Com a
resignação do Papa Bento XVI, agora Papa Emérito, após 13 dias, o Conclave, do
latim (“cum clavis” = com chave), constituído por 115 Cardeais, reuniu, à porta
fechada, para eleger o novo Papa.
Dois dias foram necessários e só
à quinta votação, da chaminé da Capela Sistina saiu fumo branco, indício de que
o novo Papa tinha sido eleito.
Com ansiedade e alguma surpresa
foi anunciado Jorge Mario Bergoglio, de nacionalidade argentina, que escolheu,
pela primeira vez na história, o nome de Francisco.
E porquê esta escolha?
Sendo jesuíta, à semelhança dos
jesuítas “S. Francisco de Assis, o Santo da simplicidade, dos pobres e da
fraternidade; de S. Francisco Xavier, o missionário de uma nova evangelização e
de S. Francisco de Sales, o Santo da ternura e da bondade...”, não se
esquecendo da vida de jesuíta que seguiu e viveu, ao ser lembrado de “não te
esqueças dos pobres”, estas palavras levaram-no, como disse, “a pensar em S.
Francisco de Assis para a escolha do nome Francisco.”
Se o nome Francisco foi uma
surpresa, a surpresa do n.º13, por coincidência ou não, é de admirar que
apareça, em circunstâncias especiais, na soma de números e de palavras, como
abaixo se transcreve:
“Foi eleito 13 dias, após a
resignação do Papa Bento XVI; foi eleito Papa, no dia 13 do 03 de 2013. A soma
de todos estes números dá 13; o Papa tem 76 anos: 7+6=13; “Papa Francisco” tem
13 letras; “Papa argentino” tem também 13 letras e, agora, que Nossa Senhora de
Fátima dos 13 o abençoe e proteja.”
Com o n.º 13 que, para o novo
Papa Francisco, não é com certeza número de azar, ao iniciar o seu Pontificado
fê-lo da melhor maneira, ao dar os primeiros sinais de mudança no Vaticano,
onde algo de muito mais se espera.
Não se esperou pela demora e
logo, na Quinta-feira Santa, na celebração pascal do lava-pés, o Papa
Francisco, a exemplo de relembrar o momento em que Jesus lavou os pés aos 12
discípulos, depois da última ceia, mostrou com humildade, fraternidade e caridade
um exemplar amor para com o próximo, escolhendo e deslocando-se à prisão “Casal
del Mano”, em Roma, onde lavou e beijou os pés a 10 jovens delinquentes e, pela
primeira vez, a duas raparigas, sendo uma muçulmana, de origem serva.
Com este gesto e outros, “renunciando já aos adornos vermelhos, mantendo
a cruz de ferro que usava como arcebispo de Buenos Aires, recusando a viatura
oficial e que não dorme nos aposentos oficiais”, a mudança, como se vê, ainda
vai no princípio, com a esperança de que os restantes governantes do mundo
pensem e o acompanhem na renovação dum “Mundo Novo”.
Daniel Machado
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