No 'post' de hoje
quero falar-vos da linhaça tão consumida hoje no pão, bolos e flocos de
cereais, mas em tempos antigos guardadas religiosamente pelas nossas avós para
combater o inchaço, reumatismo, artrose, etc.
Como curiosidade, a semente do linho também conhecida como
linhaça, remonta a milhares de anos antes de Cristo (5 mil A.C.)!!!
À semelhança do que
tem acontecido com outros usos e costumes do Casteleiro, fui algumas idosas do
Lar e Centro de Dia local, que se deliciam a falar destas coisas, as suas mães
e avós costumavam aplicar sementes quentes, no local desejado, de manhã e à
noite. Mas afinal, como faziam para aquecer a linhaça? Perguntei.
Numa malga/tigela com
água quente (preferível a ferver) colocavam 2 ou 3 colheres de sopa de
sementes. Depois colocavam esta papa num lenço ou pano limpo, dobrado para
conservar o calor; depois deixavam arrefecer um pouco e aplicavam o
emplastro, na cara, no joelho, perna ou pé.
A linhaça além de
combater o inchaço serve, ainda, para reduzir o colesterol, diminuir peso,
melhorar o funcionamento do intestino, regular a pressão arterial, etc.
Para a Ti Graça e Ti
Zabel (nomes fictícios) a linhaça foi sempre muito usada na “cura de muitos
males: maçadelas nos pés, frúnculos, espinhas (não de peixe, mas qualquer coisa
que se espetasse no pé, mão, braço…Era remédio santo!
“Hoje em dia é que há
remédio para (quase) tudo” – diz a Ti Zabel, soltando uma rasgada gargalhada.
"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia
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