Na Capela do Espírito
Santo, situada no conhecido Largo do Reduto, que dá título a esta crónica, além
da imagem do Divino Espírito Santo existe desde tempos imemoriais uma pequena
imagem de um Santo que todos reconheciam como sendo S. Joaquim, pai da Virgem
Maria.
A referida imagem
encontrava-se em péssimo estado de conservação e relegada a um canto sem
despertar grande atenção nem honrarias. Contava-me há dias a Ti Celeste Triste,
actual zeladora da Capela, que um dia o Padre Chorão já levava o “santinho”
debaixo do braço e só a intervenção pronta da Conceição Cavaleiro, mordoma que
foi do Santo que dá nome à Capela, impediu que o “S. Joaquim” fosse para outras
paragens.
Há alguns meses o “santinho”
foi restaurado. E eis que se descobre que, afinal, a imagem não é de S. Joaquim
mas sim de São Pedro.
Em 1758 o Cura
Manuel Pires Leal escrevia a existência de “uma
irmandade das almas do purgatório e outra de sam pedro”. Seria pois de toda
a lógica que existisse no Casteleiro uma imagem de São Pedro. E, de facto,
existe. Está na capela do Espírito Santo, restaurada e em local de destaque.
"Reduto", crónica de António José Marques
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