Nesta
Igreja do Espírito Santo da então paróquia de Valverdinho, termo
da Vila de Sortelha e desde 24 de outubro de 1855 anexa da Freguesia
de Casteleiro, faz hoje precisamente 290 anos houve boda. Foi o
casamento do António e da Maria. Nesse ano, 1730, houve em
Valverdinho 5 casamentos, 2 batizados e 4 óbitos.
“Aos
nove dias do mês de Julho de mil setecentos e trinta anos em esta
igreja do Espírito Santo deste lugar de Valverdinho termo de
Sortelha e Arciprestado de Covilham, contraíram matrimónio por
palavras de presente ante mim o padre cura dela Manuel Pires Soares e
das testemunhas Francisco Fernandes Correia deste lugar e Manuel
Mendes Delgado das Inguias e muita gente de hum e outro lugar
precedidos os inquéritos do Concílio Tridentino e constituições
deste Bispado, António Antunes Guitta solteiro natural do lugar das
Inguias filho de Domingos Antunes Guitta natural do mesmo lugar das
Inguias e de sua primeira mulher Maria Francisca natural da Quinta do
Monte do Bispo freguesia da igreja de Caria arciprestado de
Covilham e Maria Gonçalves solteira filha de João Fernandes, ambos
naturais e moradores neste dito lugar, e de sua mulher Maria
Gonçalves natural da Quinta de Santo Amaro freguesia da igreja da
Villa de Sortelha, de que logo na mesma igreja há este assento que
assinaram as testemunhas comigo.”
Deste
casamento nasceu Maria, a 2 de janeiro de 1732. Mas, poucos meses
depois, a 2 de abril desse ano, o António faleceu. No
entanto, três meses depois, no dia 18 de julho de 1732 a Maria
Gonçalves voltou a casar com Manuel Antunes, natural da Benespera.
Deste
segundo casamento nasceram 10 filhos: Josefa: 8/9/1733; Manuel: 5/2/1735; José: 10/3/1738; Custódia: 9/7/1740; Isabel: 30/7/1742; Bernarda: 26/5/1745; Francisca: 22/9/1747; Luís: 1/5/1749; Quitéria: 14/5/1755 e
Bernarda, segunda do nome, em 20/12/1757.
O
Manuel
Antunes
viria a falecer, repentinamente diz o assento, em
9/12/1767, com 59 anos. Embora
não exista registo a Maria
Gonçalves
faleceu após
1772.