08/07/2020

Boda em Valverdinho há 290 anos



Nesta Igreja do Espírito Santo da então paróquia de Valverdinho, termo da Vila de Sortelha e desde 24 de outubro de 1855 anexa da Freguesia de Casteleiro, faz hoje precisamente 290 anos houve boda. Foi o casamento do António e da Maria. Nesse ano, 1730, houve em Valverdinho 5 casamentos, 2 batizados e 4 óbitos.

Aos nove dias do mês de Julho de mil setecentos e trinta anos em esta igreja do Espírito Santo deste lugar de Valverdinho termo de Sortelha e Arciprestado de Covilham, contraíram matrimónio por palavras de presente ante mim o padre cura dela Manuel Pires Soares e das testemunhas Francisco Fernandes Correia deste lugar e Manuel Mendes Delgado das Inguias e muita gente de hum e outro lugar precedidos os inquéritos do Concílio Tridentino e constituições deste Bispado, António Antunes Guitta solteiro natural do lugar das Inguias filho de Domingos Antunes Guitta natural do mesmo lugar das Inguias e de sua primeira mulher Maria Francisca natural da Quinta do Monte do Bispo freguesia da igreja de Caria arciprestado de Covilham e Maria Gonçalves solteira filha de João Fernandes, ambos naturais e moradores neste dito lugar, e de sua mulher Maria Gonçalves natural da Quinta de Santo Amaro freguesia da igreja da Villa de Sortelha, de que logo na mesma igreja há este assento que assinaram as testemunhas comigo.”
Deste casamento nasceu Maria, a 2 de janeiro de 1732. Mas, poucos meses depois, a 2 de abril desse ano, o António faleceu. No entanto, três meses depois, no dia 18 de julho de 1732 a Maria Gonçalves voltou a casar com Manuel Antunes, natural da Benespera.

Deste segundo casamento nasceram 10 filhos: Josefa: 8/9/1733; Manuel: 5/2/1735; José:  10/3/1738; Custódia: 9/7/1740; Isabel: 30/7/1742; Bernarda: 26/5/1745; Francisca: 22/9/1747; Luís: 1/5/1749; Quitéria: 14/5/1755 e Bernarda, segunda do nome, em 20/12/1757.
O Manuel Antunes viria a falecer, repentinamente diz o assento, em 9/12/1767, com 59 anos. Embora não exista registo a Maria Gonçalves faleceu após 1772.



"Reduto", crónica de António José Marques