Hoje comemora-se o dia de Santo Amaro e na Quinta de Santo
Amaro hoje não há feira. Mas já houve!
Segundo o vigário João dos Santos, de Sortelha, no termo do
concelho havia três feiras nos finais do século XVIII: a Feira de São Marcos, na
Quinta do Espinhal no dia 25 de Abril e duas na Quinta de Santo Amaro, uma a 15
de Janeiro e outra na segunda oitava da Páscoa. Neste período não consta que
existissem feiras nos “lugares” mais próximos: Casteleiro, Sortelha, Bendada,
Moita e Santo Estevão.
Mais uma surpresa relevante e que atesta a importância
pretérita da “nossa” Quinta de Santo Amaro. Com uma história de muitos e muitos
séculos, de reguengo do reino à Quinta do Morgado, hoje, dia de Santo Amaro,
era dia de festa e de feira há, pelo menos, 250 anos.
O nome “Santo Amaro” existe desde meados do século XVII -a
designação anterior não está ainda confirmada já que existem duas hipóteses em
estudo. E terá essa designação, que chegou até aos nossos dias, desde o período
em que pertencia à Ordem de São Bento, embora a sua exploração desde meados do
século XVI não fosse feita directamente pela Ordem, mas “arrendada”. Santo
Amaro terá sido a homenagem que a dita Ordem fez ao Santo que foi o herdeiro
espiritual e da obra de São Bento. O nome e uma capela!
História e estórias de uma quinta onde nasceram muitos dos
futuros habitantes do Casteleiro.
"Reduto", crónica de António José Marques
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