As tardes solarengas
deste início de Outono trazem ao largo de S. Francisco – local de todas as
novidades – as conversas masculinas, reflexo dos trabalhos agrícolas, marcados
pelo ritmo da natureza.
As vindimas acabam por
ser o tema dominante destes últimos tempos: a abundância de uvas deste ano
contrasta com a dificuldade de escoamento das mesmas mas, também, com a diminuição
de consumidores do líquido protegido por Baco.
Mas neste espaço,
nobre da aldeia, que ao domingo se encontra mais composto, a crítica às suas
instituições assume por vezes, particular atenção neste canal vivo, desta terra
que teima em resistir e se apresentar como um local onde apetece viver.
Vem isto a propósito
de que, nem todas as críticas, que aqui são feitas têm razão de ser,
nomeadamente, quando estas pretendem visar o infundado descuido da Junta de
Freguesia, perante a manutenção dos caminhos rurais. O Inverno chuvoso, seguido
de um Verão quente e prolongado, fizeram germinar todas as sementes que a terra
guardara de anos anteriores, tomando conta de alguns dos caminhos por onde,
solitariamente e de longe em longe, encontramos os seus utilizadores.
Atentos a esta
realidade, ontem mesmo, pude encontrar o Presidente da Junta, o Secretário e o
Tesoureiro, em pleno caminho da estrada a inteirar-se do estado dos caminhos,
depois das fortes chuvadas deste início de Outono.
Gostei do que vi. Os
caminhos estão ser limpos: silvas cortadas, valetas limpas, reposição de
terras… A isto chama-se PREVENÇÃO! Mas também se chama GOSTO PELA TERRA!
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