Prosseguimos a divulgação e análise da evolução demográfica
do Casteleiro, hoje com referência ao censos realizado em 1 de Dezembro de 1911,
um ano mais tarde que o previsto dado os acontecimentos de 1910 com a
implantação da República.
Relembramos os dados conhecidos relativos ao Casteleiro: 1527: 52 habitantes; 1758: 527 habitantes; 1801: 462 habitantes
e 135 fogos; 1849: 777 habitantes e 201 fogos; 1864: 848 habitantes e 214 fogos;
1900: 1210 habitantes e 307 fogos.
Em 1911 o
Casteleiro tinha 1268 habitantes, 619 homens e 649 mulheres. Quanto ao estado
civil, 740 eram solteiros (378 homens e 362 mulheres), 439 casados (208 homens
e 231 mulheres), 88 viúvos (32 homens e 56 mulheres) e 1 separado
judicialmente.
Quanto à
instrução, 1133 eram analfabetos (510 homens e 623 mulheres) e sabiam ler apenas
105 pessoas (79 homens e 26 mulheres).
Relativamente à
origem da população, 1105 eram da freguesia ou do concelho do sabugal, 15 de
outro concelho do distrito e 148 de outra naturalidade. Em 1911 o número de
fogos era de 317. Constata-se, assim, que em 11 anos a população aumentou em 58
pessoas e os fogos em 10, mantendo a tendência de crescimento.
Neste censo
temos ainda possibilidade de conhecer o número de fogos e população da aldeia e
de algumas das anexas. Assim, o Casteleiro aldeia tinha 806 pessoas e 215 fogos,
Santo Amaro 183 pessoas e 42 fogos, Valverdinho 187 pessoas e 43 fogos, Quinta
das Barrentas 17 pessoas e 4 fogos e dispersos por quintas 75 pessoas e 13
fogos.
Em próxima
crónica analisaremos o censos de 1920, onde a “pneumónica”, que atingiu a
região de maio a julho de 1918, vai ditar algumas alterações na evolução da
população.
"Reduto", crónica de António José Marques
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