27/05/2015

Festa da Caça no Casteleiro














Decorreu, nos passados dias 2 e 3 de Maio, a 4.ª edição da “FESTA DA CAÇA” que, no dizer do Presidente da Junta de Freguesia do Casteleiro, António José Marques, é para…”animar as ruas e largos da Aldeia, “dar vida” a uma freguesia, cuja população residente diminui todos os anos” e “proporcionar uma melhor qualidade de vida nos residentes.”
Concordando plenamente com as pretensões do Presidente da Junta, nós diremos, ainda, mais, a “ FESTA DA CAÇA” é um evento que, para além de chamar a si os seus filhos e forasteiros, dando-lhes a conhecer a nossa cultura, as gentes, as potencialidades agrícolas, patrimoniais, históricas e gastronómicas, através, em especial, da conceituada “Casa da Esquila”, presente também no “Largo das Festas”, contribui também algo mais para o seu engrandecimento.












Do vasto programa, com a “Largada de Pombos”, às 9 horas, deu-se início à “ FESTA DA CAÇA”, no habitual local da Serra d’Opa, para, de seguida, às 11 horas, ser a “Abertura da Área de Exposições”, com muitas e variadas barracas e tasquinhas, no alindado e espaçoso “Largo das Festas”, onde se pôde e poderá ver e apreciar um memorável monumento aos Emigrantes.
Às 13 horas, foi a “Inauguração da Festa” com a presença das diversas entidades locais e concelhia, destacando-se as boas-vindas, dadas pelo Presidente da Junta de Freguesia, António José Marques e o pedido do Presidente da Câmara do Sabugal, Eng. António Robalo ao Presidente da Junta de Freguesia, para que…“realize a “FESTA DA CAÇA” todos os anos. É mesmo um favor que lhe peço.”











De seguida, já com o estômago a dar horas, todos os participantes e presentes foram convidados para o tradicional almoço, servido, ao ar livre, na rua ao lado do Posto Médico, de porco no espeto com arroz de feijão e enchidos, bem regado com as bebidas, à descrição. 
No palco, fomos brindados com a já bem conhecida e apreciada “Desertuna” - Tuna Académica da UBI; Espectáculo pelo Grupo “Osíris”; Danças e Cantares da Vila de Carvalho”; Teatro Infantil “O Caçador e o Pescador” que, com agrado, prendeu a atenção de todos os presentes e a actuação do Grupo “Logo se Vê.”












Como não podia deixar de ser, houve a já habitual, digna de se ver, “Exposição e demonstração de Falcoaria”, a prova de “Santo Huberto”; Caminhada “Rotas dos Casteleiros”; “Passeio Equestre”; “Tiro Virtual (Lasershot)”; “Pinturas Faciais; Moldagem de Balões; Tiro com Alvo e Insuflável”, etc…
Com música a rodos, até às tantas da noite, e a serem desarmadas as barracas e tasquinhas, assim se passaram dois dias de Festa divertidos e agradáveis, a ficar na retina e lembrança de quem a viu e viveu.
Para a Junta de Freguesia e Clube de Caça e Pesca, vão, uma vez mais, os nossos melhores agradecimentos e parabéns por mais uma “FESTA DA CAÇA” com êxito.
Até à realização da 5ª edição, assim o esperamos, força.







Daniel Machado

14/05/2015

O SERINGADOR faz 150 anos - MAIO



“Vou andando de mão em mão/E a quem da terra tira o pão/Vou seringando ao ouvido/Para pôr as mãos ao trabalho/Como se lida com o malho/ Para que seja bem batido”
Maio – 31 dias: assim chamado por ser dedicado à Bona Dea ou Maia, deusa da primavera e do crescimento.
O tempo: Brusco, com vento, chuva ou trovões.
No campo, sacham-se e limpam-se as hortas das ervas ruins e regam-se convenientemente. Cortam-se os novos rebentos das fruteiras. Vigiam-se os enxertos. Castram-se os bezerros, porcos e cordeiros. Retiram-se os estrumes dos currais e transportam-se para os campos e terras de pousio. É também neste mês que se enxofram e sulfatam as vinhas. Acrescentam-se as colmeias e juntam-se as cabras com os machos.
Semeiam-se: abóboras, feijão de trepar, pepinos, melões, cenouras e plantam-se alfaces, couves variadas, pimenteiros e tomateiros.
 
