14/07/2013

Bruxa e Feiticeira...


Em 1716, o Casteleiro teria uma população muito próxima da actual. Cerca de 400 habitantes. Certamente, a agricultura era a sua principal ocupação. Gente humilde, pobre, a exemplo do resto do país rural. Isto, enquanto em Lisboa a corte de D. João V era das mais ricas da europa graças ao ouro que chegava do Brasil. O luxo e a opulência rivalizavam com as dificuldades do povo com inúmeros impostos para pagar. A Inquisição estava no seu auge, com autos de fé transformados em verdadeiros espectáculos no Terreiro do Paço, em Lisboa.
No Casteleiro rural, uma mulher de 70 anos era acusada de bruxaria. Feitiços testemunhados pelos seus conterrâneos que levaram à sua denúncia ao Capitão-Mor de Sortelha.
Chamava-se Leonor Fernandes, era viúva de Sebastião Fernandes Gázio, natural e moradora no Casteleiro.
O processo, extenso, descreve os feitiços, as bruxarias como, por exemplo, “dar e tirar saúde a criaturas”. As inúmeras testemunhas dão os seus nomes  e “contam” tudo. Quem eram, o que viram, o que aconteceu a esta nossa conterrânea? Uma estória real que teve lugar há cerca de 300 anos.
Uma estória que terá que ser estudada e revelada…






"Reduto", crónica de António José Marques



1 comentário :

  1. Boa noite
    Seria possivel publicar a lista com os nomes das familias?
    Isso é história...

    Obrigada
    Helena Cariano

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