Em 1716, o Casteleiro teria uma população muito próxima da actual.
Cerca de 400 habitantes. Certamente, a agricultura era a sua principal ocupação.
Gente humilde, pobre, a exemplo do resto do país rural. Isto, enquanto em
Lisboa a corte de D. João V era das mais ricas da europa graças ao ouro que
chegava do Brasil. O luxo e a opulência rivalizavam com as dificuldades do povo
com inúmeros impostos para pagar. A Inquisição estava no seu auge, com autos de fé
transformados em verdadeiros espectáculos no Terreiro do Paço, em Lisboa.
No Casteleiro rural, uma mulher de 70 anos era acusada de
bruxaria. Feitiços testemunhados pelos seus conterrâneos que levaram à sua
denúncia ao Capitão-Mor de Sortelha.
Chamava-se Leonor Fernandes, era viúva de Sebastião Fernandes
Gázio, natural e moradora no Casteleiro.
O processo, extenso, descreve os feitiços, as
bruxarias como, por exemplo, “dar e tirar saúde a criaturas”. As inúmeras testemunhas
dão os seus nomes e “contam” tudo. Quem
eram, o que viram, o que aconteceu a esta nossa conterrânea? Uma estória real
que teve lugar há cerca de 300 anos.
Uma estória que terá que ser estudada e revelada…
"Reduto", crónica de António José Marques
Boa noite
ResponderEliminarSeria possivel publicar a lista com os nomes das familias?
Isso é história...
Obrigada
Helena Cariano