Ano após ano, o Natal traz à memória de todos nós, histórias de tempos passados onde o ritual do madeiro, das filhoses, dos doces…se repete como se o passado, às vezes já longínquo, tivesse sido um dia destes.
É verdade que, quem na noite de Natal confraternizou com amigos…gente que “regressou às origens” neste curto fim de semana, aquecidos pelo eloquente madeiro que ocupava o centro da praça, por certo não passou frio, muito menos esqueceu as brincadeiras – algumas rodeadas de grandes malandrices dos mais velhos - com que a garotada da época se entretinha nessa noite, tão diferente de todas as outras.
Os maços de madeira que todas as crianças gostavam de exibir nessa noite, para brincarem junto ao madeiro, retirando brasas do grande lume e fazendo um rebentamento, como de bombas se tratasse, às vezes nem chegavam a ser estreados, pois antes, tinham de ir caldear no enorme lume, que aquecia o Menino Jesus. Claro que o maço nunca mais era visto porque era queimado imediatamente pela rapaziada mais velha. Para estas crianças, terminava ali a festa e começava o choro. Hoje, as crianças (em menor número…) continuam a ir ao madeiro, levar o maço e divertirem-se, de uma forma pacífica e divertida. Os adultos assistem e aplaudem. Ainda bem que a atitude aqui mudou!
No percurso até este espaço mágico, o cheiro do azeite, misturado com filhoses invade, por completo as ruas, singularmente povoadas e a mente de quem sempre viveu este espírito de Natal na aldeia.
Vamos continuar a manter viva esta tradição natalícia, que assume o seu pleno sabor, neste nosso Casteleiro.
Oxalá estes cheiros e estas tradições persistam de modo a que as gerações futuras as consigam preservar e projetar nos tempos futuros.
BOM NATAL
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