15/05/2014

Linhaça - 5 mil anos A.C.


 
No 'post' de hoje quero falar-vos da linhaça tão consumida hoje no pão, bolos e flocos de cereais, mas em tempos antigos guardadas religiosamente pelas nossas avós para combater o inchaço, reumatismo, artrose, etc.
Como curiosidade, a semente do linho também conhecida como linhaça, remonta a milhares de anos antes de Cristo (5 mil A.C.)!!!
À semelhança do que tem acontecido com outros usos e costumes do Casteleiro, fui algumas idosas do Lar e Centro de Dia local, que se deliciam a falar destas coisas, as suas mães e avós costumavam aplicar sementes quentes, no local desejado, de manhã e à noite. Mas afinal, como faziam para aquecer a linhaça? Perguntei. 
Numa malga/tigela com água quente (preferível a ferver) colocavam 2 ou 3 colheres de sopa de sementes. Depois colocavam esta papa num lenço ou pano limpo, dobrado para conservar o calor; depois deixavam arrefecer um pouco e aplicavam o emplastro, na cara, no joelho, perna ou pé.
A linhaça além de combater o inchaço serve, ainda, para reduzir o colesterol, diminuir peso, melhorar o funcionamento do intestino, regular a pressão arterial, etc.
Para a Ti Graça e Ti Zabel (nomes fictícios) a linhaça foi sempre muito usada na “cura de muitos males: maçadelas nos pés, frúnculos, espinhas (não de peixe, mas qualquer coisa que se espetasse no pé, mão, braço…Era remédio santo!
“Hoje em dia é que há remédio para (quase) tudo” – diz a Ti Zabel, soltando uma rasgada gargalhada.
 





"A Minha Rua", Joaquim Luís Gouveia



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