Todas as memórias aqui faladas e descritas são feitas por pessoas da idade dos meus pais Casteleirenses de gema.
Então e as memórias dos seus progenitores? Nascidos em terras onde lhes davam empregos ou onde “tinha calhado” comprar casa ali e ali viver.
Os filhos de filhos casteleirenses também têm muito boas recordações….
Todas as férias eram passadas no Casteleiro.
Juntamente com as primas, umas que lá viviam, outras da “cidade” como eu, que iam de férias também, para casa das avós.
Fui criada na cidade com a minha avó Aurélia, mas assim que tinha férias da escola lá íamos as duas na “Carreira” ou no comboio rumo ao Casteleiro.
A época que eu mais gostava era do Natal!
O Natal era passado em casa da minha tia Zulmira Cameira.
A Tia Zulmira! Que faz um arroz doce “divinal”…Tudo lá em casa era “diferente”…. O cheiro do estrume das vacas que vinha da loja….o cheiro a lume da lareira…os gatos, os cães que pareciam falar, o “marrano” lá no seu curral….até o leite acabado de ordenhar, que bebia ainda quente….
E O PINHEIRO do Natal!
Vésperas de Natal, nós, as primas, íamos em busca do pinheiro e do musgo. O Pinheiro era cortado com um malho e trazido para casa a arrastar. Como era pesado! Ou então trazíamo-lo no carro das vacas (o que nos dava uma grande ajuda!)
No dia 24 de Dezembro depois de jantar lá íamos dar uma “espreitada” até ao Madeiro…que coisa maravilhosa! Um lume Grande! Uma lareira Gigante! Como eu adorava aquilo….
Dia de Natal quando acordávamos ia-mos ver as nossas botas…e…. cheia de rebuçados….juntamente com uma moedinha….
Na casa da Avó Maria gostava de ver matar o porco e cortar a carne para fazer as “chouriças” naquela tábua com um prego no meio. A seguir encher a tripa do porco com as febras e dava á minha avó para as atar.
No verão….ainda apanhava o último dia de aulas da minha prima Isabel…então aquele dia era dia de ir para a escola com ela…que bom!
Piolhos, carraças, amigdalites…. Tive direito a tudo….:)
As festas de Verão… os bailaricos onde dançávamos a noite toda e ao fim da noite ir descalça para casa, pela rua da Estrada, onde o alcatrão ainda queimava os pés àquela hora da noite…
Os “banhos” de piscina (feitos no lagar da avó Etelvina) enchidos à mangueira, até termos água pelos joelhos…
As idas ao chafariz das duas Bicas buscar água nos jarros azuis....e passa-los para os potes de barro que estavam na cantareira….
Os jantares no “balcão” da Avó Maria, e cada vez que o sino dava horas, tudo tinha de se calar….tal era o som ensurdecedor....
Lavar a roupa na ribeira, transportada em “banheiras” grandes, e corá-la na relva ao sol, com sabão de “potaça”… “banheiras” tão grandes, que tomava-mos banho nelas…ao Domingo!
Andar na “burra” da minha Bisavó (Etelvina), fazer a vindima na “serra” no carro das vacas….ser picada por abelhas…e por fim pisar as uvas já no lagar…
Enfim….recordações de “meninas” da cidade que aos 37 anos recordam como se tivesse sido no Verão passado….
Então e as memórias dos seus progenitores? Nascidos em terras onde lhes davam empregos ou onde “tinha calhado” comprar casa ali e ali viver.
Os filhos de filhos casteleirenses também têm muito boas recordações….
Todas as férias eram passadas no Casteleiro.
Juntamente com as primas, umas que lá viviam, outras da “cidade” como eu, que iam de férias também, para casa das avós.
Fui criada na cidade com a minha avó Aurélia, mas assim que tinha férias da escola lá íamos as duas na “Carreira” ou no comboio rumo ao Casteleiro.
A época que eu mais gostava era do Natal!
O Natal era passado em casa da minha tia Zulmira Cameira.
A Tia Zulmira! Que faz um arroz doce “divinal”…Tudo lá em casa era “diferente”…. O cheiro do estrume das vacas que vinha da loja….o cheiro a lume da lareira…os gatos, os cães que pareciam falar, o “marrano” lá no seu curral….até o leite acabado de ordenhar, que bebia ainda quente….
E O PINHEIRO do Natal!
Vésperas de Natal, nós, as primas, íamos em busca do pinheiro e do musgo. O Pinheiro era cortado com um malho e trazido para casa a arrastar. Como era pesado! Ou então trazíamo-lo no carro das vacas (o que nos dava uma grande ajuda!)
No dia 24 de Dezembro depois de jantar lá íamos dar uma “espreitada” até ao Madeiro…que coisa maravilhosa! Um lume Grande! Uma lareira Gigante! Como eu adorava aquilo….
Dia de Natal quando acordávamos ia-mos ver as nossas botas…e…. cheia de rebuçados….juntamente com uma moedinha….
Na casa da Avó Maria gostava de ver matar o porco e cortar a carne para fazer as “chouriças” naquela tábua com um prego no meio. A seguir encher a tripa do porco com as febras e dava á minha avó para as atar.
No verão….ainda apanhava o último dia de aulas da minha prima Isabel…então aquele dia era dia de ir para a escola com ela…que bom!
Piolhos, carraças, amigdalites…. Tive direito a tudo….:)
As festas de Verão… os bailaricos onde dançávamos a noite toda e ao fim da noite ir descalça para casa, pela rua da Estrada, onde o alcatrão ainda queimava os pés àquela hora da noite…
Os “banhos” de piscina (feitos no lagar da avó Etelvina) enchidos à mangueira, até termos água pelos joelhos…
As idas ao chafariz das duas Bicas buscar água nos jarros azuis....e passa-los para os potes de barro que estavam na cantareira….
Os jantares no “balcão” da Avó Maria, e cada vez que o sino dava horas, tudo tinha de se calar….tal era o som ensurdecedor....
Lavar a roupa na ribeira, transportada em “banheiras” grandes, e corá-la na relva ao sol, com sabão de “potaça”… “banheiras” tão grandes, que tomava-mos banho nelas…ao Domingo!
Andar na “burra” da minha Bisavó (Etelvina), fazer a vindima na “serra” no carro das vacas….ser picada por abelhas…e por fim pisar as uvas já no lagar…
Enfim….recordações de “meninas” da cidade que aos 37 anos recordam como se tivesse sido no Verão passado….
Texto de autoria de Susana Leitão
Gostei de ver,gosto de gente que mexe, interventida.Assim dá-se vida ao blogue.È preciso dar a conhecer o que vivemos,e ter orgulho do ontem que já aqui referi.Todas essas vivências são boas recordações e que nos enriqueceram. Continue, aguardo.maria dulce martins
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