Realizou-se mais uma Festa da Caça no Casteleiro. A IV edição.
Os objectivos a que nos propusemos com este evento, iniciado em 2010, mantêm-se actuais. Afinal, tudo se resume a animar as ruas e largos da Aldeia, “dar vida” a uma freguesia cuja população residente diminui todos os anos.
A progressiva desertificação a que assistimos, iniciada em 1950, quando a população do Casteleiro atingiu o máximo histórico de residentes (1578), não dá sinais de parar.
Esta é uma realidade válida para todo o Concelho do Sabugal. Não têm existido políticas concretas e efectivas tendentes a travar a diminuição da população ou, por outras palavras, criar âncoras que possam atrair novos residentes. Muito tem sido prometido mas a frieza dos números é a verdade que temos. Se nada acontecer de sério, dentro de alguns anos o Concelho do Sabugal manterá certamente o seu património histórico, mas sem gente!
Neste contexto, o que pode fazer uma pequena Junta de Freguesia como o Casteleiro? Com escassos recursos financeiros, a actividade passa por proporcionar uma melhor qualidade de vida aos residentes. É isso que temos feito desde 2009. Criar eventos como a Festa da Caça, é uma ajuda mas, sejamos realistas, é uma gota de água que se esfuma rapidamente.
Esta é a realidade que temos. Remar contra estas circunstâncias não é fácil.
Importa aqui referir a resposta que grande maioria dos casteleirenses dá a eventos como a Festa da Caça. Naturais, descendentes, amigos, nos dias da Festa rumam à Aldeia. Vêm de todos os cantos do país e mesmo de frança para participar na Festa.
E a Aldeia transborda de som, as ruas enchem, os largos ganham cor. O Casteleiro vive. A todos eles um grande Bem- Haja.
"Reduto", crónica de António José Marques
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