Estamos em Dezembro
de 1832. D. Miguel I, filho de D. João VI, era Rei de Portugal mas em luta com
seu irmão D.Pedro. Guerra civil entre miguelistas e pedristas, absolutistas e
liberais. Por este tempo, 1832, D.Pedro tinha já reunido em Inglaterra uma
força de sete mil soldados para lutar contra o seu irmão e defender o partido
liberal. D. Miguel perdeu esta guerra e o seu reinado viria a terminar a 26 de
Maio de 1834.
No nosso Casteleiro
de há cerca de 180 anos, com perto de 550 habitantes, a vida diária decorria de
sol a sol a trabalhar a terra. Como sempre. E por isso, em tempo de guerra,
quando chamados a contribuir para o exército “de sua majestade”, deram o que
mais tinham: milho.
A “Gazeta de Lisboa”
de 5 de Janeiro de 1833 relata essas ofertas.
“O Cura José Augusto
Cameira e Joaquim Pinto de Oliveira, dois alqueires de milho cada um.
Manoel Martins da
Costa 1 e meio do dito. José Fernandes Mendes, Manoel da Fonseca, Manoel Mendes
Esteves e Luis Baptista, 1 dito dito cada um. Felix Mendes, Manoel Gomes, José
Caetano Esteves, António Cameira, Francisco Pereira, Manoel Louro e José
António de Sequeira, em módicas quantidades 3 alqueires e 1 quarta de milho.”
O Casteleiro, no
total, contribuiu com perto de 13 alqueires de milho.
Factos e
curiosidades da nossa Aldeia!
"Reduto", crónica de António José Marques
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