 Rifões populares do mês de MAIO:
“Maio pardo e ventoso faz o ano farto e rendoso”
“Maio ventoso, faz o ano formoso”
“O que abril deixa nado, maio deixa-o espigado”
“Maio fresco e molhado é bom prá vinha e para o prado”
 
 




"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia

12/05/2015


Realizou-se mais uma Festa da Caça no Casteleiro. A IV edição.
Os objectivos a que nos propusemos com este evento, iniciado em 2010, mantêm-se actuais. Afinal, tudo se resume a animar as ruas e largos da Aldeia, “dar vida” a uma freguesia cuja população residente diminui todos os anos. A progressiva desertificação a que assistimos, iniciada em 1950, quando a população do Casteleiro atingiu o máximo histórico de residentes (1578), não dá sinais de parar.
Esta é uma realidade válida para todo o Concelho do Sabugal. Não têm existido políticas concretas e efectivas tendentes a travar a diminuição da população ou, por outras palavras, criar âncoras que possam atrair novos residentes. Muito tem sido prometido mas a frieza dos números é a verdade que temos. Se nada acontecer de sério, dentro de alguns anos o Concelho do Sabugal manterá certamente o seu património histórico, mas sem gente!
Neste contexto, o que pode fazer uma pequena Junta de Freguesia como o Casteleiro? Com escassos recursos financeiros, a actividade passa por proporcionar uma melhor qualidade de vida aos residentes. É isso que temos feito desde 2009. Criar eventos como a Festa da Caça, é uma ajuda mas, sejamos realistas, é uma gota de água que se esfuma rapidamente.
Esta é a realidade que temos. Remar contra estas circunstâncias não é fácil.
Importa aqui referir a resposta que grande maioria dos casteleirenses dá a eventos como a Festa da Caça. Naturais, descendentes, amigos, nos dias da Festa rumam à Aldeia. Vêm de todos os cantos do país e mesmo de frança para participar na Festa. E a Aldeia transborda de som, as ruas enchem, os largos ganham cor. O Casteleiro vive. A todos eles um grande Bem- Haja.





"Reduto", crónica de António José Marques




Festa da Caça pela objectiva de Daniel Machado

01/05/2015

Dia da Mãe

Antes, o Dia da Mãe, aliado à celebração da Festa litúrgica da Imaculada Conceição, no dia 8 de Dezembro, passou a comemorar-se no primeiro Domingo de Maio.
Assim, este ano, o Dia da Mãe é no próximo dia 3 de Maio.
Sabendo-se que “Mãe há só uma e mais nenhuma”, esta é uma máxima, plena de verdade, que ninguém pode e poderá negar ou até duvidar.
Mãe, palavra doce e afectuosa, mãe é, quando, com amor e carinho, do seu ventre nasce e dá à luz tão pura semente, um desejado bebé que, pela vida fora, é o “ai Jesus do seu coração.”
Como prova de amor, desse amor de mãe, conta uma lenda bretã que um mau filho, tendo morto a sua mãe, lhe arrancou o coração. Chegada a noite, foi-se através da charneca para lançar o coração ao mar. Ora sucedendo que, tendo tropeçado na raiz dum junco, caiu pesadamente sobre umas pedras. Na mão ferida, o sangue da mãe juntou-se ao do filho. Esse coração que ele apertava, animou-se e falou.
Para amaldiçoar? Não. Para lhe perguntar angustiada:
-“Meu filho, estás ferido?”
É este o amor de mãe!...
Como retribuição, a melhor prenda que lhe podemos oferecer, em especial, neste dia, Dia da Mãe, é amá-la, respeitá-la, estimá-la e honrá-la, por todo o sempre.
Por mim, do fundo do coração, dedico a todas as mães este poema, extraído do meu livro “Pedaços da Minha Vida-Outros Poemas”:


MÃE!...

Mãe!...
Ao olhar para ti,
Via quão linda tu eras
E de alma pura também;  

Mãe!...
Que cheirinho
Do teu corpo vinha
E que doce mel
O teu colo tinha;

Mãe!...
Que lindo era o teu sorriso,
Quando olhava para ti
E tu para mim,
Com amor e ternura
Desse amor sem fim;

Mãe!...
Dos muitos beijinhos,
Com um chi-coração,
Que, sendo tão meigos e doces,
Não os esquecerei, não;

Mãe!...
Já que, com lágrimas
E dores, me geraste
E com amor e sacrifícios
Me criastes também,
Por tudo, obrigado,
Ó querida mãe;

Mãe é mãe!...
Mas, quando pai não se tem,
Ser mãe…
É ser mãe e pai também;

Mãe!
Morreste?
Não.
Tu estás viva e bem viva,
Para sempre,
No meu coração.

                               


Daniel Machado