquisados por este método ancestral?!
Não sei se algum dos leitores deste blog já viu um vedor a trabalhar…É uma coisa impressionante que desafia a credibilidade, a imaginação e até, por ventura, o simples senso comum.
Se ainda não viram não sabem o que perdem.
O homem pega num raminho, usualmente de salgueiro, tira-lhe as folhas até ficar uma simples varinha, segura-o de determinada maneira, e começa a andar pelo terreno fora…
Depois, com um pouco de sorte para o dono do terreno e para si próprio, a vara começa a torcer-se, forte sinal de que “Há água”!
Eu já experimentei, mas comigo não dá!
A figura casteleirense de que tenho vaga recordação: Chamava-se Joaquim, tendo Barbas como apelido. Morava para os lados do “Ribeirinho”. Seus filhos (Zé Nabais, Tó Nabais, Carlos Nabais e Maria Nabais) e netos residem no Casteleiro e são defensores acérrimos desta que os viu nascer.
 

 
 
 
 
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
 
 
 
 

2 comentários :

  1. Bem-haja pela partilha de informação! Não fazia ideia, nem nunca tinha pensado nisto. Coisas tão simples que nos dias de hoje são impensáveis!!

    Carolina Gonçalves

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  2. Olá Carolina!

    Fico satisfeito por saber que estes saberes ancestrais estão a encontrar eco na geração atual. É esta passagem de testemunho que garante a das nossas estórias e o prolongamento da nossa História.
    É neste processo, também formativo, que tem cabimento este meu contributo, através das crónicas que assino no espaço deste blogue "A MINHA RUA"

    Cumprimentos

    Joaquim Luís Gouveia

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