O Casteleiro sempre foi uma aldeia onde os ideais políticos
foram debatidos e estiveram presentes. Desde membros do Partido Progressista,
do Partido Republicano, do Integralismo Lusitano, correntes do princípio do
século passado, os casteleirenses sempre foram activos e activistas em tudo o que
diz respeito à coisa pública.
Em 25 de Abril de 1974 não foi diferente. Um grupo de
jovens, muitos jovens, arregaçou as mangas e criou o Centro de Animação Cultural.
Recordo-me de em 1975 serem representadas peças de teatro de autores como Brecht
e Luis de Sttau Monteiro. Em tempo de revolução, o Casteleiro esteve presente.
Chegou mesmo a ser a única freguesia do distrito da Guarda com uma Junta de
Freguesia eleita pela APU (Aliança Povo Unido), pela mão solidária do Sr. Manuel
Guerra. O MFA e a sua 5ª Divisão (Dinamização Cultural) também lá esteve.
Recordo-me do helicóptero aterrar na Estalagem. E, claro, também fizemos umas
ocupações….
Ontem, na evocação do 25 de Abril no Casteleiro, tudo isto
esteve presente na minha memória.
O Casteleiro é uma terra única. Sou suspeito? Sou! Mas é com muito orgulho que o admito.
"Reduto", crónica de António José Marques
Que tempos... Que belos atores que nós eramos, e como vivíamos esses tempos. Lembro-me de tudo o que mencionaste, e aquelas pinturas feitas nas paredes do CACC .A visão que tenho é que o casteleiro passou de cinzento a ter as cores todas da revolução. Obrigado pela lembrança desses tempos e também pelo papel que tens tido na dinamização do Casteleiro.
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