Chegado o Outono, as “jovens” árvores da Sala de
visitas do Casteleiro, no Largo de S. Francisco (Terreiro de S. Francisco), de
folhas verdes, verdejantes, que o homem plantou e Mão Divina, com a Sua
infinita arte de bem pintar, pintou, com uma matizada e deslumbrante mistura de
multicolores, num lindo quadro que, por algum tempo, para gáudio e encanto a
nossos olhos se deparou e que, agora, aqui poderá ser visto também, diremos:
Que lindo quadro!...
Em contraste, no Inverno, porém,
as folhas multicolores que, no Inverno, foram envelhecendo e uma a uma caindo
no chão, onde calcadas e recalcadas são, morrendo, deixando a nu e ao frio,
tão-somente os troncos e os braços dessas mesmas árvores que, ao deliciarem-nos
antes com um lindo quadro de uma beleza rara, bem diferentes agora, abaixo se
apresentam retratados e, por analogia, algo de semelhante poderemos verificar
no ser humano, conforme o poema que a seguir transcrevemos:
Enquanto uma a uma
Já amarelecidas
E tocadas pelo vento,
Tristes e desiludidas,
Das árvores
As folhas vão caindo
Que calcadas
E recalcadas,
No chão
Vão jazendo
E, com resignação,
Morrendo,
Um a um,
Os anos vão passando
Que, calcados
E recalcados,
Vão aumentando,
E, quando formos velhinhos,
Doentes e a sofrer,
Como as folhas,
Acabamos por morrer.
Que lindo quadro e que belas palavras, Daniel. Toda a emoção de ser Casteleirense. Obrigada e um beijinho. Tálinha.
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