19/10/2016

Passado e Presente



Todos os casteleirenses conhecem o local. Todos por aqui passaram centenas de vezes. Esta foto, que me chegou por mão amiga mas que se desconhece o seu autor ou data, depois de inquirições a alguns dos nossos seniores, poderá ter sido obtida na década de cinquenta do século passado. A outra foto, exactamente do mesmo ângulo, foi tirada ontem, 18 de outubro.
Dizia o poeta que “onde não estamos é que estamos bem. Já não estamos no passado, e então ele parece-nos belíssimo”. Acrescento eu, neste caso, que não parece, é belo.
Mas estas duas fotos transportam-nos para a realidade do presente. Ouvi há alguns meses, numa aldeia do concelho, alguém referir “aqui, onde a estrada acaba”. No Casteleiro a estrada não acaba, a aldeia é atravessada em todo a sua extensão por uma estrada nacional. Mas é uma estrada que tem servido para levar gente. Hoje a população é menor que no século XVI. As casas foram recuperadas, novas e muitas se construíram. Mas não estão habitadas.
Contudo, o Casteleiro é a mais bela aldeia. Sempre foi. Porque é a nossa. E quando olhamos uma foto que nos faz recuar no tempo, as certezas são maiores e a energia para olhar o futuro ganha força e vigor.






"Reduto", crónica de António José Marques




Sem comentários :

Enviar um comentário